STF decide a favor da redução do ICMS para telecomunicações
Com um placar de oito votos a favor e três em divergência, o Supremo Tribunal Federal decidiu nesta segunda-feira, 22, por considerar inconstitucional a lei estadual nº 10.297/1996, de Santa Catarina. Na prática, isso significa que os estados agora devem estabelecer a alíquota do ICMS para serviços de telecomunicações com o percentual mínimo, uma vez que se trata de um serviço essencial.
A decisão tem repercussão geral e, por isso, terá impacto nos demais estados. Os ministros julgaram que a legislação catarinense era inconstitucional, estabelecendo assim a alíquota do ICMS para telecomunicações para 17% em Santa Catarina, e não os 25% atuais. Para as demais unidades federativas, a telecom também seria condicionada à alíquota base para serviços essenciais, utilizando o mesmo racional.
Já na semana passada o STF havia formado maioria. Nesta segunda-feira, foram registrados os votos dos ministros Luiz Fux, Rosa Weber e Kassio Nunes Marques a favor do relator, o ex-ministro Marco Aurélio e seguido também por Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.
Outro voto desta tarde foi do ministro Roberto Barroso, que acompanhou a divergência por Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes ao não entender que a medida também valeria para fornecimento de energia elétrica. Contudo, formou-se a unanimidade para reconhecer que as telecomunicações
O voto de Kassio Nunes Marques seguiu os fundamentos e modulação formuladas pelo ministro Dias Toffoli. Com isso, ficaram apenas esses dois votos a favor da aplicabilidade da decisão sem efeito retroativo – o necessário para a confirmação da modulação é a maioria de oito votos. Conforme explicou o sócio da PDK Advogados, Fabio Tupinambá, a sessão foi encerrada “do jeito que está”, e agora se aguarda o estado de Santa Catarina levar a questão em embargos de declaração.
A ação direta de inconstitucionalidade é das Lojas Americanas, ainda em 2014. O advogado Leandro Daumas Passos, sócio da Gaia Silva Gaede Advogados, que representa a empresa de comércio, comentou os efeitos para a sociedade na decisão do Supremo. Por email, ele declarou ao TELETIME: “É uma vitória importante por impactar/reduzir de forma significativa as contas de energia e comunicações, já que o ICMS é um imposto que agrega ao preço final do produto e quem arca com o seu ônus financeiro é o consumidor final. Além disso, considerando que a energia e comunicações são serviços notoriamente essenciais para todas as pessoas – físicas e jurídicas -, nunca podem ser tributadas pelo imposto estadual com base em alíquotas superiores à ordinária prevista nas leis estaduais, tal como ocorre em praticamente todos os Estados da Federação”.
Operadoras
Por meio de comunicado da Conexis, entidade que representa as grandes operadoras, o setor comemorou a decisão, que pode trazer um impacto significativo para as empresas. As teles ressaltaram a essencialidade dos serviços durante a pandemia, mas que, ainda assim, continuava sendo taxado com a mesma carga tributária de itens como cigarro e bebidas.
A entidade destacou ainda o papel da Anatel, que enviou ao ministro Gilmar Mendes durante seu pedido de vista um estudo técnico destacando os efeitos nocivos da tributação pesada sobre o setor, em especial o ICMS. Para a Conexis, a decisão fortalece a necessidade de uma reforma tributária mais ampla, alinhando o Brasil com outros países.
Confira abaixo a íntegra do posicionamento da entidade:
A Conexis Brasil Digital avalia como acertada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional a cobrança da alíquota aumentada de ICMS sobre serviços de energia elétrica e telecomunicações.
O julgamento reforçou que os serviços de telecomunicações são essenciais, fato que ficou ainda mais evidente com a pandemia do coronavírus. Apesar de a conectividade ser fundamental para o cidadão, o setor é um dos mais tributados do país, com tributação semelhante à cobrada por itens como tabaco e bebidas.
Destacamos ainda o papel fundamental da Anatel no processo, ao apresentar manifestação e estudo técnico que destacaram os efeitos nocivos da carga tributária sobre os serviços de telecomunicações, especialmente aquela advinda do ICMS.
