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Anatel avalia efeitos do decreto 12.282

ANATEL
Presidente da Anatel, Carlos Baigorri, diz que é preciso esperar portaria que regulamente o decreto. Interlocutores interessados na governança das obrigações veem insegurança jurídica à frente.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que a agência avalia os efeitos do Decreto 12.282/24, publicado hoje, 2, pelo Governo. O texto redefine parte das atribuições da autarquia em relação a como determinar o dispêndio de valores levantados em leilões de radiofrequências ou na troca de multas por obrigações de fazer, entre outras.

“Vamos aguardar os próximos passos em termos de portaria, e então avaliar”, afirmou ao Tele.Síntese. A questão é sensível porque o Decreto não apenas altera as distribuição das atribuições da agência, como o faz de forma retroativa – o que significa que o MCom poderá editar medidas relacionadas ao uso dos recursos levantados nos leilões do passado, como  certame do 5G, e que já estão em execução.

Mais vozes

Outras pessoas ouvidas por este noticiário, e que pedem para não se identificar, dizem que o decreto 12.282 não chegou a ser uma surpresa quando atribui ao Governo a prerrogativa de determinar como será gasto o dinheiro arrecadado nos leilões. “Foi assim com o saldo remanescente do 4G”, lembra um jurista.

No entanto, o texto vai além ao prever interferência na governança das entidades que foram criadas para realizar a conexão de escolas (EACE), limpeza do espectro para chegada do 5G (EAF) e pode até afetar outra mais antiga, a EAD, que fez a limpeza do sinal de 700 MHz para a chegada da TV Digital a partir de 2014. Vale lembrar, porém, que o MCom integra todos os grupos que supervisionam a aplicação dos recursos (Gape, Gaispi, Gired).

“Essa interferência compromete o princípio de independência que rege os órgãos reguladores e compromete a eficiência regulatória, de modo que pode gerar insegurança jurídica tanto para os agentes regulados quanto para a própria implementação de políticas públicas no setor de telecomunicações”, aponta outro interlocutor.

Outro ainda lembra o decreto 12.282 é grave por alterar as regras do jogo em curso, uma vez que abre a possibilidade para o MCom redefinir todas as atribuições e estrutura de governança aplicáveis aos compromissos dos leilões. “Sempre se falou que edital tinha peso de Lei, aí vem um decreto dizendo que pode mexer as definições do passado? Isso traz uma insegurança jurídica enorme”, observa.

Poucos acham, porém, que haverá algum interessado em questionar o decreto no Judiciário. Mas há quem considere que a Anatel precisará se posicionar ante o Governo em relação à validade dos que foi definido nos editais, a fim de trazer credibilidade às licitações futuras.

Conectividade de escolas

Uma questão de fundo por trás do decreto seria a insatisfação do Governo com o andamento do programa Escola Conectada, realizado pela EACE sob supervisão do GAPE. O projeto conta com R$ 3,1 bilhões e previsão de levar internet a 40 mil instituições públicas de ensino.

As operadoras, que integram o GAPE por terem comprado espectro de 26 GHz, já pediram para deixar o colegiado, e o próprio presidente ali, o conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, já manifestou descontentamento com a presença das empresas. O assunto que aguarda apreciação por parte do Conselho Diretor da Anatel.

Mais peso ainda tem a questão da cobertura das escolas por satélite. O MCom já editou portaria prevendo a contratação da Telebras para cobrir escolas distantes de qualquer ponto de fibra óptica. O Gape aprovou a ideia, que no entanto não evoluiu.

No fim de agosto, a Anatel aprovou uma cautelar prevendo o pagamento de R$ 558 milhões à estatal para levar conectividade a 5.320 escolas do Norte e do Nordeste, com várias ressalvas – entre as quais, a entrega de um relatório com os resultados após quatro meses (ou seja, agora em dezembro) a respeito da qualidade dos acessos. Antes de o Gesac ser considerado, havia expectativa do Gape de realizar uma RFP para encontrar empresas dispostas a fornecer a conectividade escolar. A depender do relatório, o Conselho Diretor da Anatel pode se opor à ideia de que a Telebras seja utilizada nas próximas fases do programa.

É importante recapitular que, em março deste ano, o MCom divulgou a informação de que iria destinar R$ 3 bilhões em recursos à Telebras para expandir o programa Gesac, que leva internet a órgãos públicos instalados em áreas remotas – inclusive escolas.

Outra questão que pode ter influenciado a edição do decreto 12.282/24 diz respeito ao desejo, no Governo, de a Starlink não ter papel algum no programa Escolas Conectadas. Com premissa de entrega de links de ao menos 1 Mbps por aluno, faz a empresa de Elon Musk despontar em relação à capacidade atual da Telebras para atendimento por satélite. Coincidentemente, tramita na Anatel a autorização para que a Starlink receba aval para operar sobre o país mais de 7,5 mil satélites da segunda geração de sua constelação de órbita baixa.

Obrigações de fazer

Mas há outro ponto que suscitou muita preocupação dentro da Anatel, apurou o Tele.Síntese: a ordem para submeter obrigações de fazer a determinações do MCom. Há quem veja ilegalidade na medida, por ser esta uma competência exclusiva da Anatel, e fere, assim, a LGT.

No último ano, o Conselho Diretor da Anatel tomou decisões prevendo a conversão de multas em obrigações de fazer que incluíram a instalação de estações celulares 4G em área de risco no Rio Grande do Sul, ou, mais recentemente, a capacitação de mulheres em risco social.

