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Ancine conclui regras para isenção de streaming e VoD este ano; mas quer ter mais informações sobre o mercado

A Ancine (agência reguladora do audiovisual) pretende concluir as etapas regulatórias relacionadas à isenção de Condecine para serviços de streaming e VoD, conforme previsão da Lei 14.173/2021 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Lei/L14173.htm),  ainda este ano, declarou o presidente da agência, Alex Braga, durante o Seminário ABDTIC 2022, realizado esta semana, em São Paulo.

“Esperamos chegar ao final deste ano ao final da discussão, em razão do comando legal, internalizando nas normas da agência, mas estendendo os efeitos em análise das obrigações acessórias para melhor forma de obter dados do setor de streaming para que a agência possa trabalhar na regulação”. Caso a Ancine, de fato, caminhe no sentido de incorporar informações sobre o mercado de streaming à sua atividade regulatória, será uma grande mudança em relação ao cenário atual, no qual a agência tem praticamente nenhuma informação sobre o setor, seja no que diz respeito.

“Os debates são sobre registro das obras, informações de catálogo de obras, quais informações necessárias e relevantes para a agência. Mas a Ancine vai sempre respeitar a reserva de lei, os processos legislativos, e atuar para compartilhar e fornecer informações para que se tenha marcos regulatórios eficientes”, disse Alex Braga.

Segundo Alex Braga, o mesmo vale para a Serviços de Acesso Condicionado (SeAC). “A posição da agência para reservas de mercado de TV, cinema e streaming tem base comum, trazendo para lógica regulatória e de agências. Qualquer  medida compensatória de cota, reserva, seria prudente que fosse fixada pela agência, com AIR, consulta, para que se possa ter os melhores resultados, desempenho, sem se desconectar da realidade, característica do mercado”, disse Braga, antecipando-se a uma discussão que certamente passará pela agência em 2023, que é a definição de cotas de conteúdo nacional, considerando o esgotamento das medidas previstas em lei e que vencem em agosto de 2023.

O presidente da Agência Nacional de Cinema diz que é preciso “restaurar ambientes administrativos para tratar de algumas questões”. Para ele, “a Ancine não substitui o Conselho Superior de Cinema, embora faça esforços, pois o conselho congrega representantes da sociedade civil, mercado e governo”, disse ele, sem se referir diretamente ao fato de o CSC, órgão responsável pela formulação de políticas audiovisuais, estar inoperante na prática desde o final do governo Temer. “Também a secretaria do audiovisual é importante no processo, então em 2023 haverá processo em que essas estruturas também  se consolidarão para aperfeiçoamento e melhoramento. Estamos vendo com muito otimismo o ano de 2023”, disse Braga.

Para ele, a Ancine estará posicionada nesse debate em 2023. “O ano de 2022 foi muito importante para a política pública audiovisual, foram 4 anos em 1, e o ano ainda não acabou. Entre 2018 e 2019, a política audiovisual, especialmente a Ancine, viveram sua maior crise institucional, de confiabilidade e credibilidade, entre agência e instituições do estado. Os anos de 2020 e 2021 foram de pandemia. E 2022 foi o ano, portanto, da retomada, da consolidação, da reestruturação e reformulação”. Na visão de Braga, a Ancine recuperou a confiança e credibilidade do setor audiovisual junto a instituições públicas e de governo, inclusive órgãos de controle. “O arrefecimento da pandemia tornou possível a retomada de investimentos. De modo que 2023 se torna um ano estratégico para a atividade e indústria audiovisual”.

Fonte: Teletime

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Operadoras de TV por assinatura barram proposta da Anatel para TV Box

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vem fechando o cerco contra as famosas TV Boxes, que são aquelas caixinhas para transmissão de conteúdo, bastante utilizadas na pirataria. Além de monitorar os canais de IPTV ilegais e a venda de contrabando, o órgão do governo também vem propondo multas e mudanças na legislação. E uma das propostas não foi aceita pelas operadoras e fabricantes do setor de TV por assinatura.

