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Logística reversa de dispositivos avança em telecom, indica PostalGow

A emergência climática tem destacado cada vez mais a importância do descarte adequado de resíduos, inclusive no ecossistema de telecomunicações para casos como roteadores usados.

Desde 2007, foi estabelecido pela Anatel que após o cancelamento do serviço firmado junto às operadoras, a retirada dos equipamentos deve ser realizada pela prestadora, sem custos para o consumidor. Os equipamentos podem ser retirados pela empresa no endereço indicado pelo cliente ou podem ser entregues por eles em um local adequado.

Nem todas as empresas se dedicam efetivamente ao cumprimento da obrigação. Mas existem muitas comprometidas com a reciclagem de modems e decoders, como uma medida para mitigar os impactos ambientais.

PostalGow, operador logístico especializado em soluções logísticas para o segmento de telecomunicações, explica que “o processo envolve várias etapas, desde a coleta dos dispositivos até sua triagem, pintura, eventuais reparos eletrônicos e teste de qualidade ao final do processo”.

Atualmente, estima-se que mais de 4.000 toneladas de aparelhos e acessórios sejam reaproveitados por ano com o processo de logística reversa, segundo a empresa.

Para isso, são desenvolvidas ações para recuperar os aparelhos e facilitar a reciclagem de materiais, como metais, mas também a reintegração desses aparelhos no setor de telecomunicações por meio do processo de recondicionamento.

“Este método se destaca por maximizar a recuperação de materiais e minimizar os resíduos enviados a aterros. A maioria desses dispositivos é submetida a processos de reparo e reutilização, prolongando sua vida útil e maximizando a eficiência dos recursos”, destaca o fundador da empresa, Carlos Tanaka.

Segundo o executivo, as maiores operadoras de telecom do Brasil, como Claro, Vivo, Tim, Oi e Sky, já têm um processo maduro de logística reversa. “Entretanto, a estratégia de contratação e modelo operacional é fator crítico para o sucesso”, pontua.

Ele explica que se o foco das companhias for somente na redução de despesas operacionais (OPEX), por exemplo, pode-se causar ineficiência de retirada dos equipamentos em campo, gerando maiores investimentos em despesas (CAPEX) na aquisição de novos equipamentos no futuro.

Assim, além de contribuir com a redução de resíduos e a reciclagem, com a logística reversa consome-se menos recursos naturais na recuperação de equipamentos do que a  importação de novos, evitando consumo de matérias primas, produção e transportes.

Fonte: Teletime

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