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Ministério da Economia propõe criação de comitê interagências para os postes

A Secretaria de Advocacia da Concorrência e Competitividade do Ministério da Economia (SEAE/ME) entendeu haver coerência na análise de impacto regulatória (AIR) promovida pela Anatel e Aneel na proposta de compartilhamento de postes, mas coloca que há necessidades de melhorias e de pontos de atenção. Em contribuição à consulta pública da agência de telecomunicações, encerrada na segunda, 18, a SEAE coloca que deveria ser constituído um comitê que interligue as duas agências e proporcione uma gestão mais eficiente e monitoramento das ações propostas na minuta.

Um ponto levantado pela SEAE é que a estratégia de implantação da nova resolução proposta na AIR, que deveria buscar indicar a forma como será feita a gestão de riscos, monitoramento da ação escolhida e a necessidade e periodicidade de revisão. “Não há, todavia, uma estratégia clara de como se dará, na prática, a atuação coordenada entre a Anatel e Aneel visando garantir a efetividade do monitoramento e a solução de problemas de implementação”, diz o documento.

Assim, diz que é importante a constituição de um comitê interagências, “o qual assimile as ações aqui propostas e monitore sua implementação, efetuando ainda a coordenação entre as diversas esferas que perpassam o tema.” O funcionamento dessa nova entidade seria mais dinâmico, com monitoramento constante das ações. “Recomenda-se, inclusive, a participação nestas discussões do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (‘Cade’), visando aperfeiçoar os entendimentos quanto às práticas de preços discriminatórios e a possibilidade de condutas anticompetitivas.”

“Resta claro que a mera atualização normativa não será capaz de alterar, na prática, os incentivos econômicos preexistentes e que vêm gerando falhas de mercado. É necessária uma ação coordenada dos agentes responsáveis para calibrar a sua implementação e aperfeiçoar as propostas à medida que o próprio mercado se movimenta. Por isso, são oportunas as propostas de ações não normativas, trazidas na AIR, e que indicam a preocupação das Agências em tratar os problemas in loco, agregando inclusive a participação de outras entidades.” A proposta, assim, é que o comitê permitiria uma gestão mais eficiente.

A Secretaria aponta ainda que deveria haver contextualização com a atuação da Comissão de Resolução de Conflitos definida pela Resolução Conjunta Aneel/Anatel/ANP nº 2/2001, que mediará as discussões envolvendo as ofertas de referência e o Plano de Regularização de Postes Proprietários (PRPP). Para o órgão, “entende-se como fundamental que tal Comissão também esteja engajada nas fases de implementação das novas ações regulatórias”.

Gestor neutro

A possibilidade de um agente econômico (ente terceiro) para explorar a gestão das infraestruturas demanda um “olhar atento”. No entendimento da secretaria do ME, podem ocorrer externalidades como não haver incentivos à entrada desses operadores neutros. Além disso, caso haja incentivos, poderia implicar em situações indesejadas, com essa gestora neutra adotando “práticas monopolistas de restrição de oferta, burlando as regras regulatórias”.

Embora não condene a possibilidade de verticalização dos atores, controlando também as empresas neutras, a SEAE diz que há riscos. “Tal verticalização pode ser benéfica, à medida que enseja economias de escala e mesmo acelerar o ritmo de inovações mas, ao mesmo tempo, pode, como já explicado, ensejar condutas exclusionárias de players que concorrem à jusante.”

O Ministério da Economia coloca que é importante também um acompanhamento minucioso na negociação livre de preços conforme a oferta de referência, evitando condutas discriminatórias.

Outros pontos são levantados pela Secretaria do Ministério da Economia, como um aparente conflito entre os artigos 6º e 17º da minuta, que possibilitaria a uma empresa burlar a ordem cronológica para se regularizar. Já nos artigos 19 e 22, diz que “não é possível compreender perfeitamente a lógica de precificação pelo uso compartilhado de um mesmo ponto de fixação”, estimado em R$ 4,77 pela Aneel.