Atualmente, a carga tributária de telecom no Brasil chega, em média, a quase 50%, contra 10% na média internacional. A decisão fortalece a necessidade de uma reforma tributária ampla que coloque a tributação do setor no Brasil nos moldes da experiência internacional.
Fonte: Teletime
Inatel sofre ataque ransomware e perde backup de servidores
O Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), uma das instituições mais respeitadas do país no ensino de TI e Telecom, sofreu um ataque cibernético por meio de um ransomware na tarde desta quarta-feira, 17/11, conforme revelou o portal Ciso Advisor, e confirmado pela assessoria de Imprensa da empresa.
O Inatel não revela quantos servidores foram atingidos. Diz apenas que backups foram perdidos, mas não explica quais, mas garante que os serviços estão funcionando porque houve a rápida identificação do ataque pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação – CTIC. O instituto também contratou uma empresa especializada em Investigação Forense Digital.
De acordo com a assessoria de imprensa, o Inatel encaminhou comunicados à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e aos colaboradores do instituto, que garante: os sistemas da área de serviços ao mercado do Inatel não foram atingidos.
Aos colaboradores, afirma o portal Ciso Advisor, o Inatel detalha pouco o incidente, mas diz que, ‘até o presente momento não é possível ter a dimensão dos danos causados, tampouco se houve captura de dados’.
Fonte: Convergência Digital (com Informações de portal Ciso Advisor)
CCT DO SENADO APROVA R$ 850 MILHÕES NO ORÇAMENTO PARA ‘CIDADES INTELIGENTES’
O maior montante, de R$ 600 milhões, deve ser liberado para o Fomento à Pesquisa e Desenvolvimento Voltados à Inovação, a Tecnologias Digitais e ao Processo Produtivo
A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou, nesta quarta-feira, 10, quatro emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 (PLN 19/2021), que totalizam R$ 850 milhões. Agora, as indicações seguem para análise da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Ao todo, a comissão recebeu 87 indicações de emendas. O presidente do colegiado, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), que também é o relator das emendas, selecionou três programações orçamentárias com maior número de indicações dos parlamentares e uma quarta que, de acordo com ele, amplia a contribuição da CCT no avanço da infraestrutura das “cidades inteligentes”. A CCT sugere que sejam destinados R$ 10 milhões para o apoio a projetos e obras de reabilitação, de acessibilidade e modernização tecnológica.
“Será uma contribuição desta CCT na modernização para o planejamento urbano, fomentando a implantação de tecnologia e comunicação para assegurar o desenvolvimento urbano no âmbito do conceito de cidades inteligentes, utilizando dados e informações visando otimizar a prestação dos diversos serviços públicos à população e garantindo o desenvolvimento urbano sustentável”, informou Cunha.
O maior montante, de R$ 600 milhões, deve ser liberado para o “Fomento à Pesquisa e Desenvolvimento Voltados à Inovação, a Tecnologias Digitais e ao Processo Produtivo”. A CCT propõe que R$ 200 milhões sejam alocados no item “Apoio a Iniciativas e Projetos de Inclusão Digital”. Outros R$ 40 milhões devem ser direcionados para “Implantação da Infraestrutura para o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE)”, segundo a CCT.
CÂMARA
Também houve votação de emendas ao PLOA na Câmara hoje. Os deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados aprovaram, nesta quarta-feira, 10, emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2022.
Os parlamentares receberam a indicação de 26 emendas ao orçamento, mas a comissão tem direito a apenas quatro que foram destinadas às ações do programa Conecta Brasil; de formação, capacitação e fixação de recursos humanos para o desenvolvimento científico nacional; de fomento à pesquisa e desenvolvimento voltados à inovação, tecnologias digitais e ao processo produtivo nacional; e de fomento a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico. Agora, as emendas serão encaminhadas para a Comissão Mista de Orçamento para apreciação.
