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Licença para rede privativa pode abrir portas para Telebras ser operadora móvel estatal

Está nas mãos da Anatel uma decisão que pode abrir as portas para a Telebras se tornar, no futuro, uma operadora móvel estatal. No projeto de construção da rede celular privativa do governo federal foram incluídas entre as especificações, a pedido do Ministério das Comunicações, que haja interoperabilidade com as redes públicas; plano de numeração pública; e direito a roaming. Se assim for feito, essa rede privativa terá todos os “poderes” de uma rede pública móvel, só que estatal, sob o controle e gestão da Telebras.

Isso acendeu um sinal de alerta dentro das operadoras móveis, que entraram com recurso na Anatel contra essas especificações. O assunto está sob análise da Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto à agência, que dará a sua opinião nas próximas semanas. A decisão final ficará com o conselho diretor da agência reguladora.

A princípio, a licença para a rede privativa do governo federal seria nos moldes do SLP (Serviço Limitado Privado), e abrangeria somente o Distrito Federal, com previsão de instalação de 215 sites que vão operar em um bloco de 5 MHz na faixa de 700 MHz e atender a 150 mil linhas móveis. Porém, com as especificações adicionais solicitadas pelo Ministério das Comunicações, essa licença ganharia características típicas de Serviço Móvel Pessoal (SMP), aquela usada pelas operadoras de telefonia celular em redes públicas –  Claro, Vivo, TIM etc. Outra dúvida no ar é se a licença terá caráter primário ou secundário, o que faz toda a diferença para uma eventual comercialização dos serviços.

Segundo fontes que acompanham o assunto, o governo tem dado sinais de que teria interesse em “reeguer a estatal” e transformá-la em uma operadora móvel para atender não apenas órgãos governamentais, mas, eventualmente, atuar como uma operadora de rede neutra para players privados.

“Mas se a Telebras virar uma operadora competitiva, 5 MHz não serão suficientes. Aí precisaríamos olhar outra faixa. Talvez haja espaço em 800 MHz”, comenta uma fonte em conversa com Mobile Time. “Se a Telebras receber uma licença em caráter primário, poderia até virar uma operadora neutra móvel para ISPs e outras teles”, acrescenta. O problema regulatório em torno de uma outorga especial para a rede celular privativa do governo federal está sendo discutido há cerca de um ano e já havia aparecido em debates no MPN Fórum, em novembro de 2022.

RFPs

As RFPs (pedido de propostas) para a construção da rede celular privativa do governo federal já foram lançadas e os prazos para entrega de propostas vencem ao longo do mês de novembro. São quatro RPFs: plataforma de comunicação crítica; core e rede de acesso; rádios micro-ondas para backhaul; e roteadores. A expectativa é de que haja bastante interesse dos fornecedores. O projeto está orçado ao todo em R$ 1 bilhão, incluindo também uma rede fixa nessa conta. Porém, se as especificações solicitadas pelo Ministério das Comunicações forem alteradas pelo conselho diretor da Anatel, as RFPs precisarão ser ajustadas, o que deve mudar todo o cronograma.

Análise

A possibilidade de a Telebras virar uma operadora móvel estatal competitiva, obviamente, desagrada os players privados, que investiram pesado em leilões de espectro, na construção e constante evolução de suas redes ao longo das últimas três décadas. A seus olhos, não parece justo ter que enfrentar da noite para o dia um competidor estatal, que contaria com a vantagem de ter o governo ao seu lado. Provavelmente, se imaginassem esse risco, os cálculos que fizeram para o leilão de 5G seriam diferentes.

Ao mesmo tempo, é também verdade que o mercado móvel vem passando por um processo de consolidação, após as vendas da Nextel e da Oi Móvel. O próprio presidente da Anatel reconhece a necessidade de se estimular um aumento da competição no setor, porém, não através de um player estatal, mas fomentando atores regionais, como foi perseguido ao se estruturar o leilão do 5G, que resultou nas vitórias de Brisanet, Unifique e Ligga.