Fonte: tele.síntese

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Atlântico inaugura novo laboratório de inteligência artificial

laboratorio inteligencia artifical atlantico

Atlântico, instituto dedicado à ciência, tecnologia e inovação, anunciou o lançamento de de um laboratório focado em inteligência artificial, durante evento na sede, em Fortaleza, na última quinta-feira, 17.

Batizado de ALIA, o Laboratório de Inovação Aberta do Atlântico surge como um espaço de colaboração com os parceiros do Insituto, localizado na sede do instituto. Para a infrasetrutura, foi adquiridauma GPU H100 da NVIDIA de alto poder de processamento,na expectativa de executar projeto “mais complexos e com maior volume de dados”, de acordo com o diretor de inovação do Instituto Atlântico, Luiz Alves.

Nesta fase inicial, o laboratório será utilizado pelos cerca de 50 pesquisadores de dados do próprios Atlântico. Mas, já há parcerias fechadas com as universidades, como Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). Os trabalhados serão iniciados ainda em novembro deste ano, tendo em vista a aproximação da pesquisa acadêmica com as necessidades da indústria e da sociedade.

O coordenador de inovação do instituto, Alex Monteiro, destacou durante a abertura do evento que considera ainda mais oportuna a chegada do ALIA na ocasião do recém lançamento do Plano de Brasileiro de Inteligência Artifical (PBIA).

Monteiro vê como muito positivo para o país o lema “Inteligência Artificial para todos” e que ele já serve como uma resposta ética relacionada às questões da tecnologia. Dessa forma, o governo garante, em sua visão, que a IA “não seja utilizada apenas para camada da indústria, mas para as pessoas que estão lá na ponta utilizando os serviços públicos”.

Para o diretor de inovação, a localização do instituto, aliada aos investimentos em infraestrutura e capacitação, tornam o ambiente propício para um polo de desenvolvimento de IA no Brasil.

“Quando você pensa em grande centro de processamento, você tem que pensar na enorme quantidade de energia que será consumida. Para associar inteligência artificial com sustentabilidade é interessante o posicionamento desses data centers em locais que sejam autossuficientes em energia ou que a matriz energética seja, pelo menos, a mais limpa possível”, argumento Alves.

Atuação do Instituto Atlântico

O Atlântico recebeu no último ano como unidade Embrapii e atua coinvestindo no desenvolvimento de soluções como foco no aumento da produtividade e redução de custos das empresas.

Atuando na linha de “Manufatura Inteligente”, o instituto seleciona projetos e atua na análise de dados avançados de dados e aplicação para indústria, visando transformar recursos industriais tradicionais em objetos inteligentes, capazes de sensorear e agir em um ambiente de produção de forma autônoma e com o mínimo de intervenção humana.

No primeiro contrato, foi entregue ao Atlântico o valor de R$ 2 milhões a serem transformados em R$ 4 milhões ao longo de três anos. Ao final do primeiro ano a meta foi cumprida e agora as entidades negociam o segundo contrato para trabalharem juntos até 2030.

Desde o credenciamento como unidade Ebrapii, o instituto alcançou uma atuação mais direta com a indústria cearense. “A gente ficou mais competitivo para a indústria local”,a fimou Luiz Alves.

O Atlântico desenvolve projetos customizados de IA para empresas, ajudando-as a resolver problemas específicos e aumentar a competitividade. “É muito mais tempo pesquisando a solução entendendo o problema do que propriamente construindo a solução e isso você não encontra num fornecedor tradicional”, explica o executivo.

Através de parcerias startups, firmadas por meio do Programa de Apoio à Inovação Aberta (PRAIA), por exemplo, o instituto busca criar soluções inovadoras para a indústria, com foco no desenvolvimento de produtos.

Além disso, o instituto toma para si a responsabilidade da capacitação para atuação no setor de tecnologia. Neste ano foram investidos quase R$ 50 mil e o instituto também oferece uma quantidade de horas destinadas a mestrado e doutorados sem impacto na remuneração dos colaboradores, segundo Alves.

 

Fonte: Teletime | Foto: Atlântico/Divulgação

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Prêmio Infraconnect: Faltam 3 dias para o término das inscrições

Premio Infra Connected

As inscrições para o Prêmio Infraconnect estão abertas até as 22h (horário de Brasília) do dia 20 de outubro de 2024, e devem ser realizadas por e-mail, enviado para .

O Ceadi é o Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovações Tecnológicas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que promove a premiação em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A premiação contempla três categorias:

– conectividade e infraestrutura para gestão de crises: projetos e ações voltadas para gestão de crise em que a conectividade e infraestrutura viabilizaram melhorias e efeitos socioeconômicos;

– conectividade e infraestrutura nas rodovias: projetos e ações voltadas para infraestrutura de transportes em que a conectividade e infraestrutura viabilizaram melhorias e efeitos socioeconômicos; e

– conectividade e infraestrutura para logística multimodal: projetos e ações voltadas para a logística multimodal em que a conectividade e infraestrutura viabilizaram melhorias e efeitos socioeconômicos.

Serão premiadas as instituições vencedoras em cada categoria, os segundos e terceiros colocados ganharão Menções Honrosas. O Prêmio Infraconnect é o reconhecimento pela Anatel e ANTT de que os projetos selecionados são modelos de conectividade e implementação de boas práticas.

Após a publicação do resultado oficial, as instituições premiadas deverão submeter, dentro de dois meses, um artigo sobre seu projeto para possível publicação na “Revista Anatel”, destacando sua relevância para o ecossistema digital.

