STF decide a favor da redução do ICMS para telecomunicações
Com um placar de oito votos a favor e três em divergência, o Supremo Tribunal Federal decidiu nesta segunda-feira, 22, por considerar inconstitucional a lei estadual nº 10.297/1996, de Santa Catarina. Na prática, isso significa que os estados agora devem estabelecer a alíquota do ICMS para serviços de telecomunicações com o percentual mínimo, uma vez que se trata de um serviço essencial.
A decisão tem repercussão geral e, por isso, terá impacto nos demais estados. Os ministros julgaram que a legislação catarinense era inconstitucional, estabelecendo assim a alíquota do ICMS para telecomunicações para 17% em Santa Catarina, e não os 25% atuais. Para as demais unidades federativas, a telecom também seria condicionada à alíquota base para serviços essenciais, utilizando o mesmo racional.
Já na semana passada o STF havia formado maioria. Nesta segunda-feira, foram registrados os votos dos ministros Luiz Fux, Rosa Weber e Kassio Nunes Marques a favor do relator, o ex-ministro Marco Aurélio e seguido também por Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.
Outro voto desta tarde foi do ministro Roberto Barroso, que acompanhou a divergência por Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes ao não entender que a medida também valeria para fornecimento de energia elétrica. Contudo, formou-se a unanimidade para reconhecer que as telecomunicações
O voto de Kassio Nunes Marques seguiu os fundamentos e modulação formuladas pelo ministro Dias Toffoli. Com isso, ficaram apenas esses dois votos a favor da aplicabilidade da decisão sem efeito retroativo – o necessário para a confirmação da modulação é a maioria de oito votos. Conforme explicou o sócio da PDK Advogados, Fabio Tupinambá, a sessão foi encerrada “do jeito que está”, e agora se aguarda o estado de Santa Catarina levar a questão em embargos de declaração.
A ação direta de inconstitucionalidade é das Lojas Americanas, ainda em 2014. O advogado Leandro Daumas Passos, sócio da Gaia Silva Gaede Advogados, que representa a empresa de comércio, comentou os efeitos para a sociedade na decisão do Supremo. Por email, ele declarou ao TELETIME: “É uma vitória importante por impactar/reduzir de forma significativa as contas de energia e comunicações, já que o ICMS é um imposto que agrega ao preço final do produto e quem arca com o seu ônus financeiro é o consumidor final. Além disso, considerando que a energia e comunicações são serviços notoriamente essenciais para todas as pessoas – físicas e jurídicas -, nunca podem ser tributadas pelo imposto estadual com base em alíquotas superiores à ordinária prevista nas leis estaduais, tal como ocorre em praticamente todos os Estados da Federação”.
Operadoras
Por meio de comunicado da Conexis, entidade que representa as grandes operadoras, o setor comemorou a decisão, que pode trazer um impacto significativo para as empresas. As teles ressaltaram a essencialidade dos serviços durante a pandemia, mas que, ainda assim, continuava sendo taxado com a mesma carga tributária de itens como cigarro e bebidas.
A entidade destacou ainda o papel da Anatel, que enviou ao ministro Gilmar Mendes durante seu pedido de vista um estudo técnico destacando os efeitos nocivos da tributação pesada sobre o setor, em especial o ICMS. Para a Conexis, a decisão fortalece a necessidade de uma reforma tributária mais ampla, alinhando o Brasil com outros países.
Confira abaixo a íntegra do posicionamento da entidade:
A Conexis Brasil Digital avalia como acertada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional a cobrança da alíquota aumentada de ICMS sobre serviços de energia elétrica e telecomunicações.
O julgamento reforçou que os serviços de telecomunicações são essenciais, fato que ficou ainda mais evidente com a pandemia do coronavírus. Apesar de a conectividade ser fundamental para o cidadão, o setor é um dos mais tributados do país, com tributação semelhante à cobrada por itens como tabaco e bebidas.
Destacamos ainda o papel fundamental da Anatel no processo, ao apresentar manifestação e estudo técnico que destacaram os efeitos nocivos da carga tributária sobre os serviços de telecomunicações, especialmente aquela advinda do ICMS.
