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Na China, operadoras e governo falam de cooperação e ignoram fair share ou assimetrias com empresas de Internet

Existe uma diferença imensa entre o Mobile World Congress em Barcelona, realizado em fevereiro, e a edição asiática de Shanghai, que acontece esta semana: a pauta e a mensagem de prioridade das operadoras de telecomunicações.

Enquanto em Barcelona a agenda dominante estava relacionada à divisão entre empresas de Internet e empresas de telecomunicações no que diz respeito aos investimentos e captura de valor da economia digital, a versão chinesa sequer cita as empresas de Internet. É como se elas não fossem um problema ou desafio estratégico e competitivo. As palavras de ordem para as operadoras chinesas são cooperação, padronização, colaboração e integração com outros setores econômicos.

Não se fala em “fair share” (compartilhamento justo de investimentos em rede e receitas dos serviços de Internet), assimetrias regulatórias com o setor de Internet e, obviamente, nada relacionado a regulação de big techs. Nem uma palavra sobre as preocupações ocidentais por parte dos principais executivos da China Telecom, China Mobile ou China Unicom, as três maiores operadoras de telecomunicações chinesas que, sozinhas, representam 58% do mercado de 5G no mundo, com mais de 660 milhões de usuários e mais de 2,4 milhões de base stations. Nem mesmo a GSMA, associação global de operadores que em Barcelona é a grande promotora da agenda de equalização do ecossistema digital trouxe o tema para sua fala inicial que abriu o MWC Shanghai 2023.

A razão para isso é mais ou menos óbvia: as empresas operadoras chinesas têm o Estado como principal acionista, e o mercado de Internet é muito diferente do ocidental, com restrições de acesso às empresas norte-americanas e forte presença de players chineses de Internet.

Mas a mensagem de cooperação, integração e padronização trazida pelas operadoras chinesas traz uma lição importante: mostra que as operadoras locais estão diretamente envolvidas no processo de inovação, seja das aplicações focadas no consumidor final (B2C) quanto nas aplicações corporativas (B2B). A mensagem é de que são elas, as operadoras de telecom e não as empresas de Internet, que lideram o processo de inovações na camada de serviços digitais.

Por parte do governo, a mensagem das autoridades vai na mesma linha. Zhuang Rongwen, diretor da administração de cyberspace da China, e Zhao Zhiguo, engenheiro chefe do Ministério da Indústria e Transformação Tecnológica, também mantiveram seus discursos na linha da cooperação e colaboração entre diferentes atores.

Segundo Zhao Zhiguo, há algumas prioridades do governo: consolidar a infraestrutura em áreas remotas e rurais e levar 5G para o desenvolvimento de novos modelos de negócio em diferentes setores econômicos; criar novas aplicações. Precisamos ampliar a cooperação do governo com outras áreas. (O jornalista fo iao MWC Shanghai a convite da Huawei)

Fonte: Teletime

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Anatel libera 3,5 GHz para 5G em mais 187 cidades; veja lista completa

Como apontado por TELETIME no último dia 13, a faixa de 3,5 GHz foi liberada para ativação de serviços 5G em mais 187 cidades brasileiras. A íntegra das localidades que terão o espectro disponível a partir do próximo dia 26 de junho pode ser acessada aqui.

A deliberação que confirmou a liberação da faixa foi realizada nesta quarta-feira, 21, pelo Gaispi (o grupo de acompanhamento do 3,5 GHz). Com a decisão, todos os 1.610 municípios que tinham previsão de serem liberados até o final do mês de junho passam a ter o 3,5 GHz disponível para utilização por estações do 5G standalone, perfazendo o total de 141 milhões de brasileiros – o que corresponde a 66,4% da população do Brasil.

Segundo a Anatel, a partir do mês de julho mais cidades poderão ter a faixa liberada de forma antecipada, conforme avancem as ações da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF).

A agência também ressalta que a liberação da faixa não significa que redes do 5G serão instaladas de imediato nas localidades: a instalação antecipada de estações de quinta geração nessas cidades depende do planejamento individual de cada prestadora.

A decisão tomada pelo Gaispi segue diretrizes do Edital do 5G e abrange municípios onde a EAF já iniciou a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na banda C satelital para a banda Ku e concluiu as ações necessárias para a desocupação desta faixa por sistemas do Serviço Fixo por Satélite (FSS), tendo instalado os filtros para a mitigação de interferências em todas as estações do FSS impactadas.

