Reflexões sobre A Comunicação Organizacional em tempo da IA

Por Paulo Sérgio Galvão

 

A construção da realidade, decorrente das ações humanas que é, sempre dependeu do recurso a uma forma qualquer de linguagem. E a sua compreensão, teve como chave indispensável, o universo do discurso, da palavra e da linguagem, inerentes ao ser humano, sendo de notar que a comunicação não significa apenas a passagem da informação, posto que é essencial que se considere o sentido e as significações, sem o quê não seriam apreendidos em profundidade nem as identidades individual e coletiva, nem o simbólico organizacional.

É que todo discurso, palavra ou documento escrito, se insere na esfera do agir, do fazer, do pensar, do sentir, originando o conceito de comunicação como “a transferência e compreensão de significados entre pessoas, através da linguagem escrita ou falada, por gestos, olhares e expressões.  É uma troca de informações, compreensão e sentimentos”. E entendo que o conceito continua válido.

Em consequência, outras questões precisam ser consideradas, tal como o psiquismo na comunicação, também fundamental para ser viabilizada. Veja-se, por significativo, a dimensão do afeto, reprimido através de valores sociais preconceituosos impostos, como exposto a seguir.

Da concepção ao nascimento, em regra permeados pelo amor, o bebê, ao crescer, sofre a transformação da relação afetiva de seus pais, que iniciam o processo de impedimento da expressão espontânea desse afeto, como faziam exemplo: “menino não chora”; “menino não faz carinho em outro menino”; “menina não bate em menino”. A dimensão normativa em substituição da afetiva como preponderante.

Com o início da vida escolar, a dimensão cognitiva é agregada ao processo, de forma sistematizada e estimulada, impulsionando o ser humano à valorização do conhecimento intelectual competitivo, tudo em detrimento das expressões afetivas, relegadas a terceiro plano, ou totalmente substituídas.

Na vida adulta, qualquer contato físico entre as pessoas passava ser visto como um comportamento sexualizado, nunca como uma demonstração afetiva (homem fazendo carinho em colega era visto como sinônimo de homossexualidade e, em colega do sexo feminino, visto como interesse físico, posto que homem e mulher nunca poderiam ser somente amigos). Veja-se a reação de alguns segmentos da sociedade às mudanças atuais desses entendimentos, com a exposição de relações homossexuais, por exemplo.

Em verdade, além do impedimento da livre expressão do afeto entre as pessoas, sofríamos também dificuldades de o extravasar nas nossas relações com o lazer, com o trabalho, e até conosco mesmo, trazendo à reflexão se com a industrialização, com a visão mecanicista do mundo, o desenvolvimento dos capitalismos industrial e financeiro, o ser humano foi sendo moldado para ser uma máquina de trabalho que, como tal, não pensava, não sentia, não tinha afeto.

Essa visão antiga, pode ter sido boa para a indústria daquele modelo predominante no século XX, mas certamente, sempre foi péssima para o ser humano, que, em sua complexidade, precisa ser visto como um todo; e que, para estar bem, não pode dissociar-se em nenhuma de suas partes.

A percepção do prazer no trabalho é fundamental para a interação saudável do ser com o mundo.  E, para que isso ocorra, seria importante que o ser humano modificasse a forma aprendida, para deixar fluir livremente sua afetividade, pois ao conseguir isto, poderia perceber melhor a si mesmo e encontrar formas mais prazerosas de viver, inclusive no trabalho, onde passa grande parte de sua vida.

E esta percepção da importância da qualidade de vida, implicaria em mudança de tal ordem, que seguramente traria vantagens para a sociedade, na medida em que profissionais trabalhando com prazer, por prazer, vinculados afetivamente ao produto do seu trabalho, produziriam com mais e melhor qualidade, porque produção que se iniciaria e se completaria no homem.

As mensagens negativas, dando origem a “fantasmas”, provocantes dos medos de rejeição social e/ou fracasso profissional, poderiam ser mais bem trabalhadas e/ou evitadas, se associadas à emoção.