Para o governo federal, controlar uma operadora móvel estatal poderia servir para conduzir o mercado de telecomunicações em alguma direção do seu interesse ou ocupar espaços que a iniciativa privada não ocuparia, como faz no financiamento habitacional com a Caixa Econômica ou no desenvolvimento de tecnologia para extração de petróleo em águas profundas com a Petrobras. Porém, dependendo do quão forte e competitiva for essa operadora, o tiro pode sair pela culatra, resultando na diminuição do interesse dos players privados no mercado brasileiro e na redução dos investimentos (Por Fernando Paiva).

Fonte: Mobile Time

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MCom lança ConectaBR, plano para tornar acesso móvel disponível em todo o país

O Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, assinou no sábado, 21, em São Luis, o programa ConectaBR, de melhoria de qualidade e cobertura da banda larga móvel. Trata-se de uma iniciativa desenhada em conjunto com a Anatel que tem como finalidade ampliar a cobertura, melhorar a qualidade dos serviços, corrigir desigualdades regionais e facilitar o acesso a insumos essenciais. O programa é, na verdade, um ordenamento de várias medidas que já deveriam acontecer com o tempo, mas agora buscando de forma estruturada um objetivo comum. Veja aqui a íntegra do texto, publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 23.

São várias iniciativas que compõem o ConectaBR. Uma delas é a chamada Blitz de Qualidade, que busca identificar os pontos de maior necessidade de melhorias. Também haverá iniciativas de ampliação de cobertura em favelas e áreas rurais por meio de autorizações, obrigações de fazer e TACs com as operadoras; definição pactuada de requisitos de qualidade (por exemplo, exigência mínima de 100 Mbps de download no 5G e 10 Mbps no 4G, em 95% das medições; medidas de ampliação de cobertura, por exemplo com o uso de conectividade via satélite e FWA; e iniicativas de melhoria de qualidade, com o desligamento de serviços em tecnologias legadas (como 2G e 3G) para serem substituídas por 4G e 5G.

Também estão no horizonte das medidas que entram no ConectaBR a facilitação de acesso a insumos como espectro e torre, com estímulo a transferência e compartilhamento de espectro, uso secundário e oferta no atacado; novas licitações de espectro abaixo de 1 GHz e entre 1 GHz e 7 GHz; e a criação de um selo de qualidade para as operadoras.

O que o ministério busca, em essência, é a universalização do acesso móvel em todo o território nacional, ampliação no número de ERBs e melhoria da qualidade percebida nos serviços. Os resultados, espera o ministério das Comunicações, são esperados para 2023 ainda.

O ministério ainda não estabeleceu as metas e nem a forma de se chegar aos objetivos dispostos na Portaria Nº 10.787. Estas medidas, segundo apurou este noticiário, serão agora detalhadas pela Anatel, que está trabalhando para criar as medidas regulatórias necessárias para viabilizar o programa.

Fonte: Teletime

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Anatel lança portais sobre prevenção a fraudes e alfabetização digital

Agência divulga informações sobre como evitar fraudes e usufruir do ambiente digital de forma mais segura

A  Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou nesta terça-feira (17/10) dois portais para auxiliar os consumidores a evitar fraudes e a utilizar melhor os serviços digitais à sua disposição.No portal https://www.gov.br/anatel/pt-br/assuntos/dicas-contra-fraudes, estão disponíveis informações sobre fraudes (o que são, como evitá-las e resolvê-las), bem como dicas de segurança e privacidade, divididas por temas. De acordo com o superintendente de Controle de Obrigações da Anatel, Gustavo Borges, as dicas serão atualizadas periodicamente. “As fraudes mudam de semana para semana. Por isso, é preciso estar sempre alerta e vigilante”, disse.