Atualmente, a carga tributária de telecom no Brasil chega, em média, a quase 50%, contra 10% na média internacional. A decisão fortalece a necessidade de uma reforma tributária ampla que coloque a tributação do setor no Brasil nos moldes da experiência internacional.
Fonte: Teletime
“Campus Day” em Campina Grande
No próximo dia 4 de dezembro, vai acontecer uma edição do Campus Day, em Campina Grande, Paraíba. O evento será realizado no Centro de Convenções da FIEP – Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, sendo organizado e promovido, pelo SEBRAE, contando com o apoio do “Ecossistema de Tecnologia e Inovação” da cidade.
O evento internacional Campus Day (um “formato compacto” do tradicional Campus Party) tem como objetivo “reunir e conectar universitários, empreendedores e jornalistas, interessados em tecnologia, inovação, mídias digitais e empreendedorismo”. Oferecendo ainda, oportunidades de desenvolver networking, promover a geração de novos negócios e criação de startups.
O “Campus Day Campina Grande” acontece em um momento especial para a comunidade local de tecnologia e inovação. A cidade, recentemente, foi escolhida pala UNESCO como Cidade Criativa, na Categoria “Artes Midiáticas”.
“Campus Day” em Campina Grande (II)
No evento vão acontecer palestras e painéis temáticos, com especialistas locais e nacionais. A abertura será às 9h com o Painel: “Ecossistema de Inovação x Ecossistema Empreendedor”.
Terá também um “Ideiathon” – palavra derivada do termo Hackathon, conhecida competição em que estudantes e profissionais, que estão ligados ao desenvolvimento de software, se reúnem com o objetivo de criar soluções específicas para um desafio proposto – com o tema: “Geração de Renda através de Artes Midiáticas”.
Dentre os painéis que serão apresentados pelas equipes locais, estão: “O Empreendedorismo Universitário inovador como impulsionador científico, tecnológico e econômico”; “Soluções Tecnológicas para a área da Saúde”; “Modelos de Negócios para Startups do Semiárido”; e “Desenvolvimento Tecnológico: Captação e Execução de Projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento)”.
Mais informações e inscrições, no endereço https://brasil.campus-party.org/
INCODAY 2021 – Inscrições Abertas
As inscrições para o “INCODAY 2021” já estão abertas. A BraFIP – Associação Brasileira para a Promoção da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Cooperação, promove o INCODAY – International Cooperation Day, edição 2021, nos próximos dias 01 e 02 de dezembro de 2021, na cidade de Goiânia, Goiás.
O evento contará com diversas palestras internacionais, além da apresentação das ideias selecionadas ao longo de 2021, da “Chamada de Ideias BraFIP”.
Confira a programação completa e faça sua inscrição (que é gratuita) no endereço http://tiny.cc/incoday2021
O INCODAY será hibrido, com as opções de participar de forma presencial ou online (pela Internet). A escolha é feita no ato da inscrição. Vale a pena participar!
Falta de Chips
O problema, em nível mundial, da falta de “Chips de silício”, largamente utilizados em computadores, continua afetando as indústrias em todos os países. Particularmente, a indústria automobilística, de computadores, de defesa e de videogames, tem sofrido bastante e tudo indica que só no primeiro trimestre do ano que vem, a situação deve estar resolvida ou pelo menos, minimizada.
Para que essa situação não se repita no futuro (pelo menos na indústria americana), o Governo dos Estados Unidos está “recomendando” que a INTEL Corp (uma das empresas gigantes do segmento de Chips) cancele seu projeto (em andamento) de instalação de uma nova fábrica destes vitais componentes na China, e a instale em território americano.
A “sugestão” do governo é que a INTEL produza os processadores (Chips) “em território estadunidense ou europeu” (em países aliados dos Estados Unidos, a exemplo da Inglaterra e Alemanha).
Outro movimento em sentido semelhante vem do Governo do Japão que tem incentivado a SONY (conhecida empresa japonesa de tecnologia), a instalar uma fabrica de processadores no Japão, em parceria com a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) uma das gigantes do setor e que tem sede em Taiwan.
A ideia é diminuir, bastante, a dependência dos chips produzidos na China e assim, eliminar os riscos de desabastecimento que tem afetado as empresas japonesas nos últimos meses, de forma semelhante às americanas.