Essas reflexões têm quase que dimensão histórica em face das enormes transformações em curso, aceleradas pela pandemia. De qualquer forma, far-se-ia necessário, por tudo isso, enfatizar dinâmicas de relacionamentos intra e interpessoais e inter-grupais, que possam responder aos desafios deste novo século XXI.

Cabe responder se as mesmas dinâmicas pensadas e desenvolvidas no século passado, que passam pelo enfrentamento dos medos infantis, do saber ouvir, da realização de feedbacks sem censura, do alcance da abertura pessoal, do desenvolvimento e integração de equipes, do entendimento dos diferentes estilos de comunicação, seriam capazes de dar respostas adequadas às novas demandas.

Vale notar que a percepção da realidade influencia o processo de comunicação, porque “Perceber é a capacidade de captar e interpretar os estímulos do meio ambiente”, segundo nossa maneira singular. Piaget, a afirmou egocêntrica porque vinculada à posição física e situação cultural de cada um em relação ao objeto e ao fato.

A interpretação é então baseada nos valores de cada um, decorrentes da experiência, dos pressupostos, das necessidades, enfim, da “história de vida” pessoal. E esta visão particular/singular, influencia a acuidade na percepção da realidade.

Restaria perguntar: O que é realidade?  – A situação real, independente da interpretação e do juízo de valor. “Seria aquilo que naturalmente existe”.

E a questão que se põe é: Realidade é aquilo que “conseguimos ver”? Para que se possa colocar a “distorção da realidade” posto que é uma parte que “percebemos”, mas não existe.

Finalmente, o “real percebido” – é a parte da realidade total que conseguimos perceber, tal como ela se apresenta, de forma coerente, sem distorções.

De qualquer forma, o que vale considerar, é que no dia a dia, seja na comunicação, seja no relacionamento interpessoal, poderia haver “distorções da realidade”, levando à percepção de parcela restrita da realidade do outro, dificultando a apreensão do todo.

Seria recomendável, portanto, para aumentar a eficácia da comunicação, a “checagem” das nossas percepções sobre o fato, para verificar se elas estão coerentes com a percepção do grupo, gerando interação mais eficaz, melhor relacionamento, onde poder-se-ia realizar melhor a “soma das diferenças”

Feitas essas considerações cabe perguntar onde estamos e para onde vamos, nessa sociedade pós-industrial, caracterizada por IoT, celulares, computadores pessoais, trabalhos remotos, Chats, Bard, IA, e outras tecnologias modificadoras radicais da sociedade, de velocidades inovadoras nunca experimentadas pelo ser humano.

Apesar da afirmação de Heráclito, há mais de vinte séculos, de que “a única constante é a mudança”, jamais teve a rapidez e a profundidade de nossos dias.

Na tentativa de responder, vejo-me limitado pelos meus condicionantes acima expostos. Poderá a inteligência artificial, com seus algoritmos, responder àquelas dimensões de humanidade, ou essas já não são importantes?

Seremos totalmente substituídos pela IA, ou ainda teremos chance de sobreviver?

Um sistema de informações gerenciais, que começava com elementos aleatórios, identificadores em forma bruta e que, por si só, não conduziam à compreensão, os dados, que necessitavam serem trabalhados para virarem informações relevantes (conjuntos de dados sistematizados), e gerarem decisões, com ações consequentes e resultados buscados, tudo instrumentalizado pelo controle e avaliação, terá espaço em modelo que já traz a recomendação do que deve ser feito?

Ou a tecnologia do processo de comunicação, a partir da ideação (ideia voltada para ação e seu resultado), a sua codificação, a transmissão através de canal adequado, para recepção e decodificação pelo receptor alvo, para gerar ação e o resultado pretendido, com feedback realimentador do processo, também será inviável?