 Diretrizes do Prêmio

Cada instituição pode inscrever um projeto por categoria. Caso haja mais de uma submissão da mesma entidade, será considerada apenas a inscrição mais recente.

Podem participar da premiação instituições públicas ou privadas sediadas no Brasil, com projetos e ações com resultados comprovados, e implementados há pelo menos seis meses. Além de serem alinhados a pelo menos um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

As inscrições devem incluir o Relatório de Implementação de Boas Práticas, respondendo à questão norteadora: “Em que medida as boas práticas colaboram para o desenvolvimento nacional e como estão alinhadas com os ODS estabelecidos pela ONU?”.

As Diretrizes do Prêmio estão disponíveis no Portal da Anatel. Dúvidas ou pedidos de esclarecimentos devem ser encaminhados ao e-mail , com o assunto: “Requerimento – Prêmio Infraconnect 2024 – [nome do Órgão ou Entidade]”.

A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá no dia 28 de novembro de 2024, na Arena B3, em São Paulo, onde as instituições vencedoras serão homenageadas e os certificados entregues aos segundos e terceiros colocados.

Sobre o Ceadi

O Ceadi atua como um think tank, promovendo o avanço das pesquisas científicas e fomentando o diálogo acadêmico nas áreas de comunicações digitais, inovações tecnológicas e segurança cibernética, com forte atuação tanto no cenário nacional quanto internacional.

 

Fonte: ANATEL

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Anatel promove eventos para conscientizar a sociedade sobre riscos no ambiente digital e compartilhar dicas de prevenção

outubro ciberseguro ANATEL

Pelo segundo ano consecutivo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) promove no mês de outubro a campanha #OutubroCiberSeguro. A campanha tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e do combate às ameaças online. Durante o mês, a Agência promoverá uma série de eventos.

No dia 16/10, às 14h30, em celebração ao Dia das Crianças, a Anatel receberá filhos(as) de servidores(as) e estudantes de escola da rede pública, no Espaço Cultural, em Brasília, para apresentação de teatro com a temática da proteção online de crianças e jovens. A conselheira Cristiana Camarate, a superintendente de relações com consumidores, Irani Cardoso da Silva, e o superintendente de controle de obrigações, Gustavo Santana Borges, farão a abertura do evento. Os interessados podem obter os ingressos gratuitamente no Sympla: https://www.sympla.com.br/teatro-protecao-online-de-criancas-e-adolescentes__2607895

No dia 23/10, a Anatel receberá adolescentes da rede pública, no Espaço Cultural, das 14 às 16:30. Será realizada uma oficina em que os estudantes receberão orientações sobre riscos no ambiente digital e sobre como procurar ajuda. Além disso, os adolescentes terão a oportunidade de participar de um jogo criado pelo SERPRO, para auxiliar de uma forma lúdica no processo de conscientização, o SerDigi. A abertura do evento será feita pela superintendente de relações com consumidores, Irani Cardoso, e pelo superintendente de controle de obrigações, Gustavo Santana.  O evento foi organizado em parceria da Anatel com o Centro de Excelência em Privacidade e Segurança da Informação do Governo Digital (CEPS GOV.BR) e com o SERPRO.

No dia 29/10, acontecerá a roda de conversa virtual sobre proteção de meninas e mulheres no ambiente digital , com transmissão pelo canal da Agência no YouTube, das 14h30 às 16h. A conselheira Cristiana Camarate fará a abertura do evento. Haverá mediação da superintendente de relações com consumidores, Irani Cardoso, com participação de instituições parceiras como a  Safernet e o Instituto Palavra Aberta. Acesse no Youtube: https://www.youtube.com/@anatel/streams

No dia 31/10, a Anatel oferece mais uma oportunidade para filhos(as) de servidores(as) e estudantes de escola da rede pública, de assistir à peça teatral sobre proteção online de crianças e jovens, no  Espaço Cultural, em Brasília. A peça será das 9:30 às 11:30. A conselheira Cristiana Camarate, a superintendente de relações com consumidores, Irani Cardoso da Silva, e o superintendente de controle de obrigações, Gustavo Santana Borges, farão a abertura do evento. Os interessados devem emitir os ingressos gratuitamente no Sympla: https://www.sympla.com.br/teatro-protecao-online-de-criancas-e-adolescentes-copia__2625651

Fonte:  ANATEL

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O papel das agências reguladoras e do sistema Confea/Crea

Rogerio Moreira Lima

Conflitos recentes entre o governo e agências como a Anvisa (em 022) e a Aneel (em 2024) ressaltam a importância de preservar a independência dessas instituições. afirma Rogerio Lima.

A autonomia técnica e a atuação estratégica das agências reguladoras, bem como dos conselhos de fiscalização profissional, como o Sistema CONFEA/CREA/Mútua, desempenham um papel crucial na proteção do interesse público no Brasil. Essas instituições garantem a qualidade e a segurança dos serviços prestados à sociedade, fundamentando suas decisões em critérios técnicos e científicos, isentos de pressões políticas transitórias.

O Sistema CONFEA/CREA

É constituído por autarquias federais responsáveis pela regulamentação e fiscalização das atividades profissionais nas áreas da engenharia, agronomia, geologia, geografia e meteorologia. Ele utiliza instrumentos como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para assegurar a rastreabilidade das responsabilidades dos profissionais e definir os limites da responsabilidade técnica. Por exemplo, se a ART está vinculada a uma subestação de energia elétrica, o profissional será responsável apenas por essa atividade, enquanto a responsabilidade pela instalação elétrica em baixa tensão caberá ao profissional que registrar essa atividade na ART.