Já no portal https://www.gov.br/anatel/pt-br/consumidor/habilidades-digitais, a Agência disponibiliza material informativo, tutoriais e cursos on-line gratuitos para melhorar as habilidade de utilização das tecnologias digitais, bem como dicas de segurança das crianças no mundo digital. “A boa notícia é que essas habilidades podem ser aprendidas por qualquer pessoa, independentemente de sua idade ou nível de experiência”, afirmou a superintendente de Relações com Consumidores, Cristiana Camarate.

O conselheiro Alexandre Freire destacou que os portais integram um conjunto de iniciativas da Agência para a promoção da conectividade significativa, ou seja, o melhor uso da internet e das plataformas digitais. “A conscientização dos cidadãos é essencial”, destacou.

O lançamento dos portais faz parte da campanha Outubro CiberSeguro, promovida pela Anatel com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de proteção e combate às ameaças on-line. Também com este objetivo, serão realizados dois eventos: um em 25 de outubro, sobre dicas de segurança no ambiente digital, e outro em 31 de outubro, sobre conscientização a respeito de furto e roubo de celulares

Ainda dentro da programação da campanha, está prevista a realização de mais uma campanha do Movimento #FiqueEsperto, por meio da qual são enviadas mensagens com dicas de segurança aos consumidores e publicados posts nos canais institucionais dos parceiros da iniciativa.

Fonte: ANTEL

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Anatel recebe mais de 600 contribuições sobre deveres de usuários de redes

A Anatel recebeu 627 contribuições de players de diferentes elos da cadeia da Internet durante a Tomada de Subsídios nº 13/2023, sobre os deveres de usuários das redes de telecom.

O processo é elemento do debate sobre a regulação do ecossistema digital. Nesta quarta-feira, 11, uma consolidação das contribuições à tomada foi apresentada pela agência reguladora – ainda que sem indicação efetiva sobre caminhos a serem seguidos para a regulação (ou não) das big techs ou contribuição dessas empresas nos investimentos em redes.

Certo até o momento é a realização de uma segunda tomada de subsídios, provavelmente entre o final de novembro e meados de dezembro, afirmou o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Nilo Pasquali. Na ocasião, serão apontados os problemas identificados pela agência nesta primeira tomada e avaliações de medidas possíveis.

A primeira consulta à sociedade mobilizou uma série de operadoras e entidade de telecom de diversos portes, além de sociedade civil, academia, governos e aquilo que a Anatel chamou de grandes geradores de tráfego (ou GGTs), representados pelas big techs. Como era de se esperar, as grandes plataformas e as empresas de telecom apresentaram visões distintas sobre os deveres de grandes usuários de redes.

A própria visão de competição e substituibilidade entre serviços tradicionais das operadoras e serviços de valor adicionado (SVAs) representados pelas aplicações de Internet foi motivo de entendimentos distintos. Enquanto as teles veem o cenário como desequilibrado a favor das big techs, estas apontam situação de complementaridade e “ganha ganha” entre as cadeias, com a legislação concorrencial dando conta de eventuais falhas de mercado.

Outra questão suscitada pelas grandes plataformas – bem como por órgãos de defesa do consumidor e mesmo provedores regionais – foi a limitação de competências da Anatel para regular as aplicações de Internet, seja sob luz da Lei Geral de Telecomunicações (LGT) ou do Marco Civil da Internet. A agência tem cogitado interpelar as big techs pelo papel das empresas como grandes usuárias de recursos de redes.

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O modelo para operacionalizar uma eventual contribuição da cadeia, contudo, ainda segue em aberto. Fora a contribuição direta às teles, um ponto citado pelo assessor da superintendência de Planejamento e Regulamentação da Anatel, Roberto Hirayama, seria modelo norteado por arbitragens conduzidas pela Anatel entre operadoras e big techs.

Outro risco no radar seria como garantir que eventuais pagamentos das big techs se destinassem efetivamente aos investimentos em rede, indicou o assessor. Neste sentido, um modelo de contribuições similar ao do Fust poderia garantir o direcionamento adequado dos recursos, sinalizaram os técnicos da Anatel.