Etapas que necessitavam passar pela elocubração dos gestores, responsáveis pelos processos decisórios, exigindo-lhes atenção aos fatores interferentes nesses processos, como os ruídos provocados pelo emissor, a falta de clareza nas ideias (ou seriam para o receptor aperfeiçoar), a comunicação múltipla (dissociação ente a fala e a linguagem do corpo), os problemas de codificação, a timidez/inibição, a suposição acerca do receptor, os vícios de linguagem.

Ou os ruídos decorrentes do receptor, a credibilidade na fonte, a avaliação prematura (antes da ideia ser totalmente apresentada ou compreendida), o desinteresse, a preocupação com resposta imediata, a filtragem distorcida, o comportamento defensivo, a atribuição de intenções “escondidas”, os preconceitos e estereótipos (aparência, origem social, …).

Ou ainda, a rivalidade, a diferença de status/hierarquia, a tensão o domínio do assunto, as experiências anteriores, o envolvimento emocional, os interesses, a motivação, o clima organizacional, a complexidade dos canais, as pressões internas e/ou externas, o desejo de se mostrar, a ansiedade/angústia, entre outros possíveis.

Que, ao ocorrerem poderiam mudar o conteúdo, a forma, a compreensão da mensagem. E como ficamos em um mundo de certezas algoritmizadas, mas artificiais, entendo eu, por serem amparadas na racionalidade apenas. Será que atenderão às necessidades do ser humano, bio-psico-social?

Responderão às questões essenciais à construção do “EU”? Responderia às questões de quem sou eu? Ou quem eu deveria ser? Ou qual é o meu negócio/objetivo na vida? Ou o que estou fazendo aqui?

Se perceber é a capacidade de captar/interpretar estímulos do meio ambiente e é egocêntrico porque vinculado à posição física e à situação cultural de cada um em relação ao objeto ou fato e a interpretação baseia-se nos valores de cada um, porque decorre das experiência/pressupostos/necessidades da história pessoal, como nós seres humanos ficaremos? Perdidos, capturados, nessa teia que se desenrola, meros coadjuvantes cumpridores de ordens racionais estigmatizadas?

Acrescento aqui, as palavras de Geoffrey Hinton, psicólogo cognitivo e cientista da computação, padrinho da IA, ao se demitir do Google:

“Cheguei à conclusão de que o tipo de inteligência que estamos desenvolvendo é muito diferente da inteligência que temos. Somos sistemas biológicos, e estes são sistemas digitais. E a grande diferença é que com os sistemas digitais, você tem muitas cópias do mesmo conjunto de pesos, o mesmo modelo do mundo.”

Parece que não consegui chegar a qualquer lugar seguro, mas fica à reflexão de quem tiver interesse e tempo para pensar e quiser tentar responder às questões suscitadas.

E eu, paro aqui!

 

PAULO-SERGIO-GALVaOPaulo Sérgio de Almeida Galvão é mestre em Sistemas de Gestão Integrados, pelo LATEC/UFF, com larga experiência no setor eletroeletrônico, onde coordenou por mais de 15 anos os grupos temáticos de O&G e Indústria Naval. Exerce atualmente o cargo de Diretor de Planejamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (ABTelecom). Também é coordenador nacional do grupo informal Brasil-Arábia Saudita sobre produção conjunta de semicondutores.

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Anatel recebe mais de 600 contribuições sobre deveres de usuários de redes

A Anatel recebeu 627 contribuições de players de diferentes elos da cadeia da Internet durante a Tomada de Subsídios nº 13/2023, sobre os deveres de usuários das redes de telecom.

O processo é elemento do debate sobre a regulação do ecossistema digital. Nesta quarta-feira, 11, uma consolidação das contribuições à tomada foi apresentada pela agência reguladora – ainda que sem indicação efetiva sobre caminhos a serem seguidos para a regulação (ou não) das big techs ou contribuição dessas empresas nos investimentos em redes.

Certo até o momento é a realização de uma segunda tomada de subsídios, provavelmente entre o final de novembro e meados de dezembro, afirmou o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Nilo Pasquali. Na ocasião, serão apontados os problemas identificados pela agência nesta primeira tomada e avaliações de medidas possíveis.