Fonte:  Teletime

Redes Neutras: o novo normal

As redes de telecomunicações têm incorporado mudanças que as tornam mais efetivas, mas também mais vulneráveis

Um dos pressupostos básicos para o funcionamento adequado das redes de telecomunicações é que elas possam se interligar para fornecerem possibilidade de serviços universais. Nasce daí os esforços de organizações internacionais, como os do ITU (International Telecommunication Union), e da ISO (International Standards Organization) e de outras tantas entidades, no sentido de estabelecer protocolos padronizados, que atribuídos a cada uma das camadas da rede, possam ser utilizados e auxiliar nessas interconexões. Posteriormente, as agências reguladoras de cada país perceberam que estas camadas poderiam adicionalmente requerer dos prestadores de serviço regras de regulação nos seus mercados, de forma a possibilitar melhoras de qualidade, de estímulo à competição, de proteção dos usuários frente aos abusos dos prestadores de serviço, entre outras medidas.

Mais recentemente, com o aumento das demandas e dos custos de implantação e operação, começaram a surgir propostas de que estas parcelas de rede devidamente segregadas pudessem ser operadas por diferentes prestadores de serviços que tivessem maior expertise em cada um dos segmentos das redes. Os investimentos e os custos operacionais dessas camadas poderiam assim ser repassados a terceiros pelas operadoras de telecomunicações, livrando-as desse dispêndio. A figura abaixo mostra, para o caso de implementação do 5G, como esta separação e sua exploração por diferentes prestadores vem se colocando, evidenciando os vários interesses por empresas que dominam cada um dos mercados.

Redes Neutras: o novo normal redes neutras o novo normal redes neutras o novo normal 1

Ou seja, o que tradicionalmente na prestação dos serviços de telecomunicações vinha se delineando numa prestação vertical pelas operadoras (Teles) – todas as funções exercidas por um único prestador –, com a separação estrutural, passaria a ser oferecida por diversas empresas. Inclui-se aí a possibilidade de a infraestrutura ser mantida por um prestador e o atendimento do usuário (serviço no varejo) ser realizado por outro. Neste contexto, estão sendo cunhadas algumas expressões que às vezes se confundem, mas que têm conotações diferentes. Separação Estrutural se refere a qualquer parte da rede onde esta separação venha ocorrendo, enquanto Redes Neutras contempla a oportunidade criada pela separação estrutural, de forma a que o serviço de telecom possa ser oferecido por uma conjugação de diferentes prestadores de atacado e varejo. Portanto, o termo separação estrutural, pode ser considerado mais genérico do que o termo redes neutras.

Mas o interessante é que as percepções das vantagens competitivas na prestação de serviços separados em estruturas por diversas empresas não tiveram pronta aceitação pelas operadoras de telecomunicações. Na Lei Geral de Telecomunicações (LGT), de 1997, já havia um dispositivo de compartilhamento de infraestrutura de acesso, chamado de unbundling, que previa uma separação de rede, mas que nunca foi efetivamente aceito pelas operadoras, nesta época envolvidas em feroz competição; em 2009, durante a Conferência de Comunicações (Confecom), o Clube de Engenharia em uma de suas propostas defendeu a necessidade de sua efetivação; em 2013, as entidades envolvidas na campanha “Banda Larga é um Direito Seu!”, Clube de Engenharia incluído, apresentaram ao Ministério das Comunicações (MCom) e à Anatel proposta de prestação do serviço de acesso à banda larga em regime público com separação estrutural; em 2015, em Consulta Pública do MCom, o Clube de Engenharia apresentou texto à Câmara de Universalização e Inclusão Digital do Comitê Gestor da Internet (CGI.Br), estabelecendo as bases da separação estrutural, incluindo o estágio de adoção mundial e voltando à sugestão de prestação do serviço de acesso à internet com essa característica. Nenhuma dessas iniciativas repercutiu em alterações regulatórias que pudessem viabilizar sua introdução. Apenas em uma proposta isolada, nas novas regras da TV por assinatura na prestação do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), sua definição utilizou separação estrutural com regras para as diferentes camadas.