Fonte: Paraíba Online
Inatel sofre ataque ransomware e perde backup de servidores
O Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), uma das instituições mais respeitadas do país no ensino de TI e Telecom, sofreu um ataque cibernético por meio de um ransomware na tarde desta quarta-feira, 17/11, conforme revelou o portal Ciso Advisor, e confirmado pela assessoria de Imprensa da empresa.
O Inatel não revela quantos servidores foram atingidos. Diz apenas que backups foram perdidos, mas não explica quais, mas garante que os serviços estão funcionando porque houve a rápida identificação do ataque pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação – CTIC. O instituto também contratou uma empresa especializada em Investigação Forense Digital.
De acordo com a assessoria de imprensa, o Inatel encaminhou comunicados à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e aos colaboradores do instituto, que garante: os sistemas da área de serviços ao mercado do Inatel não foram atingidos.
Aos colaboradores, afirma o portal Ciso Advisor, o Inatel detalha pouco o incidente, mas diz que, ‘até o presente momento não é possível ter a dimensão dos danos causados, tampouco se houve captura de dados’.
Fonte: Convergência Digital (com Informações de portal Ciso Advisor)
CCT DO SENADO APROVA R$ 850 MILHÕES NO ORÇAMENTO PARA ‘CIDADES INTELIGENTES’
O maior montante, de R$ 600 milhões, deve ser liberado para o Fomento à Pesquisa e Desenvolvimento Voltados à Inovação, a Tecnologias Digitais e ao Processo Produtivo
A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou, nesta quarta-feira, 10, quatro emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 (PLN 19/2021), que totalizam R$ 850 milhões. Agora, as indicações seguem para análise da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Ao todo, a comissão recebeu 87 indicações de emendas. O presidente do colegiado, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), que também é o relator das emendas, selecionou três programações orçamentárias com maior número de indicações dos parlamentares e uma quarta que, de acordo com ele, amplia a contribuição da CCT no avanço da infraestrutura das “cidades inteligentes”. A CCT sugere que sejam destinados R$ 10 milhões para o apoio a projetos e obras de reabilitação, de acessibilidade e modernização tecnológica.
“Será uma contribuição desta CCT na modernização para o planejamento urbano, fomentando a implantação de tecnologia e comunicação para assegurar o desenvolvimento urbano no âmbito do conceito de cidades inteligentes, utilizando dados e informações visando otimizar a prestação dos diversos serviços públicos à população e garantindo o desenvolvimento urbano sustentável”, informou Cunha.
O maior montante, de R$ 600 milhões, deve ser liberado para o “Fomento à Pesquisa e Desenvolvimento Voltados à Inovação, a Tecnologias Digitais e ao Processo Produtivo”. A CCT propõe que R$ 200 milhões sejam alocados no item “Apoio a Iniciativas e Projetos de Inclusão Digital”. Outros R$ 40 milhões devem ser direcionados para “Implantação da Infraestrutura para o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE)”, segundo a CCT.
CÂMARA
Também houve votação de emendas ao PLOA na Câmara hoje. Os deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados aprovaram, nesta quarta-feira, 10, emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2022.
Os parlamentares receberam a indicação de 26 emendas ao orçamento, mas a comissão tem direito a apenas quatro que foram destinadas às ações do programa Conecta Brasil; de formação, capacitação e fixação de recursos humanos para o desenvolvimento científico nacional; de fomento à pesquisa e desenvolvimento voltados à inovação, tecnologias digitais e ao processo produtivo nacional; e de fomento a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico. Agora, as emendas serão encaminhadas para a Comissão Mista de Orçamento para apreciação.
Fonte: Telesíntese (Com Agência Senado e Agência Câmara)
Leilão da tecnologia de quinta geração alcança R$ 47,2 bilhões
Licitação é a maior oferta de espectro da América Latina
Ao final da sessão, em entrevista coletiva de imprensa, foi realizada apresentação com os resultados para cada faixa de frequência licitada.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, destacou que a licitação teve ágio de R$ 4,79 bilhões e informou que os lotes ainda não arrecadados poderão ser novamente colocados à venda. Segundo ele, em breve a Anatel poderá realizar outro leilão e “vai ultrapassar em muito os R$ 50 bilhões que estavam previstos porque ainda deve ter entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões que serão comercializados”.