A primeira consulta à sociedade mobilizou uma série de operadoras e entidade de telecom de diversos portes, além de sociedade civil, academia, governos e aquilo que a Anatel chamou de grandes geradores de tráfego (ou GGTs), representados pelas big techs. Como era de se esperar, as grandes plataformas e as empresas de telecom apresentaram visões distintas sobre os deveres de grandes usuários de redes.

A própria visão de competição e substituibilidade entre serviços tradicionais das operadoras e serviços de valor adicionado (SVAs) representados pelas aplicações de Internet foi motivo de entendimentos distintos. Enquanto as teles veem o cenário como desequilibrado a favor das big techs, estas apontam situação de complementaridade e “ganha ganha” entre as cadeias, com a legislação concorrencial dando conta de eventuais falhas de mercado.

Outra questão suscitada pelas grandes plataformas – bem como por órgãos de defesa do consumidor e mesmo provedores regionais – foi a limitação de competências da Anatel para regular as aplicações de Internet, seja sob luz da Lei Geral de Telecomunicações (LGT) ou do Marco Civil da Internet. A agência tem cogitado interpelar as big techs pelo papel das empresas como grandes usuárias de recursos de redes.

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O modelo para operacionalizar uma eventual contribuição da cadeia, contudo, ainda segue em aberto. Fora a contribuição direta às teles, um ponto citado pelo assessor da superintendência de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Roberto Hirayama, seria modelo norteado por arbitragens conduzidas pela Anatel entre operadoras e big techs.

Outro risco no radar seria como garantir que eventuais pagamentos das big techs se destinassem efetivamente aos investimentos em rede, indicou o assessor. Neste sentido, um modelo de contribuições similar ao do Fust poderia garantir o direcionamento adequado dos recursos, sinalizaram os técnicos da Anatel.

 

Fonte: Teletime

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CTIA do Senado vai discutir implicações da inteligência artificial no Brasil

Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial (CTIA) aprovou em sua última sessão, requerimento do senador Eduardo Gomes (PL-TO) que propõe a realização de uma série de audiências públicas para debater IA e as implicações do seu uso no Brasil. As datas dos debates ainda serão agendadas pela secretaria da comissão.

O colegiado discutirá temas como o uso da IA nas eleições e o impacto da IA no cibercrime. Gomes também propôs debater o PL 2.338/2023, de autoria do presidente Rodrigo Pacheco, que regula o uso da inteligência artificial no Brasil. Entre os aspectos apontados no texto de Pacheco, está a designação, pelo poder Executivo, de uma entidade competente para zelar pela implementação e fiscalização da futura legislação.

A CTIA foi criada para examinar os projetos relacionados à inteligência artificial. Composta por 13 senadores e igual número de suplentes, a comissão é presidida por Carlos Viana (Podemos-MG) e tem Eduardo Gomes como relator. A vice-presidência é ocupada pelo senador Marcos Pontes (PL-SP).

Fonte Teletime com informações da Agência Senado

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Anatel participa de painel sobre Inteligência Artificial

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conselheiro diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Alexandre Freire apresentou benefícios da implantação de sistemas baseados na Inteligência Artificial (IA) no Supremo Tribunal Federal (STF) que, entre os 24 mil processos em trâmite, permite identificar e agrupar temas ou recursos similares, o que facilita o direcionamento de esforços do Tribunal às questões de maior impacto social. Outro avanço, segundo ele, foi a identificação de temas repetitivos em relação a julgados. A apresentação aconteceu nesta quinta-feira (5/10) no Futurecom, o principal evento de telecomunicações do País, realizado na cidade de São Paulo.

As discussões no STF para a modelagem dos algoritmos a serem usados nos sistemas de IA, com tratamento de questões relativas à segurança e vieses que poderiam gerar resultados indesejados também foram citadas por Freire. O conselheiro da Anatel foi assessor de ministros do Supremo entre 2014 e 2019. Os projetos em relação à IA no Tribunal foram iniciados na gestão de Cármen Lúcia e aperfeiçoados nas gestões de Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.