A Mútua, ou Caixa de Assistência dos Engenheiros, Agrônomos e Geocientistas, possui uma natureza jurídica distinta, embora faça parte do sistema Confea/Crea, atuando como uma entidade de assistência, e não como uma autarquia. Criada para oferecer suporte social e benefícios aos profissionais da engenharia, agronomia e geociências, a Mútua promove ações que visam o bem-estar e a qualidade de vida dos associados. Ao contrário dos CREAs e do CONFEA, a associação à Mútua é opcional, permitindo que os profissionais se beneficiem de serviços de saúde, assistência em emergências, previdência e capacitação profissional.

Diversas agências reguladoras, como Aneel (energia elétrica), Anatel (telecomunicações), ANA (recursos hídricos e saneamento), Antt (transporte terrestre), ANP (petróleo e gás), Anac (aviação civil), Anvisa (vigilância sanitária) e AEB (setor espacial), são responsáveis pela regulação de setores fundamentais para a engenharia, agronomia e geociências, além do desenvolvimento tecnológico. Nelas atuam profissionais com formação técnica, como geólogos, engenheiros eletricistas, engenheiros civis, engenheiros de telecomunicações, engenheiros sanitaristas, engenheiros biomédicos, engenheiros de computação e engenheiros de transportes, assegurando a eficiência e a segurança dos serviços prestados e reforçando o papel técnico dessas instituições.

Entretanto, a baixa representatividade de engenheiros, agrônomos e geocientistas nos cargos de direção dessas agências é preocupante. Algumas exceções notáveis incluem a Aneel, liderada pelo Engenheiro Eletricista Sandoval Feitosa; a ANA, com a Geóloga Ana Carolina Argolo e o Diretor Interino Engenheiro Agrícola Marco José Melo Neves; a Antt, sob a liderança do Engenheiro Civil Rafael Vitale Rodrigues; a ANP, com a Engenheira Química Symone Araújo; a Anac, representada pela Engenheira Eletricista Mariana Olivieri Caixeta Altoé; e a AEB, presidida pelo Engenheiro Eletricista Marco Antônio Chamon.

Para garantir que as decisões regulatórias atendam às demandas técnicas, é essencial que os colegiados dessas agências tenham uma composição mínima de engenheiros, especialmente aqueles diretamente ligados às atividades-fim. Isso não apenas facilitaria a comunicação com as equipes técnicas, mas também aumentaria a sensibilidade para questões de viabilidade dos projetos regulados. A formação técnica adequada evita que se proponham soluções inexequíveis devido à falta de fundamento técnico, uma vez que a engenharia, a agronomia e as geociências se baseiam em projetos dimensionados com cálculos fundamentados em uma sólida formação em cálculo diferencial e integral, equações diferenciais, mecânica clássica, termodinâmica, ondas, eletromagnetismo, óptica (geométrica e física), mecânica quântica, teoria da relatividade e física nuclear. Portanto, a regulação deve ser factível e implementável, não apenas uma ideia desprovida de base técnica.

Conflitos

Conflitos recentes entre o governo e agências como a ANVISA (em 2022) e a ANEEL (em 2024) ressaltam a importância de preservar a independência dessas instituições. É fundamental destacar que, nesses casos, as agências não cederam às pressões políticas, reafirmando sua autonomia e comprometendo-se a manter a integridade de suas decisões com base em evidências técnicas. As tentativas de desregulamentação dos conselhos de fiscalização profissional entre 2019 e 2021 também sublinham a necessidade de garantir a autonomia dessas entidades, a fim de proteger a sociedade de pressões políticas e assegurar a segurança jurídica de suas operações.

Essas agências e conselhos de fiscalização profissional são instituições de Estado, e não de governo. Sua atuação independente garante a estabilidade regulatória e o funcionamento eficaz dos setores que supervisionam, promovendo o desenvolvimento sustentável e a proteção da sociedade no longo prazo.

*Rogerio Moreira Lima- Coordenador CEEE, CAPA e CEALOS do CREA-MA: Diretor de inovação da ABTELECOM; Professor da UEMA e membro cadeira nº 54 da AMC

Fontes:

[1] Borges, Beatriz. Presidente da Anvisa rebate ataque de Bolsonaro e cobra retratação. Brasília. G1, 08/01/2022 20h08, disponível no sítio eletrônico: https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/01/08/presidente-da-anvisa-rebate-ataque-de-bolsonaro-diz-que-nao-tem-nada-a-esconder-e-cobra-retratacao-do-presidente.ghtml

[2] Campos Junior, Geraldo. Entenda como está o caso da Amazonas. Poder 360, 28/09/2024, disponível no sítio eletrônico: https://www.poder360.com.br/poder-energia/entenda-como-esta-o-caso-da-amazonas-energia-e-leia-os-documentos/

[3] Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea aprovada pela Resolução nº 473/2002.

[4] Tabela auxiliar de obras e serviços nacional (TOS-nacional) aprovada pelas Decisão Plenária nº 0430/2018.