A Anatel vem realizando uma consulta pública para definir quais os requisitos para avaliação e certificação de um produto para que ele seja considerado uma smart TV Box oficial. Segundo o texto, a verificação de softwares e aplicativos ilegais nos equipamentos seria realizada por organismos de certificação, previamente à homologação.

Contudo, as operadoras Claro, Vivo e a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) questionaram se isso realmente é a medida apropriada para diminuir a pirataria. “Os associados da ABTA entendem que a melhor ferramenta para combater a comercialização e o uso desses equipamentos é mesmo a interrupção de seu funcionamento a partir dos provedores de conexão brasileiros. Essa medida reduzirá a demanda, e por consequente, a oferta das smart TV boxes ilegais no país”, afirmou a entidade, segundo o Teletime.

“Nem sempre a smart TV box virá com aplicações ilegais embarcadas de fábrica ou conterá essas aplicações no momento da avaliação da conformidade. Essas aplicações que violam direitos autorais podem ser sempre instaladas pelo comerciante ou pelo próprio usuário posteriormente”, destacou a ABTA.

A Roku, que também é um importante player no setor de smart TV Boxes, também criticou o texto. “Seria excepcionalmente difícil, se não impossível, até mesmo para um provedor legítimo de serviços de streaming, fazer a certificação proposta pela Anatel.” E a própria Roku disse, que, mesmo com sua política de combate à piratariam, não consegue monitorar em tempo todos os conteúdos de seu aplicativo.

“Como resultado, as empresas que oferecem produtos e serviços legítimos podem ser banidas do mercado brasileiro, pois não pode haver garantia prática de que cada parte do conteúdo disponível a cada momento em uma loja de aplicativo tenha sido legalmente carregada.”

Por outro lado, os produtores de conteúdo que estão na campanha global da Motion Picture Association of America (MPAA) contra a pirataria, e na Simba Content (joint venture do SBT, RedeTV! e Record) apenas pediram alguns ajustes, entre eles, o uso de uma terminologia diferente de smart TV Box.

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) apenas celebrou o fato de a Anatel ter deixado os televisores e computadores de fora dessa discussão.

Vale destacar também que, como resultado de outra consulta pública sobre pirataria em TV Boxes este ano, a Anatel vai aplicar multas mais caras para usuários de dispositivos ilegais no país. Os consumidores finais e microempresários individuais (MEIs) que estiveram violando a nova resolução terão que arcar R$ 110 caso sejam denunciados.

As empresas de grande porte que estiverem oferecendo ou comercializando as TV Boxes de forma que violem a resolução da Anatel, poderão ser multadas em até R$ 30 milhões.

 

Fonte: Canaltech

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Operadoras de telecom buscam aprimorar os recursos de seguranças nas redes 5G

By tiinside

(tiinside)

A pesquisa ‘5G Managed Security Survey 2022’, feita pela Nokia e pela consultoria GlobalData Plc, alerta que as operadoras de telecom, em todo o mundo, afirmam precisar melhorar os recursos de segurança das redes 5G, à medida que as violações cibernéticas aumentam.

Segundo a pesquisa, 56% das operadoras de telecom afirmam que precisam melhorar suas capacidades contra ataques específicos nas redes de telecomunicações, enquanto 68% disseram que precisam aprimorar suas defesas contra ameaças de ransomware.

As operadoras pesquisadas disseram acreditar que as implantações de 5G Standalone (SA) podem aumentar as vulnerabilidades de segurança, à medida que abrem e conectam cada vez mais ativos de missão crítica às suas redes.

Cerca de três quartos das operadoras disseram que suas redes sofreram até seis violações de segurança no ano passado, tendo tido por consequências responsabilidade regulatória, fraude e perdas financeiras, além da desativação de serviços…

Fonte: tiinside
tiinside.com.br

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Nos 25 anos da Anatel, Baigorri avalia atuação também na área digital

Na solenidade de comemoração dos 25 anos da AnatelCarlos Baigorri avaliou que a missão para a qual a agência reguladora foi criada, de impulsionar o acesso aos serviços de telecomunicações no Brasil, está praticamente cumprida. O presidente do órgão apontou que é preciso ter um olhar para o ecossistema digital, sendo desta forma necessária uma atuação estratégica para acompanhar a evolução tecnológica.