O superintendente executivo da Anatel, Abraão Balbino, considera que, apesar dos benefícios e das discussões sobre os riscos da IA, ainda não é o momento de uma legislação ou regramento. Abraão coordenou o Grupo de Trabalho da União Internacional de Telecomunicações (UIT) cujas atividades resultaram na Resolução 214, que em 2022 incluiu as tecnologias relacionadas à IA nas atividades da organização, e na criação do AI Repository, um espaço colaborativo e aberto com informações de projetos relacionados à tecnologia.

Abraão também mencionou o Grupo de Trabalho de Inteligência Artificial, criado por iniciativa do conselheiro Freire, que busca promover e monitorar o uso de IA nos sistemas da Anatel e ampliar a competência do órgão regulador de telecomunicações no tema. Segundo ele, “o sistema digital está em evolução e precisa de uma análise muito bem estruturada”. Sobre a regulação da IA, afirmou que a “deve ser feita com base em evidências”. Para ele, a legislação ou regramento não deve travar ganhos de produtividade e competência oriundos da tecnologia.

Freire e Abraão participaram do painel “Muito além da ficção científica: os usos éticos da IA, os impactos da IA generativa, a evolução dos debates em torno do Marco Regulatório e as aplicações disruptivas para a sociedade”.

Anatel no Futurecom 2023

Nesta quinta-feira (5/10), Balbino também participou do Painel “Usos de frequência do 5G, os novos entrantes, as decisões (e desdobramentos) em torno dos 700MHz”; o superintendente de Fiscalização da Anatel, Hermano Tercius, participou do painel “Segurança pública e a proteção de dados do cidadão”; a gerente de Interações Institucionais, Satisfação e Educação para o Consumo, Isadora Firmino, participou do “Como a conectividade pode transformar a vida do cidadão e impactar na economia e melhorar as questões socioambientais”; e o gerente de Universalização e Ampliação do Acesso, Eduardo Jacomassi, participou do “Educação e conectividade – implementação da ferramenta considerada a mais completa, abrangente e complexa de aprendizado do mundo”.

A Anatel também está presente no Futurecom 2023 em estande compartilhado com a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Uma equipe da Anatel está à disposição para esclarecer dúvidas sobre as atribuições da Agência, especialmente em relação à certificação de produtos de telecomunicações.

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ABTELECOM Recebe Diploma em Comemoração aos 20 Anos do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro

A ABTELECOM tem a honra de receber o Diploma em Comemoração aos 20 anos do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro – Jornalista Roberto Marinho, concedido pela Alerj. Este reconhecimento destaca nosso compromisso com o desenvolvimento do estado, enaltecendo a contribuição de instituições que promovem o crescimento econômico, a inovação e a qualidade de vida da população fluminense. É um privilégio fazer parte desse grupo e continuar a moldar o futuro do Rio de Janeiro.

A ABTELECOM tem a honra de receber o Diploma em Comemoração aos 20 anos do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro - Jornalista Roberto Marinho, concedido pela Alerj. Este reconhecimento destaca nosso compromisso com o desenvolvimento do estado, enaltecendo a contribuição de instituições que promovem o crescimento econômico, a inovação e a qualidade de vida da população fluminense. É um privilégio fazer parte desse grupo e continuar a moldar o futuro do Rio de Janeiro.

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Embratel lança IA para segurança e monitoramento de ambientes

A Embratel anunciou uma solução baseada em inteligência artificial (IA) capaz de realizar o monitoramento da segurança de espaços. Apelidado de Embratel Smart View, o lançamento é indicado para ambientes como lojas, fábricas, bancos, condomínios e empresas de setores variados.

De acordo com a companhia, a tecnologia é capaz de identificar, de forma precisa e em tempo real, situações de risco, baseado em padrões e ações de comportamentos observados a partir de imagens de câmeras de segurança.