No entanto, o movimento mundial de adoção de separação estrutural e de oportunidade de construção de redes neutras assumiu um caminho inexorável. Os custos de investimento em telecomunicações cresceram, se tornando quase proibitivos. Novas oportunidades de interessados em entrar nesse negócio bilionário acabaram por fazer com que as próprias operadoras de telecom se interessassem nessa diversificação. Até mesmo os agentes regulatórios de países se alinharam com a possibilidade de estímulo a uma competição mais robusta e no incentivo à entrada de novos provedores neste mercado. A comunidade europeia foi onde se deu o maior aprofundamento das regras de separação estrutural, pela adoção de acordos no Body of European  Regulators for Electronic Communications (BEREC) para seus 27 países.  Entre outros, podem ainda ser citados como implementadores de algum tipo de separação estrutural Inglaterra, Itália, Polônia, Suécia, Japão, Australia, Chile, Eslovênia, Finlândia, Israel, Nova Zelândia, Estônia e Suíça.

No Brasil, todas as grandes operadoras, ClaroOiTim e Vivo, estão em processo de adoção de separação estrutural, tanto para redes móveis como para redes fixas. Ao mesmo tempo, foram surgindo interesses de empresas que, lidam apenas com estruturas de antenas de serviços móveis e que hoje já representam segmento representativo em nosso país, empresas que instalam e operam infraestrutura, mas não lidam com o usuário, empresas que oferecem aplicativos específicos com softwares associados, e empresas que apenas cuidam dos dados localizados na nuvem. Dessa forma, pequenos provedores de internet que atuam em regiões normalmente não atendidas pelas grandes operadoras, poderão vir a se beneficiar no oferecimento de seus serviços usando infraestrutura de rede de outro provedor neutro. Destaque-se que esses pequenos provedores, atualmente da ordem de 20 mil empresas, espalhadas por todo o território nacional, já detêm cerca de 53% do mercado de banda larga fixa, com o restante dos usuários divididos entre as quatro grandes teles.

No leilão do 5G em 2020, acentuaram-se ainda mais as intenções dos vencedores das faixas de frequência na direção de redes neutras, de modo que também em nosso país teremos a realidade da separação estrutural para sistemas móveis que, associados a existência ainda incipiente por aqui das MVNOs (Mobile Virtual Network Operators), poderá determinar a aceleração da adoção dessa modalidade de oferta. Na própria composição do seu núcleo de rede (Core), o 5G abre a possibilidade de mais um segmento de atuação empresarial com a adoção de diferentes fatiamentos de rede (network slices), com características exclusivas de velocidades e tempos de resposta.

Nos diversos países onde esta transformação estrutural vem se desenvolvendo, os reguladores têm-se antecipado para criar regras que entendem favorecer a universalização dos serviços e o estabelecimento de uma competição mais justa entre os diversos atores do cenário de prestação de serviços. Por aqui, as regras previstas no Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) da Anatel precisam incorporar novas preocupações, num ambiente muito mais pulverizado, e de composições societárias que tendem à diversificação, que nunca antes nos deparamos, com foco principalmente na acentuação dos aspectos das assimetrias regulatórias, e na manutenção e responsabilização da qualidade das conexões fim a fim e suas respectivas normas de recuperação e fiscalização.

As aplicações apoiadas em redes de telecomunicações devem ficar cada vez mais especializadas e requerer características mais específicas e sofisticadas. Esse acompanhamento deve ser cuidadoso e contínuo, e com certeza vai suscitar mudanças periódicas na regulamentação já que outros releases do 5G se avizinham. Entregar tão sensíveis características das redes, tanto em termos técnicos quanto de tratamento da competição, à autorregulação, pode ser um caminho perigoso quando envolvem serviços públicos essenciais ao exercício da cidadania.

Marcio Patusco Lana Lobo

Referências:

  1. https://www.berec.europa.eu/sites/default/files/files/doc/berec/bor_10_44rev1.pdf
  2. https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/pt/Documents/technology-media-telecommunications/TEE/The-Rise-of-Netcos.pdf
  3. https://teletime.com.br/05/08/2021/v-tal-e-a-nova-marca-da-infraco-rede-neutra-do-btg-e-da-oi/
  4. https://www.convergenciadigital.com.br/Telecom/Rede-Neutra:Contrato-de-dez-anos-entre-Vivo-e-FiBrasil-e-de-R$-15,3-bilhoes-57533.html?UserActiveTemplate=site&UserActiveTemplate=mobile%252Csite%25252Cmobile%2525252Csite%2525252526infoid
  5. https://www.telesintese.com.br/ihs-towers-e-tim-criam-a-i-systems-nova-empresa-de-rede-neutra/
  6. https://teletime.com.br/11/08/2022/claro-esta-avaliando-uso-de-redes-neutras-para-expansao-na-fibra-optica/
  7. https://teletime.com.br/20/10/2022/rede-neutra-deve-se-tornar-novo-normal-em-telecom-creem-players-do-segmento/
  8. https://www.abranet.org.br/Noticias/Anatel-vai-regular-MVNOs-e-redes-neutras-4047.html?UserActiveTemplate=site%2Cmobile#.ZFXfdXbMKUk
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Abrint defende Anatel como agente regulador e fiscalizador das plataformas

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 2, a Abrint, associação que representa pequenos provedores de Internet, voltou a defender a Anatel como ente regulador das plataformas no Brasil. Segundo a entidade, que representa os pequenos provedores, o órgão é a melhor alternativa diante das propostas que estão na mesa, entre elas, a da OAB.

Para a Abrint, a Anatel possui uma legitimidade social e a habilidade técnica para endereçar essa regulação, atendendo de maneira eficaz a atual realidade brasileira. “Reconhecer a legitimidade e habilidade da Anatel é reiterar a importância do estado como mediador nas trocas entre os diferentes segmentos sociais, na perspectiva de se efetivar uma verdadeira evolução cidadã, em que os direitos se ampliam em espaços públicos de convívio online, resultando em maior pertencimento social”, diz a entidade na nota.

No momento, explica a Abrint, não é possível ficar inerte e reforçar condutas de irresponsabilidade nas redes, tanto em relação à sua origem e impulsionamento, quanto à indiferença em relação ao outro. “Isso passa pela constatação de que o povo, em sua concepção ampla, entende o universo digital como uma coisa só. Internet e infraestrutura são diferentes? Sim, do ponto de vista legal e regulatório. Mas são diferentes do ponto de vista de exercício de direitos pessoais e cidadania? Não”, aponta a Abrint.

Nessa perspectiva, a entidade que representa os pequenos e médios provedores defende que a regulação de plataformas não pode deixar de lado o conceito de cidadania. “A legitimidade do debate envolve garantir que a compreensão geral do povo se torne parte principal do processo de amadurecimento do tema de regulação das plataformas e lidere a escolha pela Anatel”, defende a Abrint.

A entidade também destaca a habilidade técnica de seus servidores públicos e do Conselho Diretor da agência, é destaque internacional, “resultando em oportunidade real e concreta de desenvolvimento da sociedade em um ambiente online e convergente, capaz de resguardar os próprios direitos humanos”.

A Abrint diz ainda que a regulação das plataformas pela Anatel seria algo essencial para a garantir a implementação de mecanismos de transparência, accountability e responsabilidade pela garantia dos interesses públicos e sociais e seu paradigma deve ser marcado pela pertinência da corregulação, associada à percepção social da convergência de serviços e contextos digitalizados de exercício da liberdade de expressão nas redes.

“O desenho, pela Anatel, da corregulação em um universo convergente implica na compreensão de que a regulação das plataformas se presta ao fortalecimento da cidadania, no sentido de exercício coletivo de uma sociedade autêntica e democrática, que supera o conceito de cidadania liberal-individualista. A escolha da Anatel reafirma o compromisso com a busca da eficiência do Estado no respaldo dos anseios populares”, finaliza a entidade na sua nota.

Fonte: Teletime

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Risco de extinção pela IA deve ser uma prioridade global, dizem especialistas

Centenas de líderes de tecnologia pedem que o mundo trate a IA como um perigo equiparável a pandemias e guerras nucleares.

Um grupo de especialistas em tecnologia de destaque de todo o mundo alertou que a tecnologia de inteligência artificial deve ser considerada um risco social e prioritizada da mesma forma que pandemias e guerras nucleares.

A declaração, assinada por centenas de executivos e acadêmicos, foi divulgada pelo Centro de Segurança de IA na terça-feira, em meio a crescentes preocupações com a regulamentação e os riscos que a tecnologia representa para a humanidade.

“Mitigar o risco de extinção pela IA deve ser uma prioridade global ao lado de outros riscos de escala social, como pandemias e guerra nuclear”, disse a declaração. Os signatários incluíam os executivos-chefes do Google’s DeepMind, o desenvolvedor do ChatGPT OpenAI e a startup de IA Anthropic.