Fonte: Teletime

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NOTA DE FALECIMENTO

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A ABTELECOM participa do Plano Nacional de Internet das Coisas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI

O Presidente e Diretores da ABTELECOM, aprovados na Sessão Plenária Ordinária 1.598 do CONFEA, representarão essa Instituição nas Câmaras Temáticas IOT do Plano Nacional de Internet das Coisas do MCTI, nos seguintes grupos de trabalho:

GT 1.2.2 – Soluções e Tecnologias Digitais para Cidades Inteligentes e Sustentáveis (GT2/Cidades 4.0) – TITULAR: Eng. Eletric. Rogerio Moreira Lima Silva (Diretor de Inovação da ABTELECOM, e Diretor Regional da ABTELECOM no Maranhão)

GT 1.5.3 – Soluções e Tecnologias Digitais para o Turismo 4.0 (GT3/Turismo 4.0) – TITULAR: Eng. Eletron. Luiz Eduardo da Rocha (Presidente da ABTELECOM) e SUPLENTE: Eng. de Telec. Cláudio José de Figueiredo Mantovaneli (Diretor Financeiro da ABTELECOM)

Decisão Nº: PL-0448/2022 Referência:CF-06277/202

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Hacker conta como assumiu controles de carros da Tesla

Hacker conta como assumiu controles de carros da Tesla

Alemão de 19 anos descobriu vulnerabilidade em veículos autônomos

Roberto Dias – Folha – 30.mar.2022 às 11h07

DUBAI

“Foi muito interessante fazer isso a partir do meu quarto na Alemanha”, conta David Colombo, 19 anos e status de neocelebridade.

Pudera, o “isso” que ele fez dentro de sua casa foi tomar o controle de várias funções de pelo menos 25 carros da Tesla em 13 países, expondo uma falha de segurança importantíssima para a indústria de veículos com piloto automático.

O episódio ocorreu no início deste ano e, diz o hacker, teve início acidental. Dono de uma empresa de cibersegurança, ele prestava serviços para uma companhia francesa quando precisou estudar um determinado software. Nesse processo, acabou encontrando a falha que lhe dava acesso aos veículos.

E o que ele poderia fazer, se quisesse? Abrir portas e janelas, descobrir a localização do veículo, saber se havia ou não alguém dentro, mexer no rádio e piscar luzes. Coisas que afirma não ter feito sem permissão dos donos. Não tinha como dirigi-los remotamente, mas poderia destravá-los e sair guiando os carros se estivesse próximo deles. Além, claro, de conseguir atrapalhar bastante a vida de um motorista que os conduzisse naquele momento.

Detectada a falha, ele avisou a empresa, que respondeu rapidamente, consertando o problema. Só depois disso é que ele tornou pública a história.

Cinco anos atrás, o CEO da Tesla, Elon Musk, fazia piadas com os perigos da segurança digital. “Em tese, se alguém pudesse hackear todos os Teslas autônomos, a pessoa poderia mandá-los todos para Rhode Island [o menor estado dos EUA]”, dizia. “Seria o fim da Tesla e haveria um monte de gente brava em Rhode Island.”

O ocorrido agora mostra que o tempo da piada ficou para trás.

“Estamos ficando cada vez mais vulneráveis, sem dúvida”, afirmou Colombo durante o World Government Summit, evento anual que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “Não estamos falando de ciberataques que podem acontecer, mas sim de ataques que já estão acontecendo.”

O hacker precisou convencer a família e a escola de que sua vida profissional passava justamente por esse problema real.

Modelo piloto de carro que funciona sem motorista da Uber; iniciativa causa preocupação devido às escolhas “morais” que a máquina teria de fazer em situações extremas. Estudiosos têm se debruçado sobre a questão. Angelo Merendino/AFP

“Fiquei interessado em tecnologia com 9 anos, quando ganhei meu primeiro smartphone”, diz ele. Um ano depois, veio o primeiro laptop. “Isso abriu um mundo novo para mim. Queria saber como ele funciona.”

Começou a programar e descobriu vulnerabilidades no código que escrevia. Nasceu aí o interesse por cibersegurança. “Gastei todo o meu tempo aprendendo. Três da manhã eu estava sentado na frente do meu laptop.”