Fonte: Telesíntese (Com Agência Senado e Agência Câmara)
Leilão da tecnologia de quinta geração alcança R$ 47,2 bilhões
Licitação é a maior oferta de espectro da América Latina
Ao final da sessão, em entrevista coletiva de imprensa, foi realizada apresentação com os resultados para cada faixa de frequência licitada.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, destacou que a licitação teve ágio de R$ 4,79 bilhões e informou que os lotes ainda não arrecadados poderão ser novamente colocados à venda. Segundo ele, em breve a Anatel poderá realizar outro leilão e “vai ultrapassar em muito os R$ 50 bilhões que estavam previstos porque ainda deve ter entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões que serão comercializados”.
Praticamente todos os lotes das faixas de 700 MHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz foram arrematados na primeira sessão de análise de propostas, realizada ontem (4/11). Segundo o presidente da Comissão Especial de Licitação e superintendente de Competição da Agência, Abraão Balbino e Silva, essas faixas “são as que, de fato, têm a necessidade mais urgente para a comercialização de serviços”.
Sobre a faixa de 26 GHZ, licitada nesta sexta-feira, o superintendente explicou, com a oferta de mais espectro, naturalmente houve quantidade maior número de lotes não arrematados. “Não há qualquer tipo de escassez de espectro nessa faixa e foram assumidos diversos compromissos; se a gente pegar apenas os relativos à educação, o leilão vai destinar R$ 3,1 bilhões para conectar escolas de ensino básico”, afirmou.
Abraão destacou, ainda, que este é maior leilão relativo a telecomunicações realizado na América Latina. “Nunca tivemos um leilão com tamanho volume econômico envolvido: a privatização não rendeu isso, o 3G não rendeu isso, o 4G não rendeu isso. Se somarmos todas essas licitações, ainda não temos o que este leilão está movimentando em termos de valor econômico. De fato, nós consideramos esse leilão bem-sucedido em todas as perspectivas possíveis”, resumiu.
Embora nem todos os lotes tenham sido comercializados, todas as obrigações de cobertura foram contratadas, ou seja, todos os compromissos previamente definidos foram assumidos pelas proponentes vencedoras.
Em relação aos lotes não arrematados, Abraão esclareceu que “a Anatel não dimensionou o leilão na perspectiva de lotes vendidos e lotes não vendidos. Nós dimensionamos o resultado de acordo com o valor econômico disponibilizado e aquilo que de fato foi arrematado. Alcançamos um índice de mais de 85% de contratação daquilo que foi colocado à venda”.
Na próxima semana, a Agência realizará sessão de conversão de ágio em obrigações. “Não necessariamente todo o ágio do leilão irá para obrigações. Se pegarmos o valor de outorga mais ágio seriam R$ 7,4 bilhões, sendo que, desse total, cerca de R$ 5 bilhões podem ser convertidos em obrigações, mas nem tudo, porque tivemos um ágio muito acima da expectativa. Então, ainda não conseguimos dizer neste momento quanto vai para o Tesouro”, concluiu o superintendente.
Fonte: ANATEL
Capacitação de profissionais de telecom preocupa empresas e trabalhadores
A Feninfra, entidade que congrega as empresas de instalação e manutenção de redes e empresas de call center, está preocupada com a necessidade de requalificar profissionais do setor para novas tecnologias como o 5G.
Vivien Suruagy, presidente da Feninfra e da Contic, estima que haverá uma geração de 1,5 milhão de empregos em curto prazo com o 5G, em TI, inteligência artificial e infraestrutura de telecomunicações em geral. Mas menciona que há uma lacuna no Brasil com a fuga de talentos, afirmando haver propensão de 67% dos jovens profissionais de sair do País. Sem contar os trabalhadores que precisam de atualização. Esta preocupação também foi colocada por Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores).
“Historicamente, era dito que o Sistema S qualificava o setor, mas vimos que isso não aconteceu. Não temos grade curricular e necessitamos de algo muito mais aperfeiçoado e moderno para fazer frente a diversas atividades e especialidades”, declarou ela, durante evento Feninfra Live nesta sexta-feira, 25. Suruagy cita ainda o impacto da precificação do edital do 5G no investimento e mão de obra para atendimento das metas.