Líderes globais e especialistas do setor, como os líderes da OpenAI, têm pedido regulamentação da tecnologia devido a temores existenciais de que ela possa afetar significativamente os mercados de trabalho, prejudicar a saúde de milhões de pessoas e usar desinformação, discriminação e falsidade para fins de armamento.

Neste mês, o homem frequentemente considerado o “padrinho da IA” – Geoffrey Hinton, também signatário – deixou o Google, citando seu “risco existencial”. O risco foi ecoado e reconhecido pelo governo britânico na semana passada pela primeira vez – uma mudança rápida de postura dentro do governo que ocorreu dois meses após a publicação de um white paper de IA que, segundo especialistas do setor, já está desatualizado.

Embora a carta publicada na terça-feira não seja a primeira, ela é potencialmente a mais impactante, dada sua ampla variedade de signatários e sua preocupação existencial central, de acordo com Michael Osborne, professor de aprendizado de máquina na Universidade de Oxford e co-fundador da Mind Foundry.

“É realmente notável que tantas pessoas tenham assinado esta carta”, disse ele. “Isso mostra que está havendo uma crescente conscientização entre aqueles de nós que trabalham com IA de que os riscos existenciais são uma preocupação real.”

O potencial da IA para agravar riscos existenciais existentes, como pandemias criadas artificialmente e corridas armamentistas militares, são preocupações que levaram Osborne a assinar a carta pública, juntamente com as ameaças existenciais inéditas da IA.

Os apelos para conter as ameaças surgem após o sucesso do ChatGPT, lançado em novembro. O modelo de linguagem foi amplamente adotado por milhões de pessoas e avançou rapidamente além das previsões dos mais bem informados do setor.

Osborne disse: “Como não entendemos muito bem a IA, existe a possibilidade de que ela desempenhe um papel como um tipo de novo organismo concorrente no planeta, uma espécie invasora que projetamos e que pode desempenhar um papel devastador em nossa sobrevivência como espécie”.

 

Fonte: The Guardian

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MCom e MME anunciam apoio à resolução conjunta da Anatel e Aneel para compartilhamento de postes

O ministro das Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira e o das Comunicações (MCom), Juscelino Filho, declararam nesta terça-feira, 16, apoio à resolução conjunta das Agências Nacionais de Telecomunicações e de Energia Elétrica, Anatel e Aneel, respectivamente, para gestão compartilhada de postes. Os dois ministérios firmaram parceria para parceria para garantir energia elétrica e conectividade a 4,6 mil escolas públicas brasileiras.

O apoio à resolução das duas agências reguladoras sobre o compartilhamento de postes foi feito após reunião, na sede do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília. A parceria entre as duas pastas para levar energia e conectividade nas escolas, anunciada na ocasião, atende a um pedido do Ministério da Educação (MEC).

Para Juscelino Filho, levar energia elétrica e conectividade para essas escolas públicas e comunidades isoladas atende a uma determinação do presidente Lula para avançar com a inclusão digital no país. O ministro também lembrou que, após a instalação da energia nas localidades, o MCom se compromete a fornecer internet em até 12 meses.

Para o ministro Alexandre Silveira, do MME, políticas de acesso à energia e conectividade devem sempre andar de mãos dadas. Ele avalia que por conta disso é fundamental essa discussão para promover a integração dessas políticas fundamentais para a população.

A situação das escolas
Existem 138,3 mil escolas públicas no Brasil, das quais 8,3 mil ainda não possuem acesso à internet banda larga. No entanto, 4,6 mil dessas unidades educacionais não contam sequer com oferta de energia elétrica. Para essas escolas, o MME se comprometeu a garantir energia elétrica inclusive para viabilizar a instalação pelo MCom do equipamento necessário para a conexão de internet a alunos e docentes.

Gestão compartilhada de postes
A falta de coordenação no uso de postes por distribuidoras de energia e prestadoras dos serviços de telecomunicações gera problemas para ambos os setores, reconhecem os ministérios. Além do excesso de cabos e poluição visual, a sobrecarga na infraestrutura causa danos as distribuidoras e prestadoras e coloca em risco a segurança da população.