Naturalmente, faltou tempo para escola. Conseguiu uma permissão especial para ir ao colégio no máximo duas vezes por semana e passou a se dedicar a sua nova empresa.

“Você não precisa ir para a universidade para aprender sobre cibersegurança. Não é como se tornar médico. Pode usar a internet para aprender sobre a internet”, diz ele. “O que está por trás disso não é mágica.”

O jornalista Roberto Dias viajou a convite da Agência de Notícias dos Emirados Árabes Unidos

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/03/hacker-conta-como-assumiu-controles-de-carros-da-tesla.shtml?origin=folha

Fonte: Blog O Novo Normal

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Rio de Janeiro terá telegestão de iluminação pública via 450 MHz

Rio de Janeiro terá telegestão de iluminação pública via 450 MHz

Os postes de luz da cidade do Rio de Janeiro serão controlados remotamente por uma plataforma de telegestão que vai transmitir dados pela faixa de 450 MHz. Será utilizada uma rede com a tecnologia T-Light Galaxy, fornecida pela ST Engineering, empresa de Cingapura especializada em infraestrutura para IoT e projetos de smart cities. A licença junto à Anatel para operar em 450 MHz foi obtida pela parceria Público Privada (PPP) da prefeitura do Rio entre a Rioluz e o consórcio Smartluz, responsáveis pela gestão do projeto.

A telegestão faz parte do projeto de modernização da iluminação pública da capital fluminense, com a adoção de lâmpadas de LED. Metade das 450 mil lâmpadas da cidade já foram trocadas e a outra metade será substituída até o fim do ano. Cerca de 70% dos postes terão conectividade e serão geridos de forma automatizada remotamente. A telegestão será controlada a partir do Centro de Operações Rio (COR), em uma extensão do seu prédio cuja inauguração está prevista para maio. O sistema tornará possível otimizar o consumo de luz e realizar manutenção de forma mais eficiente.

A prefeitura avalia também a possibilidade de oferecer espaço nos postes para a instalação de ERBs 5G das operadoras móveis. “Esse é o nosso desejo, pois geraria uma receita adicional”, comenta Felipe Peixoto, coordenador de smart cities da prefeitura do Rio de Janeiro, em conversa com Mobile Time.

Semáforos, câmeras e mais sensores

O projeto abrange ainda várias outras iniciativas de smart cities. Serão instaladas, por exemplo, 10 mil câmeras, todas conectadas via fibra ou link de rádio. Muitas serão de alta definição e poderão ser controladas remotamente, aproximando a imagem com zoom. “Algumas serão câmeras inteligentes. Será possível criar cercas eletrônicas com elas”, diz Peixoto.

Felipe Peixoto, coordenador de smart cities da prefeitura do Rio de Janeiro. Foto: divulgação

Também serão instalados 4 mil pontos de Wi-Fi público em locais de grande movimentação, como praças, terminais rodoviários, estações de metrô, pontos turísticos e a orla da cidade.

Além disso, as ruas do Rio ganharão uma solução de gerenciamento dos ciclos semafóricos com inteligência artificial. Todos os quase 3 mil sinais da cidade serão conectados por fibra óptica e receberão câmeras para a contagem dos veículos, dado que será utilizado para reprogramar os semáforos em tempo real de maneira automatizada, de acordo com o trânsito na cidade.

Por fim, em razão de dificuldades operacionais, a prefeitura desistiu da instalação de sensores em 4 mil bueiros, que estava prevista originalmente no edital de concessão. No lugar deles, serão instalados sensores diversos, de temperatura, umidade, pluviômetros, marégrafos, dentre outros, usando diferentes redes e tecnologias para a transmissão de dados. Os tipos de sensores, suas quantidades e suas finalidades ainda estão sendo definidas pela prefeitura e dependerão de negociação com a concessionária Smart Luz.