“Temos que requalificar ou qualificar em torno de 1,2 milhão de trabalhadores por ano, sofisticar o treinamento”, declara. A presidente da Feninfra ressalta que a parceria da Contic com a Conif visa endereçar essa questão, uma vez que a instituição possui 600 unidades e aproximadamente um milhão de alunos. “Vamos modernizar a grade para treinar [e resolver] essa falta de mão de obra imensa.”
Outra iniciativa é da Huawei, com criação de laboratórios para a formação de profissionais de telecomunicações. Isso é feito por meio de parceria com 70 instituições, para qualificar estudantes e aproximá-los ao mercado de TICs. “Também nas parcerias com criação de laboratórios, focados na instalação de FTTH, mas pessoas serão qualificadas também para atuar no 5G. Nos últimos anos formamos 30 mil pessoas, e queremos dobrar isso”, declara o diretor de relações públicas e governamentais da fornecedora no Brasil, Bruno Zitnick.
Jacqueline Lopes, diretora de relações institucionais da Ericsson Latin America para a região Sul também aponta a necessidade de permanente investimento em tecnologia e lembra que a Ericsson, que atua há 100 anos no Brasil, mantém não apenas uma fábrica no país como um centro de pesquisa local.
Em outro painel do evento, João de Moura Neto, presidente da Fitratelp, levantou o problema da capacitação sob contexto de atualização das novas tecnologias, que estaria deixando trabalhadores “órfãos de empregos e atividades por conta da modernização”. Ele cita não apenas redes móveis, mas mesmo técnicos que lidam com a rede de cobre, e que agora precisam se capacitar para fibra.
Wilson Cardoso, CTO da Nokia Latin America, lembra que o 5G não deve trazer grandes novidades em relação à parte de rádio das redes de telecomunicações, que é mais ou menos equivalente à das gerações atuais, mas que haverá uma grande ampliação na quantidade de antenas e, sobretudo, na diversificação dos serviços. “Haverá a necessidade de profissionais capazes de atuar na integração de diferentes setores da economia que utilizarão as soluções baseadas em 5G”, lembra o executivo.
Para Luciano Stutz, presidente da Abrintel, que representa as empresas de torres, há a necessidade de treinar profissionais para trabalhar em grandes alturas e que tenham conhecimento técnico sobre as redes de 5G, e é necessário fazer um treinamento pensando no futuro, com a massificação da quantidade de antenas e sites. (Colaborou Samuel Possebon)
Fonte: Teletime
Mais espectro, Open RAN e desempenho das redes são prioridades em agenda 5G da FCC
A disponibilização de mais espectro em mid-band (banda média), a diversificação da cadeia de fornecedores a partir do Open RAN e a coleta nacional de dados sobre a qualidade da banda larga fixa são as principais metas da agenda 5G dos EUA.
O roteiro foi compartilhado pela presidente interina da Federal Communications Commission (FCC) norte-americana, Jessica Rosenworcel, durante o programa ministerial do MWC 2021, realizado em Barcelona (Espanha).
A liberação de mais espectro em banda média foi colocada no topo da lista de prioridades. “Para muitos consumidores o presente é confuso, com operadoras provendo diferentes versões de 5G que às vezes parecem o 4G. Isso ocorre em parte porque elas não têm a banda média necessária para serviços consistentes e abrangentes”, declarou Rosenworcel, na ocasião.
Neste sentido, a chairwoman lembrou que um leilão de 100 MHz em 3,45-3,55 GHz está previsto para outubro, com expectativa de liberação das frequências até o fim do ano. Ainda em 2021 também está previsto o fim da limpeza (e consequente disponibilização) de um primeiro lote de 100 MHz que compõe a capacidade em banda C leiloada em fevereiro.
Pensando nos próximos passos, a FCC já estaria trabalhando com parceiros do governo federal para possibilitar a liberação futura da faixa de 3,1-3,4 GHz para o 5G. Antes disso, uma consulta pública sobre 100 MHz em 2,5 GHz também está em curso.