 

Fonte: Teletime

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CTIA do Senado vai discutir implicações da inteligência artificial no Brasil

Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial (CTIA) aprovou em sua última sessão, requerimento do senador Eduardo Gomes (PL-TO) que propõe a realização de uma série de audiências públicas para debater IA e as implicações do seu uso no Brasil. As datas dos debates ainda serão agendadas pela secretaria da comissão.

O colegiado discutirá temas como o uso da IA nas eleições e o impacto da IA no cibercrime. Gomes também propôs debater o PL 2.338/2023, de autoria do presidente Rodrigo Pacheco, que regula o uso da inteligência artificial no Brasil. Entre os aspectos apontados no texto de Pacheco, está a designação, pelo poder Executivo, de uma entidade competente para zelar pela implementação e fiscalização da futura legislação.

A CTIA foi criada para examinar os projetos relacionados à inteligência artificial. Composta por 13 senadores e igual número de suplentes, a comissão é presidida por Carlos Viana (Podemos-MG) e tem Eduardo Gomes como relator. A vice-presidência é ocupada pelo senador Marcos Pontes (PL-SP).

Fonte Teletime com informações da Agência Senado

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Anatel participa de painel sobre Inteligência Artificial

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conselheiro diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Alexandre Freire apresentou benefícios da implantação de sistemas baseados na Inteligência Artificial (IA) no Supremo Tribunal Federal (STF) que, entre os 24 mil processos em trâmite, permite identificar e agrupar temas ou recursos similares, o que facilita o direcionamento de esforços do Tribunal às questões de maior impacto social. Outro avanço, segundo ele, foi a identificação de temas repetitivos em relação a julgados. A apresentação aconteceu nesta quinta-feira (5/10) no Futurecom, o principal evento de telecomunicações do País, realizado na cidade de São Paulo.

As discussões no STF para a modelagem dos algoritmos a serem usados nos sistemas de IA, com tratamento de questões relativas à segurança e vieses que poderiam gerar resultados indesejados também foram citadas por Freire. O conselheiro da Anatel foi assessor de ministros do Supremo entre 2014 e 2019. Os projetos em relação à IA no Tribunal foram iniciados na gestão de Cármen Lúcia e aperfeiçoados nas gestões de Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.

O superintendente executivo da Anatel, Abraão Balbino, considera que, apesar dos benefícios e das discussões sobre os riscos da IA, ainda não é o momento de uma legislação ou regramento. Abraão coordenou o Grupo de Trabalho da União Internacional de Telecomunicações (UIT) cujas atividades resultaram na Resolução 214, que em 2022 incluiu as tecnologias relacionadas à IA nas atividades da organização, e na criação do AI Repository, um espaço colaborativo e aberto com informações de projetos relacionados à tecnologia.

Abraão também mencionou o Grupo de Trabalho de Inteligência Artificial, criado por iniciativa do conselheiro Freire, que busca promover e monitorar o uso de IA nos sistemas da Anatel e ampliar a competência do órgão regulador de telecomunicações no tema. Segundo ele, “o sistema digital está em evolução e precisa de uma análise muito bem estruturada”. Sobre a regulação da IA, afirmou que a “deve ser feita com base em evidências”. Para ele, a legislação ou regramento não deve travar ganhos de produtividade e competência oriundos da tecnologia.

Freire e Abraão participaram do painel “Muito além da ficção científica: os usos éticos da IA, os impactos da IA generativa, a evolução dos debates em torno do Marco Regulatório e as aplicações disruptivas para a sociedade”.

Anatel no Futurecom 2023

Nesta quinta-feira (5/10), Balbino também participou do Painel “Usos de frequência do 5G, os novos entrantes, as decisões (e desdobramentos) em torno dos 700MHz”; o superintendente de Fiscalização da Anatel, Hermano Tercius, participou do painel “Segurança pública e a proteção de dados do cidadão”; a gerente de Interações Institucionais, Satisfação e Educação para o Consumo, Isadora Firmino, participou do “Como a conectividade pode transformar a vida do cidadão e impactar na economia e melhorar as questões socioambientais”; e o gerente de Universalização e Ampliação do Acesso, Eduardo Jacomassi, participou do “Educação e conectividade – implementação da ferramenta considerada a mais completa, abrangente e complexa de aprendizado do mundo”.