Peixoto fará uma palestra sobre os projetos de smart cities do Rio de Janeiro no Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nos dias 5 e 6 de abril, no WTC, em São Paulo. A agenda atualizada e mais informações estão disponíveis em www.operadorasinovadoras.com.br 

 

Fonte: Mobile Time

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Projeto da Anatel de redes comunitárias concorre a prêmio internacional

PROJETO ANATEL

Dos mil projetos apresentados, 360 foram indicados para a fase de votação online com prazo para votar até 31 de março

O projeto “Construindo o ambiente de incentivo às redes comunitárias” fruto do Memorando de Entendimento assinado em 2020 entre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o governo do Reino Unido, foi selecionado para concorrer ao WSIS Prizes 2022 (Cúpula Mundial sobre os Prêmios da Sociedade da Informação 2022). Dos mil projetos apresentados, 360 foram indicados para a fase de votação online em andamento. O prazo para votar é até 31 de março, quando tem início a fase de seleção em que os campeões do Prêmio WSIS 2022 serão anunciados.Os vencedores serão selecionados entre os cinco primeiros projetos mais votados e anunciados durante a Cerimônia Especial de Prêmios WSIS 2022, que será realizada durante a última semana da WSIS Fórum 2022. Todos os projetos estão disponíveis no site da União Internacional  de Telecomunicações (UIT). O projeto de incentivo Redes Comunitárias da Anatel está na categoria 1 – O papel dos governos e de todos os stakeholders na promoção de TIC para o desenvolvimento.

Para votar, acesse o formulário de votação, preencha os campos com seus dados de e-mail e senha (caso já tenha um login). Caso seja o primeiro acesso, clique em “Registre-se como um novo usuário”, preencha todos os campos com seus dados e clique em “Registro”. As senhas devem ter pelo menos um caractere não letra ou dígito. As senhas devem ter pelo menos uma letra minúscula e pelo menos uma maiúscula. Realize a confirmação da conta por e-mail e realize o login no site do Wsis. Clique em: Prizes – Vote – Vote for this Project – Submitt.

 

Projeto de incentivo Redes Comunitárias. O projeto, lançado em outubro do ano passado em evento virtual, busca viabilizar a construção de um ambiente de incentivo às redes comunitárias no Brasil e o desenvolvimento de projetos e estudos concretos com vistas a contribuir positivamente para a promoção da inclusão digital e do processo de transformação no país. Os projetos iniciais desenvolvidos foram focados no incentivo às redes comunitárias, no apoio aos pequenos provedores e na realização de pesquisas voltadas à população de pequenos municípios para mapear a demanda e reunir insumos para contribuir para uma política pública mais assertiva, melhorando o desempenho da Agência.

A intenção é incentivar a universalização ao acesso digital, aumentar a inclusão digital de forma acessível e viabilizar a construção de um ambiente de incentivo às redes comunitárias no Brasil e aumentar a conectividade da Internet no país para populações vulneráveis.

Assim, buscou-se uma alternativa às opções tradicionais de investimento, com a possibilidade de construir redes de acesso em regiões com baixos retornos financeiros, principalmente em áreas rurais e isoladas com difícil acesso. As redes comunitárias abrem caminho para comunidades desconectadas construírem suas redes com seus próprios equipamentos ou contratarem redes e equipamentos de locais vizinhos ou mesmo de operadores de satélites em áreas mais remotas.

No lançamento do projeto, a Association for Progressive Communications (APC), responsável pela sua operacionalização, apresentou como resultado:

  • Um manual técnico sobre redes comunitárias
  • O sumário executivo com mapeamento das redes comunitárias já existentes e seus potenciais desafios
  • Dois vídeos em linguagem simples e acessível

Fonte: ANATEL

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SES adquire fornecedora de soluções satelitais do governo dos EUA

SES adquire fornecedora de soluções satelitais do governo dos EUA

SES anunciou acordo com a Leonardo DRS para a aquisição da subsidiária DRS Global Enterprise Solutions (GES) por US$ 450 milhões. A ideia da operadora de satélite de Luxemburgo é incrementar o valor da atuação no segmento de governo nos Estados Unidos, do qual a GES é fornecedora.

Segundo comunicou a SES nesta terça-feira, 22, a expectativa é de que a transação seja finalizada no segundo semestre deste ano. Após essa etapa, a GES será combinada com a divisão Government Solutions (GS) da SES, “criando um provedor de soluções de [grande] porte para atender as demandas de conectividade crítica do governo dos EUA”.