[5] Presidência da República retira PEC 108 da pauta do Congresso Nacional , disponível no sítio eletrônico: https://www.confea.org.br/index.php/presidencia-da-republica-retira-pec-108-da-pauta-do-congresso-nacional

[6] Barbiéri , Luiz Felipe, Oliveira, Mariana. STF impede Bolsonaro de extinguir via decreto conselhos federais criados por lei. Brasília. G1, 13/06/2019, disponível no sítio eletrônico: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/13/stf-conclui-julgamento-e-impede-bolsonaro-de-fechar-conselhos-federais-criados-por-lei.ghtml

[7] Conselhos e entidades se unem contra a desregulamentação profissional, disponível no sítio eletrônico: https://www.confea.org.br/conselhos-e-entidades-se-unem-contra-desregulamentacao-profissional

[8] Diretoria colegiado ANAC, disponível no sítio eletrônico: https://www.gov.br/anac/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/reunioes-da-diretoria/diretoria-colegiada-1

[9] Diretoria ANEEL , disponível no sítio eletrônico: https://www.gov.br/aneel/pt-br/composicao/quem-e-quem

[10] Diretoria ANA, disponível no sítio eletrônico: https://www.gov.br/ana/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/diretoria-colegiada

[11] Diretoria ANTT, disponível no sítio eletrônico: https://www.gov.br/antt/pt-br/acesso-a-informacao/servidores/diretores

[12] Diretoria ANP, disponível no sítio eletrônico: https://www.gov.br/anp/pt-br/composicao/diretoria-colegiada/curriculos-dos-diretores

[13] https://brasilenergia.com.br/quem-e-quem/symone-araujo

[14] Diretoria ANAC, disponível no sítio eletrônico: https://www.gov.br/anac/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/reunioes-da-diretoria/diretoria-colegiada-1

[15] https://www.gov.br/anac/pt-br/composicao/diretoria/mariana-olivieri-caixeta-altoe

[16] Guimarães, Manoel. Governo ameaça intervenção na ANEEL. CANAL SOLAR, 21/08/2024, disponível no sítio eletrônico: https://canalsolar.com.br/governo-ameaca-intervencao-na-aneel/

 

Fonte: Tele.síntese 

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Imortal da Academia Maranhense de Ciências Recebe Prêmio ODS UEMA 2023 por Pesquisa em TV Digital

O Prêmio ODS UEMA é uma iniciativa da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) que visa reconhecer e valorizar projetos que contribuam para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU)

O Prêmio ODS UEMA é uma iniciativa da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) que visa reconhecer e valorizar projetos que contribuam para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esta premiação incentiva ações inovadoras e sustentáveis que impactam positivamente a sociedade e o meio ambiente, alinhando-se aos princípios de sustentabilidade, inclusão social e educação de qualidade, entre outros. O prêmio é destinado a estudantes, professores e servidores da UEMA, destacando iniciativas nas áreas de pesquisa, extensão e inovação.

O Dr. Leonardo Gonsioroski, engenheiro eletricista e membro da Academia Maranhense de Ciências, onde ocupa a cadeira 41, cuja patrona é a ilustre Margarida Maria do Rego Pires Leal, é um destacado imortal da ciência maranhense. Atualmente, é professor do Departamento de Engenharia de Computação da UEMA e docente do Mestrado Profissional em Engenharia da Computação e Sistemas da mesma instituição. Recentemente, foi agraciado com o Prêmio ODS UEMA 2023 na categoria Pesquisa Científica, em reconhecimento ao seu notável artigo intitulado “Advanced ISDB-T – Next Generation Digital TV System: Performance in Field Tests in Brazil”, publicado na renomada revista IEEE Transactions on Broadcasting. Este trabalho inovador foi destacado como o Melhor Artigo Científico de 2023, especialmente por sua contribuição ao contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O artigo avalia o desempenho do sistema Advanced ISDB-T em testes de campo realizados no Rio de Janeiro, Brasil, em consonância com os requisitos do Projeto TV 3.0. O Advanced ISDB-T, uma tecnologia promissora da NHK (Japan Broadcasting Corporation), representa uma evolução do padrão ISDB-T atual, aumentando a flexibilidade, robustez e eficiência espectral do sistema. O sistema utiliza tecnologias MIMO para permitir altas taxas de transmissão, com a pesquisa avaliando a transmissão MIMO 2×2 em um canal Rayleigh.

Os testes de campo foram realizados em diversas localidades com características de propagação variadas, incluindo áreas urbanas de alta densidade populacional e diferentes níveis de vegetação. Os resultados indicaram que o Advanced ISDB-T é capaz de operar com baixos valores de relação portadora-ruído (C/N), alcançando valores próximos de zero em algumas medições. O sistema demonstrou robustez à dispersão temporal e à seletividade de frequência causadas por múltiplos percursos do sinal, principalmente em áreas com alta densidade de obstáculos.

Além disso, os dados obtidos revelaram que o canal se mostrou bem condicionado na maioria das medições, com pouca diferença na intensidade de campo entre as ondas polarizadas horizontalmente e verticalmente, sendo que a polarização vertical apresentou valores ligeiramente superiores. O estudo concluiu que o Advanced ISDB-T apresenta um desempenho promissor para a TV digital terrestre de próxima geração no Brasil, sendo capaz de operar em cenários desafiadores de propagação com boa qualidade de recepção. Os resultados sugerem que o sistema pode atender aos requisitos do Projeto TV 3.0, proporcionando transmissões de alta qualidade com maior eficiência espectral.

O Dr. Gonsioroski foi figura de destaque durante a SET Expo 2024, ministrando a palestra intitulada “A Importância da Camada Física OTA para Aprimorar a Experiência do Telespectador na TV 3.0”. Esta palestra constituiu um enriquecedor complemento ao Workshop “TV 3.0: Maior Qualidade, Facilidade de Recepção, Segmentação Geográfica e Eficiência Espectral”, realizado no Centro de Convenções do Anhembi em São Paulo.