Baigorri citou a aprovação, pelo Conselho Diretor da agência, do novo planejamento estratégico para o período 2023-2027. Segundo o presidente da Anatel, o novo planejamento estratégico muda de forma significativa os objetivos que a autarquia pretende seguir daqui para frente. Trata-se de perseguir objetivos estratégicos mais amplos: o de estimular mercados dinâmicos e sustentáveis de comunicação e de conectividade e o de fomentar a transformação digital junto à sociedade em condições de equilíbrio de mercado.

“Estamos expressando, em nossa própria visão estratégica, que a conectividade deve ser tratada de forma abrangente, para muito além das redes físicas e do espectro. Hoje é impossível tratar de conflitos concorrenciais e de falhas de mercado se olharmos apenas para as empresas de telecomunicações. As grandes empresas que operam no mundo digital são parte de um mesmo ecossistema e têm importância tão grande quanto a das teles em qualquer análise de sustentabilidade e competição”, disse.

Para ele, “é impossível negar que hoje as aplicações de comunicações interpessoais e de vídeo na Internet substituíram, no dia a dia da população, a função que correspondia aos serviços de telecomunicações, e a partir dos quais toda a regulação brasileira foi desenhada”.

O presidente da Anatel citou o exemplo das Leis dos Mercados Digitais e dos Serviços Digitais na União Europeia. “No Brasil não é diferente. Como inexistem regras mais amplas ou abrangentes sobre uma série de temas, os conflitos, as falhas de mercado e as demandas da sociedade precisam ser resolvidas caso a caso. E, em muitas dessas vezes, é a Anatel quem é acionada nessas horas, mesmo sem contar com as ferramentas adequadas para agir”, destacou Baigorri.

Como exemplo, Baigorri apontou questões relativas a fraudes que ocorrem em camadas over-the-top (OTT) da Internet. “Já fomos demandados e encaminhamos às prestadoras, por exemplo, ordens judiciais para o bloqueio de aplicações. E, apenas em 2022, tratamos de 12 decisões judiciais do TSE e do STF para bloqueio de sites por descumprimento da legislação eleitoral.” Ele ressaltou que muitas das iniciativas previstas no planejamento estratégico da Anatel para os anos de 2023 a 2027 passam pela atuação na conectividade em sua forma mais abrangente e pelo aprimoramento da interlocução com a sociedade e firmar parcerias com os mais diferentes órgãos públicos para o tratamento de questões que são, por natureza, transversais.

Dever cumprido

Baigorri citou dados que mostram que atualmente as redes de telefonia móvel 4G cobrem uma área que representa 92% da população brasileira, além da cobertura de banda larga fixa, que já conta com 43,7 milhões de acessos – um crescimento de 10,7 milhões de acessos nos últimos três anos, apontou. A própria agência divulgou esta semana números da banda larga menores em setembro, conforme demonstrou TELETIME.

“A missão da Anatel, naquele distante 1997, estava muito bem expressa pela Lei Geral de Telecomunicações. Era preciso que os serviços de telecomunicações estivessem disponíveis em todo o nosso território, que tivessem padrões de qualidade adequada e que fossem acessíveis a brasileiros e brasileiras das mais diferentes classes de renda. E como isso poderia ser feito? A resposta foi criar um ambiente regulatório que estimulasse elevados investimentos em infraestrutura e garantisse um mercado competitivo”, afirmou Baigorri na cerimônia.

Além disso, Baigorri destacou que a linha regulatória seguida pela agência ao longo desses 25 anos foi se tornando cada vez mais estrategicamente orientada. “Nos focamos nas regras estritamente necessárias e eficazes, de modo a tornar os processos mais rápidos e efetivos. Fortalecemos o diálogo com os mais diversos setores – de empresas a consumidores – na elaboração de Análises de Impacto Regulatório e no planejamento de nossas ações. Aprimoramos os mecanismos de fiscalização. Passamos a agir de forma cada vez mais responsiva, baseando nossa atuação em evidências, no comportamento dos regulados e nas demandas da sociedade”.