A GES trabalha há mais de 20 anos com soluções fim-a-fim personalizadas para comunicações via satélite em aplicações terrestres, marítimas e aéreas para o governo norte-americano. A receita anual projetada é de mais de US$ 250 milhões, com contratos de longo prazo com agências e experiência em soluções para gestão de TI e cibersegurança.

“A SES planeja combinar a GES com a GS para aproveitar a combinação de culturas e compromisso profundo em prover soluções globais e seguras”, diz a operadora, citando a própria capacidade de satélites e a possibilidade de simplificação comercial e técnica para o governo dos EUA. A ideia é poder expandir o acesso ao mercado com a rede de constelação de órbita média (MEO) O3b mPower, que deverá estar disponível no final deste ano.

Fonte: Teletime

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Hughes expande cobertura de LTE Comunitário em Minas Gerais

LTE Comunitário da Hughes

A operação de LTE Comunitário da Hughes obteve autorização da Anatel para expandir o projeto piloto. Ato da Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação (SOR) da agência publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 8, concede a licença para a operadora satelital utilizar a faixa de 700 MHz em mais quatro municípios de Minas Gerais: Icaraí de Minas, Japonvar, Grão Mogol e São João das Missões.

São dois blocos de 5 MHz em 705,5 MHz e 760,5 MHz, ambos com validade até 31 de dezembro de 2025 (prorrogável por igual período), com o preço público total pelas autorizações de R$ 280,70. A licença, novamente, é para serviço de comunicação multimídia (SCM) – ou seja, é para banda larga fixa-móvel (FWA, na sigla em inglês), e não para serviço móvel pessoal.

Além dessas cidades, outras cinco comunidades mineiras já estavam contempladas desde fevereiro: Botumirim, Padre Carvalho, Rubelita, Porteirinha, Nova Porteirinha, Francisco Sá e Berilo. O projeto busca oferecer o serviço onde não há infraestrutura de cabo, fibra ou mesmo rede de celular.

Com o LTE Comunitário, a Hughes pretende utilizar capacidade satelital do próprio sistema Jupiter como backhaul para antenas LTE. Pelo menos no caso do projeto inicial, a companhia estava utilizando small cells, mas com capacidade de cobertura de até 5 km² de distância, contra 50 a 80 metros no projeto de WiFi comunitário.

Fonte:  Teletime

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Telefónica cria divisão para Metaverso e convoca startups

Telefonica cria divisa,o para Metaverso e convoca startups

Um dos grandes assuntos do Mobile World Congress 2022, o Metaverso caiu mesmo nas graças da controladora da Vivo, a Telefónica. O grupo espanhol criou uma divisão apenas para tratar do tema, e ainda anunciou duas iniciativas: estabeleceu parceria com o Facebook/Meta e, por meio de sua empresa aceleradora e hub de inovação aberta Wayra, abriu nesta semana uma convocação global em busca de startups para soluções para o mundo virtual.

Segundo comunicado, do grupo espanhol enxerga o metaverso como uma “evolução da Internet”, apostando na criação de novos ativos de valor como NFTs e modelos de negócio da web3 e de criptomoedas. A aposta é tanta que a dona da Vivo criou uma unidade especializada no assunto, que será liderada por Yaiza Rubio como chief metaverse officer.

Já o anúncio da convocação global, chamada de Open2metaverse, foi feito pelo chief digital officer (CDO) da Telefónica, Chema Alonso, durante o evento Four Years from Now (4FYN), que ocorreu dentro do própria MWC. Na ocasião, o executivo anunciou ainda parceria com a Meta para “ampliar e explorar em conjunto novas formas de impulsionar a inovação em conectividade e tecnologia no campo do metaverso”.

O chamamento busca apoiar empresas com “as melhores tecnologias com aplicações metaversas para que cresçam e alcancem uma escala global mais rapidamente”. Naturalmente, a conexão para isso seria com a Telefónica. Os casos de uso que a Wayra buscará são de conectividade, dispositivos, plataformas virtuais, ferramentas de identidade, NFTs e marketplaces, entre outros.