Open RAN
A FCC também destacou as redes de acesso com múltiplos fornecedores como parte vital da estratégia. Para Rosenworcel, a tecnologia deve habilitar redes mais seguras e com menores custos, acelerando roll-outs..
A dirigente notou que os EUA já estão incentivando operadoras a ouvirem diretamente dos vendors quais os benefícios do novo padrão, além de apostar no crescimento acelerado nas receitas de fornecedores do segmento e da população atendida através do modelo.
Por último, a FCC também manifestou desejo de ampliar a coleta de dados sobre a performance de redes de banda larga fixa do país. “Não podemos gerenciar o que não conseguimos medir”, afirmou Roserworcel, destacando que uma força tarefa governamental foi criada para a função.
Fonte: Teletime
China quer 50% do PIB digital em 2025, e o 5G é parte da estratégia
Não é de hoje que a China tem na agenda de tecnologia o principal motor de sua transformação econômica, mas números trazidos pelo chairman da China Mobile, Yang Jie, impressionam. Segundo o executivo, que falou no primeiro dia do Mobile World Congress em Barcelona (MWC 2021), a economia digital já representou 38,6% do PIB chinês em 2020, contra 36,2% em 2019. Mas a perspectiva é de que até 2025 seja 50% do total de riquezas gerado no país, com um crescimento superior a 11% ao ano. Segundo Yang Jie, o 5G será um dos principais pilares desse desenvolvimento.
Ele explica que já existem na China 80 mil estações rádio base (ERBs) com 5G, o que conecta 300 milhões de pessoas.
E aponta que com o 5G o modelo de negócio das operadoras, especialmente da China Mobile, se transforma completamente. Segundo ele, a China Mobile passará a operar dentro do conceito de “Ability as a Service”, em que a operadora será a responsável por habilitar a transformação digital de outros setores por meio da conectividade e das soluções para produção, vida em comunidade, serviços governamentais, entretenimento, transações financeiras, socialização, identidade digital entre outras .
Fonte: Teletime
CLARO, EMBRATEL E SLC AGRÍCOLA VÃO DESENVOLVER SOLUÇÕES 5G PARA O AGRONEGÓCIO
Empresas implantaram rede 5G Stand Alone (SA) em propriedade, no estado de Goiás, que servirá como ponto de partida para testes de casos de uso focados na otimização do agronegócio
Claro e a Embratel se uniram à SLC Agrícola no propósito de colocar em prática um projeto piloto focado no desenvolvimento de casos de uso com 5G Standalone para atender às necessidades dos produtores rurais.
A ideia é usar a operação da SLC como base para a formatação de produtos e serviços que serão criados em conjunto pelas equipes de inovação das empresas envolvidas, explorando todo o potencial que o 5G traz para o negócio.
O projeto prevê a integração de novos sensores e drones ao maquinário para ampliar a capacidade analítica a respeito da produção.
Para isso, a Claro e a Embratel, utilizando rede de acesso e núcleo móvel 5G Standalone da Huawei, iluminaram a Fazenda Pamplona, uma das propriedades da SLC Agrícola, na cidade de Cristalina (GO), com uma rede 5G Standalone (SA) que opera na faixa de 3,5GHz, com 100 MHZ de largura de banda. A rede 5G implementada utiliza licença experimental cedida pela Anatel.
“Os dados são o motor dos negócios do futuro e extremamente importantes para o agronegócio. A quantidade de dados disponível nos dias de hoje é enorme e processá-la instantaneamente permite que o produtor reaja em tempo real, tornando as suas operações mais previsíveis”, explica Adriano Pires, Diretor de Vendas da Embratel.
A união de esforços deve gerar vários frutos para o setor. O primeiro deles será a utilização do 5G Standalone (SA) para a transmissão instantânea de centenas de imagens, em alta resolução, que poderão ser coletadas em campo e processadas em tempo recorde para que os produtores possam reagir de forma muito mais eficaz ao ataque de pragas, por exemplo.