A ciência maranhense demonstra que, mesmo com recursos escassos, é competitiva nacionalmente. Mais uma vez, as pesquisas em telecomunicações se destacam em nosso estado. Viva a ciência!

 

Fonte: imirante.com

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Anatel aprova destinação de R$ 500 milhões para inclusão digital, inovação tecnológica e ampliação do acesso à informação

ANATEL

Metade dos recursos será usada para implantação de Serviço Móvel Pessoal em localidades não atendidas

O Conselho Diretor da Anatel aprovou na útima quinta-feira (8/8) projetos adicionais com a utilização da totalidade do saldo de recursos remanescente da licitação da faixa de 700 MHz de 2014, destinada ao 4G.Os projetos foram considerados fundamentais pelo Conselho para o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil, promovendo inclusão digital, inovação tecnológica e ampliação do acesso à informação.

Os recursos são administrados pela Entidade Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV (EAD) e serão aplicados nos projetos relacionados a seguir:

  • Implantação de Estações Rádio Base (ERBs) do Serviço Móvel Pessoal em localidades não atendidas, no valor de até R$ 250 milhões, a ser realizado no prazo de 12 meses;
  • Manutenção das estações retransmissoras implantadas no Programa Digitaliza Brasil, no valor de até R$ 45 milhões, a ser realizado até 31 de dezembro de 2026;
  • Evolução do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T), no valor de até R$ 87 milhões, a ser realizado até 31 de dezembro de 2026;
  • Aplicações de TV 3.0 para TVs Públicas, no valor de até R$ 10,5 milhões, a ser realizado no prazo de 24 meses;
  • Destinação futura de estações experimentais para TVs Públicas, no valor de até R$ 2 milhões, a ser realizado no prazo de 4 meses;
  • Brasil Digital, no valor de até R$ 105,5 milhões, a ser realizado até 31 de dezembro de 2026.

Artur Coimbra, conselheiro relator da matéria, destacou a importância de garantir que as ERBs instaladas em localidades não atendidas sejam passíveis de evolução tecnológica para o 5G: “Isso fará com que a obrigação traga benefícios à população pelo maior tempo possível”, explicou.

Ele informou ainda que a proposta guarda relação com diferentes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), destacando-se, pela natureza dos projetos adicionais passíveis de implementação, de acordo com a política pública vigente, especialmente os de nº 4 (educação de qualidade), nº 8 (trabalho decente e crescimento econômico), nº 9 (indústria e inovação), nº 10 (redução de desigualdades), nº 11 (cidades e comunidades sustentáveis) e nº 16 (paz, justiça e instituições eficazes).

Conheça os projetos

1. Projeto de implantação de ERBs em localidades não atendidas:

O projeto em questão busca destinar recursos na ordem de R$ 250 milhões à instalação de pelo menos uma ERB e do respectivo backhaul para a oferta do Serviço Móvel Pessoal (SMP) em localidades não atendidas ou que não sejam objeto de atendimento por outro instrumento de política pública. O Conselho considerou que o projeto adicional em tela está aderente às políticas públicas de telecomunicações estabelecidas no Decreto nº 9.612, de 2018, e atende o interesse público e os aspectos sociais envolvidos consubstanciado nos aspectos de ampliação do acesso à Internet, de inclusão digital, e de redução das desigualdades.

2. Projeto de manutenção das estações retransmissoras implantadas no Programa Digitaliza Brasil:

O Programa Digitaliza Brasil foi a iniciativa que viabilizou o fornecimento e instalação de equipamentos, com tecnologia apta ao uso compartilhado pelas emissoras e retransmissoras, com o intuito de garantir a migração da cobertura do formato analógico para o digital em determinados municípios. O Conselho considerou que o projeto adicional em tela está aderente às políticas públicas estabelecidas no Decreto nº 5.820, de 2006, que dispõe sobre a implantação do SBTVD-T, e atende o interesse público e os aspectos sociais envolvidos consubstanciado nos aspectos de acesso contínuo à informação, de preservação da infraestrutura, e de redução das desigualdades.

3. Projeto de evolução do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T:

O projeto contempla o desenvolvimento, teste e validação de reference designs completos de transmissão e recepção, que permitam explorar todos os atributos da TV 3.0, cabendo à EAD, em parceria com o Fórum SBTVD, implantar estações piloto de TV 3.0, compartilhadas, para a veiculação e testes de sinais. Além disso, deverá implantar ferramental visando a conformidade de receptores e sistemas de transmissão, com especial foco no suporte à execução e desenvolvimento de aplicações interativas capazes de demonstrar o potencial da TV 3.0. O Conselho considerou que o projeto adicional em tela está aderente às políticas públicas estabelecidas no Decreto nº 11.484, de 2023, que define diretrizes para a evolução da TV digital no Brasil, na Portaria MCOM nº 2.524, de 2021, e atende o interesse público e os aspectos sociais envolvidos consubstanciado nos seguintes aspectos: inovação e inclusão digital, educação e desenvolvimento, e capacitação tecnológica.