Em agências bancárias, por exemplo, o objetivo é emitir alertas para equipes de segurança durante possíveis ocorrências de roubo. Para a análise comportamental nos locais monitorados, a solução autônoma de IA da Embratel também usa deep learning, reinforced learning, machine learning e natural language processing. O processo ocorre de forma automática e não há necessidade de configuração prévia ou integração com outras bases de dados, segundo a empresa.

“A solução Embratel Smart View destaca-se por ter condições de detectar situações de risco com inteligência e rapidez, sendo perfeita para monitoramento de grandes locais e, também, de ambientes como fábricas, bancos, galpões de mercadoria, casas lotéricas, condomínios, ruas e lojas de todos os tipos”, disse Mário Rachid, diretor-executivo de soluções digitais da Embratel.

A promessa, segundo o executivo, é de instalação facilitada e integração a diferentes modelos e marcas de câmera – sejam elas de alta resolução ou não. Isso significa que as empresas podem aproveitar os dispositivos já instalados, sem a necessidade de aquisição de modelos novos específicos.

Funcionamento

Uma câmera do ambiente do cliente, que possui integração com o Smart View, capta imagens e envia as informações ao programa. Os dados serão analisados em tempo real, e exibidos numa interface web ou móvel. Por ser um sistema que atua com técnicas de auto aprendizado, a Embratel explicou que ele aperfeiçoa o acompanhamento de técnicos, direcionando com eficiência o foco e atenção dos operadores.

A Embratel deu como exemplo a aplicação do Smart View num centro logístico. Nesse caso, a tecnologia evitaria roubos. Há ainda a possibilidade de implementar a ferramenta em cabines de meios de transporte de cargas, como caminhões e trens, para evitar acidentes. Outro ponto mencionado pela companhia foi a utilização do mecanismo para identificar sinais de condutores que estejam imóveis, avisando coordenadores sobre a necessidade de troca de funcionários antes mesmo da ocorrência de um acidente.

A aplicação também é capaz de prever incidentes e até correlacionar eventos de diferentes câmeras em um mesmo ambiente. Já por meio do recurso de aprendizado contínuo, a solução pode ser treinada para identificar uma ação ou comportamento suspeito. Isso pode ser feito de acordo com a necessidade de cada cliente, segundo a Embratel.

Na indústria, a aplicação pode ser utilizada para apoiar diversas funcionalidades, como na segurança do trabalho. A Embratel Smart View consegue detectar, por exemplo, colaboradores que estejam em alturas consideradas de risco.

Cidades

A Embratel quer que o Smart View também seja aplicado em projetos para cidades inteligentes, como forma de apoio à segurança. “Integrando a solução às câmeras espalhadas pelos municípios, torna-se possível, por exemplo, identificar locais e horários propensos a terem uma grande concentração de veículos. A partir disso, é possível organizar e programar semáforos para evitar pontos de trânsito intenso e acidentes pelas cidades”, explicou a empresa em comunicado à imprensa.

Assim como outras soluções de monitoramento, a tecnologia desenvolvida também gera relatórios aos gestores com indicadores e registros de ocorrências. Segundo Rachid, a solução diferencia-se por ser comercializada no modelo software as a service (SaaS) – ou seja, o cliente paga conforme o uso, já que há a uma arquitetura escalável que pode ser em nuvem, on-premise ou em ambiente híbrido.

 

Fonte: Teletime

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Operadoras enfrentam barreiras para implementar IA, aponta pesquisa

O acesso a dados de alta qualidade é uma barreira chave para os provedores de serviços de comunicação alcançarem para o nível mais avançado de automação de rede. A conclusão foi obtida através de uma pesquisa encomendada pela Nokia e conduzida pela Analysys Mason. Apenas 6% das operadoras entrevistadas no estudo responderam que acreditam estar no nível mais avançado de automação (ou seja, automação “zero-touch”)

“Os provedores de serviços de comunicação não conseguem acessar conjuntos de dados de alta qualidade (que permitiriam decisões mais precisas) porque estão usando sistemas legados com interfaces proprietárias. Isso restringirá o quão rapidamente eles podem integrar a IA em suas redes”, afirmou a pesquisa.