Carlos Baigorrri colocou que, mesmo com o crescimento do mercado de telecomunicações no Brasil, ainda há muito a fazer na ampliação de infraestruturas em localidades de menor porte ou em regiões como a Amazônia, por exemplo. “Mas boa parte desses desafios já estão endereçados por um conjunto de ações que vão desde os compromissos adquiridos pelos vencedores do leilão de 5G até programas estruturantes como o PERT. Em poucos anos, estes desafios estarão igualmente superados – e o que precisamos, agora, é nos planejar olhar para o futuro”, pontuou.

Fonte: Teletime

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Plenipotenciária da UIT aprova resolução com foco no uso de IA em telecomunicações

A reunião Conferência Plenipotenciária (PP-22) da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que acontece na Romênia até o dia 14 de outubro, aprovou uma resolução sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) no setor de telecomunicações. A proposta é uma junção de colaborações dos Estados Unidos, França e África do Sul. O chairman do debate da resolução foi o superintendente executivo da Anatel, Abraão Balbino.

O texto orienta que a UIT deve, dentro do mandato e competências essenciais, continuar o trabalho de IA relacionado às telecomunicações/TICs, incluindo estudos, compartilhamento de informações e capacitação em tecnologias de inteligência artificial para aumentar a eficiência na área.

A resolução também prevê que o organismo internacional promova um ecossistema de telecomunicações para implantação de tecnologias de IA instruindo o secretário-Geral a coordenar as atividades da UIT para implementar as propostas da resolução aprovada.

Ecossistema robusto

A resolução aprovada pela UIT na reunião plenipotenciária atribui à entidade também a tarefa de continuar a trabalhar com outras agências das Nações Unidas para obter os benefícios dos casos de uso de IA para o desenvolvimento sustentável, como por meio da plataforma “AI for Good” e seu repositório de IA. O órgão internacional também ficará responsável por promover o compartilhamento de informações para construir o entendimento, particularmente para os países em desenvolvimento, relacionados à implantação de tecnologias de IA em apoio às telecomunicações/TICs e as oportunidades e desafios associados.

A resolução aprovada orienta a informar à próxima Conferência de Plenipotenciários e anualmente ao Conselho sobre quaisquer atividades da UIT relacionadas à IA e a implementação desta resolução, instruindo os diretores dos três Bureaus a continuar a apoiar o trabalho de seus respectivos setores em um esforço para permitir um ecossistema eficiente de TICs.

Fonte: Teletime

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Resolução da UIT deve determinar estudos sobre sustentabilidade no espaço

Conferência Plenipotenciária (PP-22) da União Internacional de Telecomunicações (UIT) votará nesta terça, 11, uma nova resolução específica para o setor de satélites procurando a coordenação global de recursos para a sustentabilidade espacial. O texto final foi fechado pelo Comitê 5 nesta segunda. Na prática, os estados membros indicaram que há urgência em tratar “questões associadas a sistemas não geoestacionários” – neste caso, os satélites de baixa órbita (LEO) – antes que sejam lançados e fiquem operacionais.

Desta forma, a nova resolução instruirá a Assembleia de Radiocomunicações da UIT a realizar estudos em caráter de urgência sobre “a questão do crescimento de uso de espectro e recursos orbitais associados em órbitas não-GEO e a sustentabilidade em longo prazo desses recursos, assim como o acesso equiparável ao uso racional e compatível de recursos de órbita GEO e não-GEO e espectro”. Isso será feito pelos grupos da área correspondente na entidade (ITU-R).

A resolução também “encoraja” os estados membros a “participar ativamente” dos estudos da ITU-R, além de tomarem “todas as ações necessárias para evitar interferência inaceitável em sistemas GEO e outros não-GEO, assim como outros serviços de rádio, de outras administrações para garantir o uso eficiente do espectro radioelétrico e recursos orbitais de satélite associados”. Para que isso seja implantado, o texto também sugere que medidas regulatórias devem ser desenvolvidas para a operação dos sistemas não-GEO pelos reguladores locais.