Praticamente todos os lotes das faixas de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz foram arrematados na primeira sessão de análise de propostas, realizada ontem (4/11). Segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação e superintendente de Competição da Agência, Abraão Balbino e Silva, essas faixas “são as que, de fato, têm a necessidade mais urgente para a comercialização de serviços”.
Sobre a faixa de 26 GHZ, licitada nesta sexta-feira, o superintendente explicou, com a oferta de mais espectro, naturalmente houve quantidade maior número de lotes não arrematados. “Não há qualquer tipo de escassez de espectro nessa faixa e foram assumidos diversos compromissos; se a gente pegar apenas os relativos à educação, o leilão vai destinar R$ 3,1 bilhões para conectar escolas de ensino básico”, afirmou.
Abraão destacou, ainda, que este é maior leilão relativo a telecomunicações realizado na América Latina. “Nunca tivemos um leilão com tamanho volume econômico envolvido: a privatização não rendeu isso, o 3G não rendeu isso, o 4G não rendeu isso. Se somarmos todas essas licitações, ainda não temos o que este leilão está movimentando em termos de valor econômico. De fato, nós consideramos esse leilão bem-sucedido em todas as perspectivas possíveis”, resumiu.
Embora nem todos os lotes tenham sido comercializados, todas as obrigações de cobertura foram contratadas, ou seja, todos os compromissos previamente definidos foram assumidos pelas proponentes vencedoras.
Em relação aos lotes não arrematados, Abraão esclareceu que “a Anatel não dimensionou o leilão na perspectiva de lotes vendidos e lotes não vendidos. Nós dimensionamos o resultado de acordo com o valor econômico disponibilizado e aquilo que de fato foi arrematado. Alcançamos um índice de mais de 85% de contratação daquilo que foi colocado à venda”.
Na próxima semana, a Agência realizará sessão de conversão de ágio em obrigações. “Não necessariamente todo o ágio do leilão irá para obrigações. Se pegarmos o valor de outorga mais ágio seriam R$ 7,4 bilhões, sendo que, desse total, cerca de R$ 5 bilhões podem ser convertidos em obrigações, mas nem tudo, porque tivemos um ágio muito acima da expectativa. Então, ainda não conseguimos dizer neste momento quanto vai para o Tesouro”, concluiu o superintendente.
Fonte: ANATEL
Capacitação de profissionais de telecom preocupa empresas e trabalhadores
A Feninfra, entidade que congrega as empresas de instalação e manutenção de redes e empresas de call center, está preocupada com a necessidade de requalificar profissionais do setor para novas tecnologias como o 5G.
Vivien Suruagy, presidente da Feninfra e da Contic, estima que haverá uma geração de 1,5 milhão de empregos em curto prazo com o 5G, em TI, inteligência artificial e infraestrutura de telecomunicações em geral. Mas menciona que há uma lacuna no Brasil com a fuga de talentos, afirmando haver propensão de 67% dos jovens profissionais de sair do País. Sem contar os trabalhadores que precisam de atualização. Esta preocupação também foi colocada por Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).
“Historicamente, era dito que o Sistema S qualificava o setor, mas vimos que isso não aconteceu. Não temos grade curricular e necessitamos de algo muito mais aperfeiçoado e moderno para fazer frente a diversas atividades e especialidades”, declarou ela, durante evento Feninfra Live nesta sexta-feira, 25. Suruagy cita ainda o impacto da precificação do edital do 5G no investimento e mão de obra para atendimento das metas.
“Temos que requalificar ou qualificar em torno de 1,2 milhão de trabalhadores por ano, sofisticar o treinamento”, declara. A presidente da Feninfra ressalta que a parceria da Contic com a Conif visa endereçar essa questão, uma vez que a instituição possui 600 unidades e aproximadamente um milhão de alunos. “Vamos modernizar a grade para treinar [e resolver] essa falta de mão de obra imensa.”