O tal nível mais avançado de automação mencionado na pesquisa é um fator que depende de inteligência artificial (IA) e algoritmos de aprendizado de máquina para gerenciar e aprimorar as operações de rede. O problema dos dados de alta qualidade também está impactando a capacidade dos CSPs de reter talentos em IA, segundo o estudo.

Ainda assim, 87% das provedoras de serviços começaram a implementar a IA em suas operações de rede, seja como prova de conceito ou em produção; já 57% afirmam ter implantado casos de uso de IA até o ponto de produção.

O estudo é baseado nas respostas de 84 operadoras entrevistados em todo o mundo. Quase 50% dos provedores de serviços de Tier 1 classificaram a coleta de dados como a fase mais desafiadora do ciclo de desenvolvimento de casos de uso de IA em telecomunicações.

Apesar disso, os entrevistados afirmaram que acreditam que a IA ajudará a melhorar a qualidade do serviço de rede, o crescimento da receita, a experiência do cliente e a otimização de energia para atender às suas metas de sustentabilidade.

A pesquisa indicou que os provedores devem avaliar suas estratégias de implementação de IA em telecomunicações e desenvolver um roteiro claro para a implementação, com o objetivo de superar o desafio dos dados e outros obstáculos, como a incapacidade de escalar as implantações de casos de uso de IA. O relatório completo pode ser encontrado aqui.

Fonte: Teletime

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Brasil assume GT de Economia Digital do G20 e prioriza conectividade significativa

O Brasil assumiu a presidência do Grupo de Trabalho em Economia Digital do G20 e, em 2024, receberá a reunião ministerial que, este ano, ocorreu em Bengaluru, na Índia. O governo brasileiro colocou a conectividade significativa como uma das prioridades durante o seu comando no GT.

“Nosso foco central será uma abordagem abrangente da inclusão digital, o que, aliás, é uma das prioridades do governo do presidente Lula”, afirmou Juscelino Filho, durante a Reunião dos Ministros da Economia Digital do G20.

Este ano, a presidência indiana definiu três temas prioritários para o GT: infraestrutura digital pública, segurança na economia digital e habilidades digitais. Da mesma maneira, o Brasil definiu e já apresentou quais serão as prioridades no trabalho para o próximo ano, de sua presidência:

Conectividade universal e significativa

Por iniciativa do Brasil, o tema também faz parte das discussões das 20 maiores economias do planeta. Pensar a conectividade universal e significativa é de grande importância no momento atual de “profunda transformação digital” testemunhado mundialmente, afirma Juscelino Filho.

“Queremos buscar experiências e programas de sucesso entre os países do G20 que visam a incluir todos nos benefícios da digitalização a preços razoáveis, com o uso de equipamentos adequados e altas velocidades de conexão, que proporcionem uma experiência produtiva e enriquecedora no ambiente digital”, apontou.

Inteligência Artificial

Sob a presidência brasileira, o assunto será tema de reflexões e estudos por todos os países-membros do grupo. Internacionalmente, este ano, a União Europeia, que faz parte do G20, aprovou a primeira lei abrangente do mundo sobre a Inteligência Artificial.

“Não podemos nos furtar a discutir os efeitos da Inteligência Artificial sobre nossa sociedade, tanto seus impactos positivos quanto a mitigação dos potenciais impactos negativos”, alertou o ministro Juscelino Filho.

Governo Digital

O Pix, os serviços digitais do Governo Federal, a identidade digital, a plataforma Gov.br e outras experiências exitosas do Estado brasileiro foram outros temas destacados pela delegação brasileira durante a reunião ministerial do G20. Ao assumir a presidência do GT em Economia Digital do G20, o Brasil propõe que essa busca pela transformação digital dos governos seja ampla, ultrapasse fronteiras e gere benefícios a cidadãos de todo o mundo.