Pela proposta, os resultados serão encaminhados ao diretor do gabinete de radiocomunicações, Mario Maniewicz, que foi reeleito para o cargo durante esta PP-22. E a determinação é que o assunto seja debatido na Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-23), que acontecerá em dezembro de 2023 em Dubai, nos nos Emirados Árabes Unidos.

A resolução está em linha com a proposta da delegação do Brasil, liderada pela Anatel, que recomendava um papel maior da UIT na coordenação desses recursos de sistemas LEO entre países, bem como na consequente questão de lixo espacial. Isso porque as megaconstelações de empresas dos Estados Unidos como a Starlink (do empresário Elon Musk) e Project Kuiper (do empresário Jeff Bezos, da Amazon) estariam afetando sistemas geoestacionários de outros países. A proposta brasileira não recebeu o apoio dos EUA na Citel.

Fonte: Teletime

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Voto de Gilmar Mendes permite às autoridades solicitarem dados a provedores com sede no exterior

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou pela possibilidade de autoridades nacionais solicitarem dados diretamente a provedores de Internet com sede no exterior. Mendes é o relator da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 51, que trata do tema e começou a ser julgada na semana passada pelo STF. O julgamento será retomado na sessão plenária desta quarta-feira, 5.

Na ação, a Federação das Associações das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro Nacional) discute se o acesso judicial a dados de usuários da internet por provedores sediados no exterior deve, necessariamente, seguir o procedimento do Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal (MLAT, na sigla em inglês), celebrado entre o Brasil e os Estados Unidos. Promulgado pelo Decreto Federal 3.810/2001, o acordo trata da obtenção de conteúdo de comunicação privada sob controle de provedores de aplicativos de internet sediados fora do país.

Mendes votou pela constitucionalidade de normas previstas no MLAT e nos dispositivos dos Códigos Processuais Civil e Penal brasileiros que tratam da cooperação jurídica internacional e da emissão de cartas rogatórias, em especial nos casos em que a comunicação ou a prestação de serviços tenham ocorrido fora do território nacional.

Hipóteses excepcionais

Para o relator, o único instrumento cabível para a solicitação de dados eletrônicos é o da cooperação prevista pelo tratado bilateral e as cartas rogatórias. Porém, Gilmar Mendes também considerou possível que as autoridades brasileiras solicitem essas informações diretamente às empresas localizadas no exterior para as atividades de coleta e tratamento de dados que estejam sob a posse ou o controle de empresa com representação no Brasil e para os crimes cometidos por pessoas localizadas em território nacional. Segundo o relator, essas hipóteses estão contidas no artigo 11 do Marco Civil da Internet, que encontra respaldo no artigo 18 da Convenção de Budapeste.

Aperfeiçoamento

O ministro observou que, ainda que o STF conclua pela constitucionalidade do modelo do MLAT em complementação às hipóteses de requisição direta de dados eletrônicos transnacionais, o procedimento de requisição e obtenção de dados deve ser aperfeiçoado mediante a celebração de outros tratados e acordos que possibilitem a obtenção dessas informações com maior agilidade e segurança. Diante disso, o relator entendeu que o Supremo deve comunicar essa decisão aos Poderes Legislativo e Executivo para que adotem providências necessárias, como a aprovação do projeto de uma lei geral de proteção de dados para fins penais (LGPD Penal) e a adesão a outros tratados e acordos internacionais bilaterais sobre o tema.

Em seguida, o ministro André Mendonça considerou a ilegitimidade da Assespro para propor a ação ao Supremo e também entendeu que a ADC não apresenta controvérsia judicial relevante. No entanto, se a maioria do plenário decidir pelo julgamento da ação, o posicionamento quanto ao mérito será de acompanhar integralmente o voto do relator, salientando que o Marco Civil da Internet é expresso ao atribuir deveres de empresas estrangeiras perante a legislação brasileira.