Outra iniciativa é da Huawei, com criação de laboratórios para a formação de profissionais de telecomunicações. Isso é feito por meio de parceria com 70 instituições, para qualificar estudantes e aproximá-los ao mercado de TICs. “Também nas parcerias com criação de laboratórios, focados na instalação de FTTH, mas pessoas serão qualificadas também para atuar no 5G. Nos últimos anos formamos 30 mil pessoas, e queremos dobrar isso”, declara o diretor de relações públicas e governamentais da fornecedora no Brasil, Bruno Zitnick.
Jacqueline Lopes, diretora de relações institucionais da Ericsson Latin America para a região Sul também aponta a necessidade de permanente investimento em tecnologia e lembra que a Ericsson, que atua há 100 anos no Brasil, mantém não apenas uma fábrica no país como um centro de pesquisa local.
Em outro painel do evento, João de Moura Neto, presidente da Fitratelp, levantou o problema da capacitação sob contexto de atualização das novas tecnologias, que estaria deixando trabalhadores “órfãos de empregos e atividades por conta da modernização”. Ele cita não apenas redes móveis, mas mesmo técnicos que lidam com a rede de cobre, e que agora precisam se capacitar para fibra.
Wilson Cardoso, CTO da Nokia Latin America, lembra que o 5G não deve trazer grandes novidades em relação à parte de rádio das redes de telecomunicações, que é mais ou menos equivalente à das gerações atuais, mas que haverá uma grande ampliação na quantidade de antenas e, sobretudo, na diversificação dos serviços. “Haverá a necessidade de profissionais capazes de atuar na integração de diferentes setores da economia que utilizarão as soluções baseadas em 5G”, lembra o executivo.
Para Luciano Stutz, presidente da Abrintel, que representa as empresas de torres, há a necessidade de treinar profissionais para trabalhar em grandes alturas e que tenham conhecimento técnico sobre as redes de 5G, e é necessário fazer um treinamento pensando no futuro, com a massificação da quantidade de antenas e sites. (Colaborou Samuel Possebon)
Fonte: Teletime
Mais espectro, Open RAN e desempenho das redes são prioridades em agenda 5G da FCC
A disponibilização de mais espectro em mid-band (banda média), a diversificação da cadeia de fornecedores a partir do Open RAN e a coleta nacional de dados sobre a qualidade da banda larga fixa são as principais metas da agenda 5G dos EUA.
O roteiro foi compartilhado pela presidente interina da Federal Communications Commission (FCC) norte-americana, Jessica Rosenworcel, durante o programa ministerial do MWC 2021, realizado em Barcelona (Espanha).
A liberação de mais espectro em banda média foi colocada no topo da lista de prioridades. “Para muitos consumidores o presente é confuso, com operadoras provendo diferentes versões de 5G que às vezes parecem o 4G. Isso ocorre em parte porque elas não têm a banda média necessária para serviços consistentes e abrangentes”, declarou Rosenworcel, na ocasião.
Neste sentido, a chairwoman lembrou que um leilão de 100 MHz em 3,45-3,55 GHz está previsto para outubro, com expectativa de liberação das frequências até o fim do ano. Ainda em 2021 também está previsto o fim da limpeza (e consequente disponibilização) de um primeiro lote de 100 MHz que compõe a capacidade em banda C leiloada em fevereiro.
Pensando nos próximos passos, a FCC já estaria trabalhando com parceiros do governo federal para possibilitar a liberação futura da faixa de 3,1-3,4 GHz para o 5G. Antes disso, uma consulta pública sobre 100 MHz em 2,5 GHz também está em curso.
Open RAN
A FCC também destacou as redes de acesso com múltiplos fornecedores como parte vital da estratégia. Para Rosenworcel, a tecnologia deve habilitar redes mais seguras e com menores custos, acelerando roll-outs..
A dirigente notou que os EUA já estão incentivando operadoras a ouvirem diretamente dos vendors quais os benefícios do novo padrão, além de apostar no crescimento acelerado nas receitas de fornecedores do segmento e da população atendida através do modelo.
Por último, a FCC também manifestou desejo de ampliar a coleta de dados sobre a performance de redes de banda larga fixa do país. “Não podemos gerenciar o que não conseguimos medir”, afirmou Roserworcel, destacando que uma força tarefa governamental foi criada para a função.
Fonte: Teletime
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