4. Projeto de aplicações de TV 3.0 para TVs Públicas

O projeto em questão busca dar prosseguimento à política pública de testes e implantação para a evolução do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T, tendo em vista a possibilidade de investimentos estratégicos identificados com os estudos e especificações da nova geração de tecnologias de TV aberta terrestre, a TV 3.0. O Conselho considerou que o projeto adicional está em conformidade com as políticas públicas e o princípio constitucional da complementariedade dos sistemas de radiodifusão. Alinhado à Lei do Governo Digital, o projeto promove a eficiência nos serviços públicos e otimiza recursos das emissoras públicas. Além disso, atende ao interesse público, promovendo inovação, transparência e participação social, reduzindo disparidades digitais e regionais, e garantindo acesso igualitário a informações e serviços.

5. Projeto de destinação futura de estações experimentais para TVs Públicas

O projeto é alinhado com o projeto de evolução do SBTVD-T e visa beneficiar os potenciais usuários de TV 3.0 com novas tecnologias e experiências no acesso a serviços de informação, entretenimento, e, notadamente, de comunicação pública, transparência, participação social e acesso a serviços de governo digital. O Conselho decidiu que o projeto, em conjunto com o último descrito, contribui para o desenvolvimento da radiodifusão pública no Brasil, em benefício da população. Dessa feita, proponho a aprovação do projeto, respeitada a estimativa de prazo de execução e de orçamento.

6. Projeto Brasil Digital

O Programa Brasil Digital tem por finalidade ampliar a oferta do serviço de televisão digital terrestre, por meio da implantação de estações transmissoras de televisão digital para transmissão da programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Rede Legislativa, em conjunto com seus parceiros, em localidades em que não exista infraestrutura instalada e estação licenciada de sua titularidade. Para isso, o projeto prevê a aquisição e implantação de Estações de Televisão Digital para a transmissão da programação da EBC e da Rede Legislativa, além do oferecimento da capacidade ociosa das infraestruturas implantadas a emissoras comerciais e educativas para ampliar a diversidade de programação de TV aberta ofertada à população. O Conselho entendeu que o projeto atende às políticas estabelecidas. Além disso, ao expandir a cobertura para municípios com baixo número de canais digitais, entendeu-se que o projeto apoia o fortalecimento da democracia e da cidadania, oferecendo maior acesso à informação e transparência sobre as atividades governamentais e legislativas. O Conselho considerou que o projeto tem papel chave para o desenvolvimento de um programa de extrema relevância, que possui previsão no PAC e que contribui significativamente para o desenvolvimento da radiodifusão pública e para a ampliação da diversidade de programação de TV aberta ofertada à população.

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Entenda o Projeto de Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal

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Rede será composta por segmentos de rede móvel e fixa, incluindo soluções de criptografia, e proporcionará uma comunicação mais segura e eficiente para os órgãos federais em todo o Brasil

o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) deu hoje um passo significativo para a modernização da comunicação no setor público ao autorizar o início do Projeto da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal. Este projeto visa aprimorar a segurança e a eficiência das comunicações entre os órgãos federais, por meio da implementação de redes fixa e móvel com altos padrões de segurança e criptografia.Rede Fixa para Órgãos Federais

A nova rede fixa será composta por 6.500 pontos de atendimento distribuídos pelas 27 capitais do país. Utilizando tecnologia de fibra óptica e criptografia fim-a-fim, esta rede garantirá uma comunicação segura e estável para diversos órgãos públicos federais. Este segmento fixo complementará as redes de governo já existentes, proporcionando maior robustez e segurança nas atividades diárias dos órgãos.

Rede Móvel para Segurança Pública e Resposta a Emergências

Além da rede fixa, o projeto prevê a implantação de uma rede móvel que será crucial para a interoperabilidade entre as redes legadas de órgãos de segurança pública e de resposta a emergências. Esta rede utilizará a tecnologia LTE (Long Term Evolution), oferecendo acesso a aplicações de vídeo e dados, como bodycams, imagens de drones e geolocalização, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz a situações de desastre e emergência. A Rede Móvel Privativa será implantada no Distrito Federal, com possibilidade de expansão para todo o território nacional.

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Atualmente, cada órgão possui uma rede própria para comunicação entre seus agentes, com uso de diferentes tecnologias como POL, TETRAPOL e P25, não sendo possível a comunicação entre forças de segurança. A Rede Móvel Privativa concretizará o objetivo proposto pelo projeto do Sistema Nacional de Comunicações Críticas (SISNACC), que buscava a integração de diversas entidades governamentais pelo uso do Sistema de Radiocomunicação Digital Troncalizado (SRDT) do Exército Brasileiro.

A primeira fase do projeto, cujo início foi autorizado pelo Gaispi neste dia 30 de julho, permitirá a comunicação entre agentes de diferentes órgãos de segurança pública, utilizando-se de uma plataforma de missão crítica que permitirá a criação de grupos de maneira dinâmica para a realização de missões por mais de uma força de segurança, com o uso de somente um terminal. Esta integração é especialmente importante em situações de calamidade e desastres, nas quais diversos órgãos são acionados, como defesa civil, bombeiros e forças policiais.

Em um segundo momento, com a implantação plena da rede LTE, será disponibilizado o acesso aos agentes de segurança a modernas funcionalidades que se utilizam de altas taxas de transmissão e baixas latências. Esta segunda fase permitirá, ainda, a redução de custos e a potencial ampliação de cobertura.

A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), criada pelo Edital do 5G, será responsável pela implantação da rede, utilizando-se de equipamentos para fazer a integração das redes legadas, de núcleo LTE próprio e da infraestrutura de acesso de operadoras comerciais. A operação da rede móvel será de competência da Telebras, conforme estabelecido pelo Decreto nº 11.299, de 21 de dezembro de 2022, que alterou o Decreto nº 9.612, de 17 de dezembro de 2018. O modelo proposto, além de garantir a adequada gestão da rede, garantirá a sustentabilidade do projeto.