Fonte: Teletime

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Brasil firma acordo com FCC, dos Estados Unidos, e agência da Arábia Saudita

Anatel aprovou dois memorandos de entendimento (MdE) distintos para promover a cooperação internacional com reguladores de comunicações dos Estados Unidos (a FCC) e da Arábia Saudita.

Aprovados em votação no circuito deliberativo do Conselho Diretor da agência, os acordos fazem parte do cronograma da Conferência de Plenipotenciários (PP-22) da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que teve início nesta última segunda-feira, 26, em Bucareste (Romênia). No caso do acordo com a Federal Communications Commission (FCC) norte-americana, a assinatura ocorreu já no primeiro dia do encontro.

As conversas foram oficialmente retomadas pela Anatel em agosto, após idas e vindas nas discussões com o órgão. Ainda que considerado algo dentro da dinâmica dos reguladores, a assinatura é vista dentro da agência como um marco. Os temas do memorando com os Estados Unidos passam pela implantação do 5G, compartilhamento de infraestrutura, cibersegurança, universalização e sistemas de alerta de emergência. Veja a íntegra divulgada pela Anatel:

  • Acesso universal a serviços de telecomunicações e banda larga;
  • Defesa e proteção dos direitos dos consumidores – incluindo ações específicas para combate às robocalls/ligações indesejadas e educação para o consumo;
  • Políticas de gestão do espectro;
  • 5G: novos modelos de negócios, implantação de rede e compartilhamento de infraestrutura;
  • Proteção da Segurança e Integridade das Redes de Comunicações (cadeia de fornecedores, segurança cibernética e proteção de dados);
  • Melhoria da Cibersegurança das Redes de Comunicação (aspectos regulatórios na redução de ataques e fraudes);
  • Sistema de alerta de emergência sem fio (WEA) para avisos e informações críticas para o público;
  • Procedimentos de Certificação e Homologação de Produtos;
  • Resultados de procedimentos de avaliação da conformidade de produtos para telecomunicações;
  • Acompanhamento e controle da prestação de serviços; e
  • Colaboração, cooperação e coordenação em foros internacionais.

A cooperação entre os dois países se dará, sobretudo, por meio do intercâmbio de informações, experiências, respostas a consultas e da realização de atividades conjuntas (conferências, reuniões, seminários e workshops). O compromisso terá duração inicial de um ano, com renovação automática por igual período e possibilidade de novas extensões.

“Espera-se, assim, que esta cooperação possa eventualmente contribuir para a implementação de programas e projetos conjuntos, bem como com o desenvolvimento na área de telecomunicações e TIC”, afirmou o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, no voto que aprovou a cooperação com a FCC.

Já a presidente da comissão norte-americana, Jessica Rosenworcel, citou temas como 6G e Wi-Fi avançado em comunicado distribuído pela FCC. Nesta segunda-feira, os Estados Unidos também firmaram acordo com a Romênia, que sedia a PP-22.

Oriente Médio

No caso dos sauditas, a possibilidade de cooperação do Brasil com a Comissão de Tecnologia da Informação e Comunicações (CITC) era discutida desde o final de 2019. A leitura da Anatel é que a Arábia Saudita tem exercido papel de relevância nos últimos anos, assumindo “posto de liderança na região do Oriente Médio”, em especial entre os países árabes.

Dessa forma, a cooperação deve envolver intercâmbio de informações, experiências e realização de serviços de consultoria, a facilitação de visitas de delegações oficiais, a realização de atividades conjuntas e a elaboração de programas de treinamento. Partiu da diplomacia da Arábia Saudita o interesse no acordo com o Brasil.

Neste caso, a cooperação bilateral terá duração inicial de três anos e possibilidade de renovações sucessivas por iguais períodos. As áreas envolvidas no memorando são as seguintes:

  • Desenvolvimento de infraestrutura;
  • Gerenciamento, coordenação e monitoramento do espectro;
  • Licenciamento;
  • Normas Técnicas;
  • Tendências emergentes, incluindo IoT e 5G;
  • Qualidade de serviço e experiência;
  • Numeração e endereçamento;
  • Estudos de mercado e econômicos;
  • Otimização de tarifas e mercado;
  • Interconexão;
  • Mecanismos de resolução de litígios;
  • Proteção e conscientização do consumidor;
  • Reclamações de consumidores;
  • Telecomunicações de emergência;
  • Gestão e desenvolvimento de recursos humanos; e
  • Planejamento Estratégico e Processos Internos.