A iniciativa é o primeiro projeto conjunto de exploração e conhecimento que passa pelas iniciativas Wayra X, Telefónica Venture e os sete hubs que a Wayra tem na América Latina (incluindo o Brasil) e na Europa.

Blockchain

Outra notícia durante a MWC foi a parceria anunciada nesta quinta-feira, 3, do braço Telefónica Tech com a empresa de ecossistema de blockchain público, a Polygon. A ideia é utilizar a rede e ferramentas da companhia para desenvolver soluções de web3, permitindo à plataforma de blockchain do grupo espanhol, a TrustOS, “melhorar as capacidades de rastreamento, tokenização e certificação com o intuito de prover as companhias com integração de blockchain fácil e rápida nos seus negócios”

Fonte: Teletime

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Qualcomm aposta em computadores conectados para projetos de educação

Qualcomm

Um dos projetos prioritários da Qualcomm no Brasil é desenvolver o conceito de computadores conectados de baixo custo (ACPC) para projetos de educação no Brasil. “Acreditamos que todo estudante precisa de um computador. Esse computador tem que ter um desempenho de bateria excelente e precisa estar conectado. É nisso que apostamos e queremos que as autoridades do setor de educação entendam esse conceito”, diz Francisco Giacomini Soares, VP de assuntos institucionais e regulatórios da empresa no Brasil.

Durante o Mobile World Congress (MWC 2022) que acontece esta semana em Barcelona, diversos fabricantes de notebooks lançaram aparelhos que trazem como principal inovação o uso de processadores de celulares na configuração do hardware. Os equipamentos também ocupavam espaço relevante no portfólio de demonstrações da Qualcomm.

A vantagem é um uso muito mais eficiente de bateria, a possibilidade de conexão permanente com a rede 4G ou 5G, além da simplicidade de uso. Os computadores que utilizam o processador Snapdragon da Qualcomm (o mesmo que é utilizado em handsets) podem rodar Windows ou ChromeOS como sistemas operacionais, e podem se conectar à rede de qualquer operadora por meio do eSIM (chip virtual). São equipamentos de baixo custo e mais robustos. “É um computador que precisa ser do aluno, para que ele use nas atividades de educação e nas atividades pessoais. O que vimos na pandemia foi o déficit de dispositivos no Brasil, e isso precisa ser endereçado pelas políticas públicas”.

Giacomini Soares diz que um dos desafios no Brasil é fazer com que os processos de licitação de Estados e Municípios levem em consideração as especificações desse tipo de dispositivo. “Não é como comprar um PC tradicional, porque é um equipamento feito para que tudo possa rodar na nuvem, então tem muito menos memória, por exemplo, e não precisa de tantas portas e saídas”, diz ele. A Qualcomm tem algumas parcerias já costuradas para levar esses modelos ao Brasil. Uma delas é a Acre, mas outras estão em negociação.

Uma das apostas da empresa é convencer o governo a investir na aquisição desses dispositivos para a população de baixa renda com os vários recursos que serão destinados à Educação nos próximos anos. Além dos recursos do edital de 5G e dos recursos previstos no orçamento do Ministério da Educação, existe ainda a previsão de R$ 3,5 bilhões para projetos de educação aprovados pelo Congresso, e no futuro, pelo menos 30% dos recursos do Fust.

As secretarias de educação precisariam, além da compra dos equipamentos, fazer ainda a compra ou negociação de alguma plataforma de educação, como o Google Classroom, capacitar os professores para uso destas tecnologias e negociar o acesso por 4G ou WiFi com as operadoras de telecomunicações.

UCA

A ideia de computadores conectados não é nova: em 2010 o Brasil chegou a discutir o projeto do UCA (Um Computador por Aluno), que na época esbarrou no custo do hardware, nas dificuldades de acesso e nas limitações de conteúdo para equipamentos que não podiam contar ainda com o processamento em nuvem. Um dos idealizadores do conceito foi o pesquisador do MIT Nicolas Negroponte, que também previu nos anos 90 a migração da Internet para o mundo móvel.

Fonte: Teletime