A Anatel também está presente no Futurecom 2023 em estande compartilhado com a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Uma equipe da Anatel está à disposição para esclarecer dúvidas sobre as atribuições da Agência, especialmente em relação à certificação de produtos de telecomunicações.

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ABTELECOM Recebe Diploma em Comemoração aos 20 Anos do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro

A ABTELECOM tem a honra de receber o Diploma em Comemoração aos 20 anos do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro – Jornalista Roberto Marinho, concedido pela Alerj. Este reconhecimento destaca nosso compromisso com o desenvolvimento do estado, enaltecendo a contribuição de instituições que promovem o crescimento econômico, a inovação e a qualidade de vida da população fluminense. É um privilégio fazer parte desse grupo e continuar a moldar o futuro do Rio de Janeiro.

A ABTELECOM tem a honra de receber o Diploma em Comemoração aos 20 anos do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro - Jornalista Roberto Marinho, concedido pela Alerj. Este reconhecimento destaca nosso compromisso com o desenvolvimento do estado, enaltecendo a contribuição de instituições que promovem o crescimento econômico, a inovação e a qualidade de vida da população fluminense. É um privilégio fazer parte desse grupo e continuar a moldar o futuro do Rio de Janeiro.

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Embratel lança IA para segurança e monitoramento de ambientes

A Embratel anunciou uma solução baseada em inteligência artificial (IA) capaz de realizar o monitoramento da segurança de espaços. Apelidado de Embratel Smart View, o lançamento é indicado para ambientes como lojas, fábricas, bancos, condomínios e empresas de setores variados.

De acordo com a companhia, a tecnologia é capaz de identificar, de forma precisa e em tempo real, situações de risco, baseado em padrões e ações de comportamentos observados a partir de imagens de câmeras de segurança.

Em agências bancárias, por exemplo, o objetivo é emitir alertas para equipes de segurança durante possíveis ocorrências de roubo. Para a análise comportamental nos locais monitorados, a solução autônoma de IA da Embratel também usa deep learning, reinforced learning, machine learning e natural language processing. O processo ocorre de forma automática e não há necessidade de configuração prévia ou integração com outras bases de dados, segundo a empresa.

“A solução Embratel Smart View destaca-se por ter condições de detectar situações de risco com inteligência e rapidez, sendo perfeita para monitoramento de grandes locais e, também, de ambientes como fábricas, bancos, galpões de mercadoria, casas lotéricas, condomínios, ruas e lojas de todos os tipos”, disse Mário Rachid, diretor-executivo de soluções digitais da Embratel.

A promessa, segundo o executivo, é de instalação facilitada e integração a diferentes modelos e marcas de câmera – sejam elas de alta resolução ou não. Isso significa que as empresas podem aproveitar os dispositivos já instalados, sem a necessidade de aquisição de modelos novos específicos.

Funcionamento

Uma câmera do ambiente do cliente, que possui integração com o Smart View, capta imagens e envia as informações ao programa. Os dados serão analisados em tempo real, e exibidos numa interface web ou móvel. Por ser um sistema que atua com técnicas de auto aprendizado, a Embratel explicou que ele aperfeiçoa o acompanhamento de técnicos, direcionando com eficiência o foco e atenção dos operadores.

A Embratel deu como exemplo a aplicação do Smart View num centro logístico. Nesse caso, a tecnologia evitaria roubos. Há ainda a possibilidade de implementar a ferramenta em cabines de meios de transporte de cargas, como caminhões e trens, para evitar acidentes. Outro ponto mencionado pela companhia foi a utilização do mecanismo para identificar sinais de condutores que estejam imóveis, avisando coordenadores sobre a necessidade de troca de funcionários antes mesmo da ocorrência de um acidente.