O assunto já era agenda do GT durante a presidência dos indianos. Agora, a ideia é de dar continuidade aos trabalhos sobre infraestrutura digital. “Entendemos que a busca de sistemas de prestação de serviços de governo seguros, funcionais, não exclusivos, centrados no ser humano e orientados para os usuários é premissa para o funcionamento de qualquer economia e sociedade”, entende o governo brasileiro.

Combate à desinformação

Ainda de acordo com Juscelino Filho, a presidência brasileira deseja contribuir para o diálogo e a cooperação internacional no combate à desinformação, na promoção da integridade da informação e construção de um ambiente digital confiável.

“A interlocução ativa no G20 reúne o potencial de promover troca de experiências e de destacar boas práticas dos países do grupo”, disse o ministro na ocasião.

Por fim, a declaração conjunta sobre economia digital do G20, aprovada pelo Brasil e pelos outros membros do grupo, aponta que a ideia é dar continuidade às conquistas das presidências anteriores para continuar a promover uma abordagem inclusiva, sustentável, orientada para o desenvolvimento e centrada no ser humano.

Confira abaixo a íntegra da declaração.

“O Brasil, como a próxima Presidência do G20, espera aproveitar as conquistas das presidências anteriores para continuar a promover uma abordagem inclusiva, sustentável, orientada para o desenvolvimento e centrada no ser humano, com os objetivos fundamentais de realizar todo o potencial da economia digital para todos, melhorando a vida das pessoas e eliminando as barreiras digitais. Saudamos, portanto, os planos do Brasil de trabalhar nos temas de conectividade universal e significativa; inteligência artificial; integridade e confiança da informação no ambiente digital; e governo digital”.

Fonte: TELETIME

PALESTRA IA PARA TODOS – DESCOBRINDO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Seja bem-vindo(a) à palestra “IA para Todos – Descobrindo a Inteligência Artificial”! Com a constante evolução tecnológica e a crescente relevância da Inteligência Artificial (IA), o mercado de trabalho no setor de tecnologia tem exigido profissionais cada vez mais preparados para enfrentar os desafios complexos e especializados que surgem a cada dia. É por isso que estamos empolgados em oferecer a você a oportunidade de mergulhar no mundo da IA e expandir seus conhecimentos nesse campo fascinante.

Data: 17 de agosto
Horário: 17h (Horário de Brasília)
Formato: Evento online

 

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Sobre a Palestra: Nossa palestra “IA para Todos” é uma oportunidade única de adquirir insights sobre a Inteligência Artificial, suas aplicações práticas e seu impacto nas diversas áreas. O palestrante, Prof. José Alexandro Acha Gomes, possui uma sólida formação e experiência no campo, garantindo que você receba informações de qualidade e relevantes para o seu crescimento profissional.

 

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O Prof. José Alexandro é um profissional experiente e altamente qualificado no setor de tecnologia. Bacharel em Ciências da Computação com especialização em Banco de Dados pela UCP (Universidade Católica de Petrópolis), foi responsável e contribuiu para a criação e coordenou cursos técnicos de informática e de qualificação profissional em várias instituições, como a Farmitalia Carlo Erba , Aloha System Informática, o Colégio Franciscano Sagrado Coração de Jesus e a Universidade Estácio de Sá. Além disso, atua em projetos globais, como a HACK Crisis Management Plattform na Alemanha e a GetBoarded em Portugal.

Participe e se prepare para o Futuro: A palestra “IA para Todos – Descobrindo a Inteligência Artificial” é uma oportunidade imperdível para você aprimorar seu entendimento sobre IA, suas aplicações e suas implicações no mercado de trabalho. Esteja preparado(a) para o presente e o futuro da tecnologia, capacitando-se com conhecimento de ponta.

Não perca a oportunidade de expandir seus horizontes na área de Inteligência Artificial e se prepare para os desafios do mercado de tecnologia. Te esperamos no dia 17 de agosto, às 17h, para essa experiência enriquecedora e inspiradora!

 

Para mais informações, entre em contato pelo email abtelecom@abtelecom.org.br.