O compartilhamento dessa infraestrutura envolve aspectos técnicos e comerciais e, eventualmente, as empresas podem não chegar a um acordo que permita a oferta adequada de energia elétrica e a ampliação da cobertura de internet. A resolução que vem sendo elaborada pela Anatel e Aneel pretende regulamentar o setor e resolver definitivamente a questão, explicam as duas pastas.

Um grupo técnico com participação da Aneel e a Anatel também está analisando as contribuições recebidas pela Consulta Pública nº 73/2021, de subsídios para Avaliação de Impacto Regulatório (AIR) e de aprimoramentos da regulamentação relativa ao compartilhamento de infraestrutura entre os dois setores.

 

Fonte: Teletime

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Você já imaginou um robô como CEO de uma empresa?

por Joni Mengaldo

 

O futuro finalmente chegou e o mundo agora tem seu primeiro “CEO robô”, já que uma empresa de metaverso da China decidiu dar o salto.

Você já imaginou um robô como CEO de uma empresa? Pois é exatamente isso que aconteceu na NetDragon, uma empresa chinesa de games e metaverso.

A companhia anunciou a nomeação de uma robô humanoide chamada Tang Yu como CEO de sua subsidiária Fujian NetDragon Websoft. Ela é a primeira robô do mundo a ocupar um cargo executivo em uma empresa.

Mas o que faz uma robô CEO? Segundo o comunicado da NetDragon, Tang Yu vai usar a inteligência artificial para transformar a gestão corporativa e levar a eficiência operacional para um novo nível. Ela vai aumentar a velocidade de execução, melhorar a qualidade das responsabilidades de trabalho e otimizar o fluxo de processos. Além disso, ela vai garantir um ambiente de trabalho justo e eficiente para todos os funcionários.

A NetDragon afirma que a nomeação de Tang Yu é um movimento pioneiro e destaca a estratégia de fazer gestão com o uso de inteligência artificial. A empresa também diz que Tang Yu representa o seu compromisso de abraçar o uso de IA para mudar a forma como opera seu negócio e como direciona seu crescimento estratégico futuro.

A robô CEO tem a aparência de uma mulher humana e será responsável por supervisionar as operações da corporação, que vale quase 10 bilhões de dólares. Ela também vai desempenhar um papel importante no desenvolvimento de talentos e na criação de um melhor ambiente de trabalho para os funcionários .

A nomeação de Tang Yu pode ser vista como um sinal dos tempos, em que a tecnologia está substituindo cada vez mais os humanos em diversas atividades. Segundo o fundador e presidente da Alibaba, Jack Ma, cerca de 30% dos empregos atuais serão substituídos pela tecnologia em um futuro próximo. Ele também previu que, em 30 anos, um robô será capa da revista Time como o melhor CEO.

Será que Tang Yu será esse robô? Será que ela vai ser bem-sucedida em sua missão? Será que ela vai inspirar outras empresas a seguirem o mesmo caminho? Essas são perguntas que só o tempo poderá responder. Por enquanto, podemos apenas observar essa experiência inédita e refletir sobre o papel da inteligência artificial na sociedade e no mercado de trabalho.

 

 

Joni Mengaldo – criador do DikaJob, ítalo-brasileiro, casado com a Helenice, pai do Bruno e Gabriel e Cristão. Atua com ensino, treinamento, consultoria, como professor e palestrante em assuntos sobre competências, comportamento, motivação, liderança e dinâmicas.

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ABTELECOM marca presença em evento com Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação no FIRJAN

No dia 8 de maio, a Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou de uma cerimônia de apresentação da “Lei do Bem: Oportunidades e Desafios” no FIRJAN, evento que contou com a presença do presidente da ABTELECOM, Luiz Rocha, e de mais de 100 empresários.

Durante o encontro, o presidente da FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu a ampliação do alcance da Lei do Bem, principal instrumento de incentivo ao investimento privado em pesquisa, desenvolvimento e inovação no país. Ele defendeu que as empresas do Simples Nacional também possam usufruir da medida.

Luiz Rocha em grupo junto à Ministra , Luciana Santos

Luiz Rocha em grupo junto à Ministra , Luciana Santos

A presença de Luiz Rocha, presidente da ABTELECOM, é um reflexo do interesse da associação no desenvolvimento tecnológico do país e na busca por políticas públicas que estimulem a inovação e a competitividade das empresas do setor de telecomunicações.