A aplicação também é capaz de prever incidentes e até correlacionar eventos de diferentes câmeras em um mesmo ambiente. Já por meio do recurso de aprendizado contínuo, a solução pode ser treinada para identificar uma ação ou comportamento suspeito. Isso pode ser feito de acordo com a necessidade de cada cliente, segundo a Embratel.

Na indústria, a aplicação pode ser utilizada para apoiar diversas funcionalidades, como na segurança do trabalho. A Embratel Smart View consegue detectar, por exemplo, colaboradores que estejam em alturas consideradas de risco.

Cidades

A Embratel quer que o Smart View também seja aplicado em projetos para cidades inteligentes, como forma de apoio à segurança. “Integrando a solução às câmeras espalhadas pelos municípios, torna-se possível, por exemplo, identificar locais e horários propensos a terem uma grande concentração de veículos. A partir disso, é possível organizar e programar semáforos para evitar pontos de trânsito intenso e acidentes pelas cidades”, explicou a empresa em comunicado à imprensa.

Assim como outras soluções de monitoramento, a tecnologia desenvolvida também gera relatórios aos gestores com indicadores e registros de ocorrências. Segundo Rachid, a solução diferencia-se por ser comercializada no modelo software as a service (SaaS) – ou seja, o cliente paga conforme o uso, já que há a uma arquitetura escalável que pode ser em nuvem, on-premise ou em ambiente híbrido.

 

Fonte: Teletime

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Operadoras enfrentam barreiras para implementar IA, aponta pesquisa

O acesso a dados de alta qualidade é uma barreira chave para os provedores de serviços de comunicação alcançarem para o nível mais avançado de automação de rede. A conclusão foi obtida através de uma pesquisa encomendada pela Nokia e conduzida pela Analysys Mason. Apenas 6% das operadoras entrevistadas no estudo responderam que acreditam estar no nível mais avançado de automação (ou seja, automação “zero-touch”)

“Os provedores de serviços de comunicação não conseguem acessar conjuntos de dados de alta qualidade (que permitiriam decisões mais precisas) porque estão usando sistemas legados com interfaces proprietárias. Isso restringirá o quão rapidamente eles podem integrar a IA em suas redes”, afirmou a pesquisa.

O tal nível mais avançado de automação mencionado na pesquisa é um fator que depende de inteligência artificial (IA) e algoritmos de aprendizado de máquina para gerenciar e aprimorar as operações de rede. O problema dos dados de alta qualidade também está impactando a capacidade dos CSPs de reter talentos em IA, segundo o estudo.

Ainda assim, 87% das provedoras de serviços começaram a implementar a IA em suas operações de rede, seja como prova de conceito ou em produção; já 57% afirmam ter implantado casos de uso de IA até o ponto de produção.

O estudo é baseado nas respostas de 84 operadoras entrevistados em todo o mundo. Quase 50% dos provedores de serviços de Tier 1 classificaram a coleta de dados como a fase mais desafiadora do ciclo de desenvolvimento de casos de uso de IA em telecomunicações.

Apesar disso, os entrevistados afirmaram que acreditam que a IA ajudará a melhorar a qualidade do serviço de rede, o crescimento da receita, a experiência do cliente e a otimização de energia para atender às suas metas de sustentabilidade.

A pesquisa indicou que os provedores devem avaliar suas estratégias de implementação de IA em telecomunicações e desenvolver um roteiro claro para a implementação, com o objetivo de superar o desafio dos dados e outros obstáculos, como a incapacidade de escalar as implantações de casos de uso de IA. O relatório completo pode ser encontrado aqui.

Fonte: Teletime

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Brasil assume GT de Economia Digital do G20 e prioriza conectividade significativa

O Brasil assumiu a presidência do Grupo de Trabalho em Economia Digital do G20 e, em 2024, receberá a reunião ministerial que, este ano, ocorreu em Bengaluru, na Índia. O governo brasileiro colocou a conectividade significativa como uma das prioridades durante o seu comando no GT.