Fonte: ANATEL

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Anatel promove diálogo institucional sobre riscos de cibersegurança da Inteligência Artificial Generativa

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Em cumprimento à sua missão de regular e supervisionar o setor de telecomunicações no Brasil, o presidente do Comitê de Infraestrutura de Telecomunicações (C-INT), o conselheiro diretor Alexandre Freire, encaminhou os Ofícios nº 6/2024/C-INT-ANATEL (acompanhado de versão traduzida para o inglês), nº 10/2024/C-INT-ANATEL e nº 11/2024/C-INT-ANATEL, à OpenAI, Google e Microsoft, para tratar das implicações do uso de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) nas telecomunicações.

Os documentos têm o objetivo de iniciar uma discussão institucional com essas empresas de tecnologia sobre os riscos de cibersegurança relacionados ao uso malicioso de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (GenAI), que podem afetar a saúde e a segurança dos consumidores dos serviços de telecomunicações.

Nos ofícios, ressaltou-se que os riscos associados ao uso malicioso de GenAI são significativos, incluindo a criação de códigos de malware, campanhas de phishing spear phishing altamente credíveis. Além disso, foram mencionados nos documentos que esses riscos já são motivo de preocupação para diversos países e organizações internacionais, com as quais a própria Agência mantém diálogos permanentes.

Para melhor compreender esses riscos e seus instrumentos de mitigação, Freire entende que é necessária uma interlocução construtiva com essas organizações, de modo que a GenAI seja efetivamente uma tecnologia segura e benéfica para todos os consumidores. Ele destacou a disposição da Anatel em fornecer esclarecimentos adicionais e agendar conversas iniciais para aprofundar a discussão sobre cibersegurança no contexto de GenAI.

Os ofícios podem ser acessados nos links abaixo:

 

SEI/ANATEL – 12264310 – Ofício

SEI/ANATEL – 12316943 – Ofício

SEI/ANATEL – 12325620 – Ofício

SEI/ANATEL – 12325644 – Ofício

 

Fonte: ANATEL

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Blockchain: Projeto Ilíada impulsiona tecnologia no Brasil

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Com investimento de R$ 23 milhões do MCTI, o Projeto Ilíada está com chamada pública aberta para selecionar parceiros para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o tema

Até o dia 25 de julho, estão abertas as inscrições da chamada pública que busca parceiros para o Projeto Ilíada. O objetivo é desenvolver estudos e pesquisas para a evolução de funcionalidades e tecnologias para testbeds de redes blockchain, um bando de dados descentralizado que registra e armazena transações entre usuários de um sistema como se fosse um livro-caixa.

Os grupos de trabalho selecionados prestarão serviço pelo prazo de um ano e ficarão responsáveis por elaborar soluções para o desenvolvimento de novos produtos com a tecnologia. Cada grupo receberá R$ 132 mil para gastos com pessoal.

A coordenação dos grupos deve ser feita por um pesquisador vinculado a uma instituição de ensino pública ou privada. As propostas devem abordar ao menos um dos tópicos de interesse da RNP, como Tokens Não Fungíveis (NFTs), segurança e privacidade em blockchains, algoritmos de consenso, automação e operação de redes blockchain, algoritmos e aplicações descentralizadas, entre outros.

Com investimento de R$ 23 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o projeto é uma parceria entre a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), ambos responsáveis pela execução do projeto, e a Softex.

“O Projeto Ilíada visa contribuir para o amadurecimento do ecossistema blockchain no Brasil por meio de ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para acompanhar o estado da arte da blockchain, de modo que o país obtenha o domínio da tecnologia”, explica Leandro Ciuffo, diretor-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP.

“O CPQD tem colaborado ativamente com o desenvolvimento do ecossistema blockchain do Brasil. Participamos, desde o início, das atividades do CT-Blockchain da RNP, quando nasceram as primeiras ideias sobre o escopo do Projeto Ilíada”, lembra Reynaldo Formigoni, gerente de Soluções Blockchain do CPQD.

Um dos principais pontos do Projeto Ilíada prevê a criação de um observatório que ficará responsável por monitorar iniciativas de desenvolvimento e a adoção da tecnologia por setores como governo, academia e indústria.

Haverá ainda a implantação de um testbed para experimentação em blockchain. Trata-se de um laboratório computacional multiusuário e distribuído que poderá ser usado por pesquisadores de universidades e empresas para a criação de redes blockchain baseadas em diferentes frameworks.

A duração do projeto será até 25 de janeiro de 2026. A ação faz parte dos Programas e Projetos Prioritários de Informática (PPI), iniciativa que visa promover o desenvolvimento em ciência, tecnologia e inovação, áreas consideradas estrategicamente relevantes para o Brasil.

Participação no Fórum BlockchainGov

O Projeto Ilíada faz parte da programação do BlockchainRio, que será de 24 a 25 de julho no Rio de Janeiro, e vai discutir as novidades na área. A iniciativa estará no Fórum BlockchainGov, organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

O painel “Financiamento público para o desenvolvimento de blockchain: MCTI e o caso do Projeto Ilíada” abordará detalhes do programa e a importância do investimento na tecnologia no dia 25 de julho, às 10h. (Com assessoria de imprensa)

Fonte: Telesintese