Além do evento com a Ministra, a FIRJAN também tem se dedicado a promover a qualificação profissional em diversas regiões do estado do Rio de Janeiro. Recentemente, o presidente e o vice da FIRJAN Leste receberam o prefeito de São Pedro de Aldeia para analisar quais cursos de qualificação profissional poderão ser levados para o município.

Outra iniciativa da FIRJAN é a capacitação “Experiência do Cliente no Ambiente Digital”, oferecida de forma gratuita e exclusiva para associados da instituição. Os encontros, que serão realizados de forma on-line e ao vivo, têm início no dia 16 de maio e visam oferecer conhecimento prático e teórico para a implantação de um ambiente digital amigável, simples e eficiente.

A presença da ABTELECOM em eventos como estes demonstra a importância do setor de telecomunicações para o desenvolvimento tecnológico do país, e o compromisso da associação em contribuir para a criação de políticas públicas que estimulem a inovação e a competitividade das empresas do setor.

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Do Telégrafo ao Digital: Anatel se renova ao atualizar e ampliar o legado de Rondon

Esta é uma data de rememoração do nascimento de Cândido Mariano da Silva Rondon

Rondon é um gigante da cidadania nas comunicações e a Anatel se renova constantemente para promover e atualizar o seu legado”, afirmou o presidente da Agência, Carlos Baigorri, ao homenagear, neste Dia Nacional das Comunicações, o engenheiro, militar e sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon, nascido em 5 de maio de 1865.

Ao expandir, com a instalação de mais de 4,5 mil quilômetros de cabos, o telégrafo ao interior do País, respeitando os costumes, ritos e tradições dos povos nativos, a vida de Rondon é um marco definidor do acesso à informação e da promoção da comunicação à população brasileira.

A direção da Anatel destaca que há uma importância especial em rememorar a obra de Rondon por esta ser uma Agência com a missão promover o desenvolvimento da conectividade e da digitalização em benefício da sociedade.

E, especialmente para a sociedade brasileira, a Anatel tem orgulho em ter contribuído com a ampliação do acesso à internet, que está presente em 95% das residências, e com a promoção de programas de conectividade em escolas e cobertura digital de estradas.

Além de continuar com os esforços para ampliar a presença da banda larga à população com o uso de equipamentos seguros e regularizados, a Agência se desenvolve também para promover cada vez mais o acesso a uma conectividade significativa para que os brasileiros possam fazer o melhor uso de todo ecossistema digital em um ambiente o mais seguro possível.

A Anatel se orgulha de ser uma entidade que trabalha para ampliar e atualizar o legado histórico de Rondon nas telecomunicações.

Fonte: ANATEL

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Kit de TV parabólica está disponível em 1,6 mil municípios brasileiros

Dados do Ministério das Comunicações (MCom) mostram que a troca do kit de TV parabólica (banda Ku) com sinal digital para famílias do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) já está disponível em mais de 1,6 mil municípios em todo o país.

Segundo a pasta, até o momento, mais de 200 mil pessoas já receberam o equipamento em casa. A medida se faz necessária por conta da limpeza da faixa de 3,5 GHz para que o 5G seja implantado na região, que implica na migração da TV aberta satelital da banda C para a banda Ku, que traz sinal digital de televisão.

O kit e a instalação são ofertados sem custo para os beneficiários dos programas sociais. A ação é coordenada pela Siga Antenado (Entidade Administradora de Faixa – EAF) e acompanhada pelo MCom e Anatel. Os equipamentos de recepção do sinal visam garantir que não haja interferência nos canais abertos de TV via satélite com a chegada da quinta geração da tecnologia móvel.

O Ministério das Comunicações diz que já foram finalizadas a limpeza da faixa em 946 municípios. A previsão é que até o fim do primeiro semestre deste ano as 1,6 mil cidades estão com suas faixas limpas.

São Paulo é o estado com a maior quantidade de municípios com agendamentos disponíveis, totalizando 319. Em seguida estão Rio Grande do Sul (195) e Santa Catarina (173).

As famílias que se enquadram no perfil para receber as antenas de TV Parabólica devem agendar a troca dos kits pelo telefone 0800 729 2404 ou pelo site do Siga Antenado. O beneficiário precisa informar dados pessoais, o número do CPF e o Número de Inscrição Social (NIS). Confira a lista de cidades que podem acessar o benefício.

Fonte: Teletime