“Nosso foco central será uma abordagem abrangente da inclusão digital, o que, aliás, é uma das prioridades do governo do presidente Lula”, afirmou Juscelino Filho, durante a Reunião dos Ministros da Economia Digital do G20.

Este ano, a presidência indiana definiu três temas prioritários para o GT: infraestrutura digital pública, segurança na economia digital e habilidades digitais. Da mesma maneira, o Brasil definiu e já apresentou quais serão as prioridades no trabalho para o próximo ano, de sua presidência:

Conectividade universal e significativa

Por iniciativa do Brasil, o tema também faz parte das discussões das 20 maiores economias do planeta. Pensar a conectividade universal e significativa é de grande importância no momento atual de “profunda transformação digital” testemunhado mundialmente, afirma Juscelino Filho.

“Queremos buscar experiências e programas de sucesso entre os países do G20 que visam a incluir todos nos benefícios da digitalização a preços razoáveis, com o uso de equipamentos adequados e altas velocidades de conexão, que proporcionem uma experiência produtiva e enriquecedora no ambiente digital”, apontou.

Inteligência Artificial

Sob a presidência brasileira, o assunto será tema de reflexões e estudos por todos os países-membros do grupo. Internacionalmente, este ano, a União Europeia, que faz parte do G20, aprovou a primeira lei abrangente do mundo sobre a Inteligência Artificial.

“Não podemos nos furtar a discutir os efeitos da Inteligência Artificial sobre nossa sociedade, tanto seus impactos positivos quanto a mitigação dos potenciais impactos negativos”, alertou o ministro Juscelino Filho.

Governo Digital

O Pix, os serviços digitais do Governo Federal, a identidade digital, a plataforma Gov.br e outras experiências exitosas do Estado brasileiro foram outros temas destacados pela delegação brasileira durante a reunião ministerial do G20. Ao assumir a presidência do GT em Economia Digital do G20, o Brasil propõe que essa busca pela transformação digital dos governos seja ampla, ultrapasse fronteiras e gere benefícios a cidadãos de todo o mundo.

O assunto já era agenda do GT durante a presidência dos indianos. Agora, a ideia é de dar continuidade aos trabalhos sobre infraestrutura digital. “Entendemos que a busca de sistemas de prestação de serviços de governo seguros, funcionais, não exclusivos, centrados no ser humano e orientados para os usuários é premissa para o funcionamento de qualquer economia e sociedade”, entende o governo brasileiro.

Combate à desinformação

Ainda de acordo com Juscelino Filho, a presidência brasileira deseja contribuir para o diálogo e a cooperação internacional no combate à desinformação, na promoção da integridade da informação e construção de um ambiente digital confiável.

“A interlocução ativa no G20 reúne o potencial de promover troca de experiências e de destacar boas práticas dos países do grupo”, disse o ministro na ocasião.

Por fim, a declaração conjunta sobre economia digital do G20, aprovada pelo Brasil e pelos outros membros do grupo, aponta que a ideia é dar continuidade às conquistas das presidências anteriores para continuar a promover uma abordagem inclusiva, sustentável, orientada para o desenvolvimento e centrada no ser humano.

Confira abaixo a íntegra da declaração.

“O Brasil, como a próxima Presidência do G20, espera aproveitar as conquistas das presidências anteriores para continuar a promover uma abordagem inclusiva, sustentável, orientada para o desenvolvimento e centrada no ser humano, com os objetivos fundamentais de realizar todo o potencial da economia digital para todos, melhorando a vida das pessoas e eliminando as barreiras digitais. Saudamos, portanto, os planos do Brasil de trabalhar nos temas de conectividade universal e significativa; inteligência artificial; integridade e confiança da informação no ambiente digital; e governo digital”.

Fonte: TELETIME