Conferência

Em linhas gerais, os memorando não têm relação direta com os votos na PP-22, que se estende até 14 de outubro. Vale lembrar que o Brasil pleiteia recondução ao conselho da UIT, composto por 48 estados membros. Na conferência, ainda serão eleitos o secretário-geral e vice da entidade, diretores de birôs e 12 membros do conselho de regulação de rádio (RRB). Disputam o comando da entidade a norte-americana Doreen Bogdan-Martin e o russo Rashid Ismailov.

Fonte: Teletime

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5G pode chegar a 160 milhões de conexões nas Américas no final de 2022 | apoio COSECURITY

A América Latina contabilizará 22 milhões de conexões 5G no final de 2022 e chegará a 400 milhões até 2027, segundo estudo realizado por 5G Americas em parceria com a Omdia. Por sua vez, a estimativa para a América do Norte é terminar o ano com 137 milhões de conexões no novo padrão de telefonia celular. Ou seja, o acumulado das duas regiões estaria próximo de 160 milhões de conexões em dezembro deste ano.

Vale dizer que o 4G (LTE) ainda é predominante nas duas regiões, sendo 540 milhões de conexões latino-americanas e 500 milhões na América do Norte. Os números são do segundo trimestre deste ano.

Segundo dados da Anatel, em julho o Brasil contabilizava 3,357 milhões de acessos 5G não standalone. A base de dados da agência ainda não foi atualizada com números de agosto em diante, quando já estaria disponível a tecnologia no padrão standalone (e com consequente expansão da rede não standalone em conjunto). Até o momento, 22 capitais já contam com o 5G SA, faltando as seguintes cidades, todas da região Norte: Rio Branco, Macapá, Manaus, Belém e Porto Velho. O prazo final para término da limpeza e liberação do espectro nas capitais é 28 de outubro…

Fonte: O Sul

osul.com.br

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MVNO será um dos focos da Anatel para competição no mercado móvel

O segmento de operadoras móveis virtuais (MVNOs) deve começar a receber acompanhamento mais intenso da Anatel a partir da possível inclusão como mercado relevante no novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), atualmente em discussão interna na agência.

A possibilidade foi reportada pelo conselheiro da Anatel, Artur Coimbra, durante evento do portal Tele.Síntese realizado nesta quarta-feira, 21. “Vamos passar a acompanhar [MVNO] de maneira oficial e mais consistente, administrando remédios que porventura sejam necessárias para que funcione de maneira competitiva“, apontou o conselheiro.

Ainda segundo Coimbra, as relações atuais entre detentoras de infraestrutura e MVNOs trazem alguns “elementos contratuais claramente anticompetitivos, o que levou a agência a entender que precisa do acompanhamento”. Com a inclusão no PGMC, parâmetros como preço de ofertas no atacado podem ser regulados.

5G

A intenção expressa pelo conselheiro reflete a preocupação da Anatel com a concentração no mercado móvel após a venda da Oi móvel para as principais concorrentes. “Temos um desafio grande”, apontou Coimbra. “A competição a princípio diminuiu no segmento móvel, mas o edital 5G foi capaz de trazer novos competidores para compensar essa redução de agentes com a reestruturação da Oi”.

Neste sentido, a aplicação dos remédios pró-competição no bojo da operação foram destacados como forma a garantir que usuários das entrantes “não fiquem ilhados” no começo das novas operações. Além das ofertas de roaming em fixação pela Anatel, a possibilidade de acesso por provedores às faixas de frequência abaixo de 1 GHz envolvidas na operação da Oi móvel é outro tema trabalhado pela agência.

Fonte: Teletime