A integração de novos sensores e drones ao maquinário de alta tecnologia já empregado hoje amplia as oportunidades para aumentar a produtividade e trabalhar em condições mais sustentáveis, poupando recursos naturais, como energia e água, e permitindo um uso mais estratégico e em menor volume de defensivos agrícolas, um dos principais objetivos do produtor.
As empresas esperam que o projeto piloto na Fazenda Pamplona (GO) demonstre a viabilidade de tecnologias voltadas à automação e robótica, além do uso de imagens em alta resolução na agroindústria. “Nossa expectativa é de que as vantagens da baixa latência e o processamento em tempo real do 5G permitam o uso de algoritmos em nuvem e inteligência artificial, trazendo ganhos de eficiência operacional e produtividade em nossas fazendas”, afirma João Aranda, coordenador de Serviços de TI da SLC Agrícola.
Segundo Eduardo Polidoro, diretor de Negócios de IoT da Claro, o acordo também utiliza tecnologias legadas. “Além do 5G Standalone, estamos levando também projetos complementares que englobam o 4G e o 3G, e buscando incluir as pessoas nesta jornada de descoberta e aprimoramento das tecnologias. A Claro acredita que a transformação digital só acontece quando as pessoas estão treinadas e engajadas no propósito de evolução do setor”, afirma o executivo.
Para André Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro, a parceria entre as empresas entrega ao setor Agro um ambiente com as condições ideais para a cocriação de soluções inovadoras. “A Claro tem sido pioneira no desenvolvimento de soluções voltadas para o 5G, operando com licenças especiais cedidas pela Anatel em casos de uso na Indústria 4.0, entretenimento, serviços financeiros e educação e pesquisa. Essa rede 5G Stand Alone (SA) nos permitirá usufruir de tudo o que somente o novo ecossistema 5G é capaz de proporcionar para o Agro”, comenta.
PRIMEIRA DEMONSTRAÇÃO DO 5G PARA O CAMPO
A Claro e a Embratel fizeram a primeira demonstração do 5G aplicado à agricultura 4.0 também no estado de Goiás. Em parceria com o Governo de Goiás e a Huawei, em dezembro de 2020, foi instalada uma rede de internet móvel de quinta geração (5G) no município de Rio Verde (GO) para levar os diferenciais da agricultura inteligente aos produtores brasileiros, em caráter experimental.
Foram instaladas duas torres de transmissão do 5G, em caráter de prova de conceito, uma no Parque Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), idealizado para fomentar inovações com espaço destinado à incubação de startups voltadas para o agronegócio, e a outra na fazenda Nycolle, escolhida para realizar a quebra de conceito e um breakthrough com demonstrações práticas.
Fonte: Telesíntese
Comissão Europeia também lança iniciativa para buscar liderança no 6G
A Comissão Europeia e a comunidade de TICs do continente lançaram uma iniciativa de 900 milhões de euros para desenvolver a tecnologia 6G. A iniciativa divulgada nesta terça-feira, 22, é um compromisso conjunto (joint undertaking) em redes e serviços inteligentes (sigla SNS), com atenção especial a “valores europeus” em privacidade, segurança e soberania tecnológica.
A parceria vai “definir e implantar um cronograma para pesquisa, inovação e instalação para permitir à Europa tomar papel de liderança na criação da próxima geração de tecnologias de redes e serviços inteligentes que serão chamadas de 6G”. Essa parceria inclui também serviços para administrações públicas e indústrias.
Com isso, a Comissão Europeia colocou metas para trazer impactos “notáveis” na economia de dados da Europa até 2030″
- Impulsionar a soberania tecnológica da Europa no 6G ao implantar programa de P&D para levar à concepção e padronização “por volta de 2025”, além de prover soluções para “necessidades e valores da sociedade europeia” e preparar adoção de mercado para tecnologias 6G até o fim da década;
- Mobilizar uma cadeia abrangente de atores para endereçar áreas estratégicas de redes e serviços de cadeia de valor para serviços edge e cloud, com “novas oportunidades de mercado em novos componentes e dispositivos além dos smartphones”;
- Acelerar a implantação do 5G na região para desenvolver mercados digitais e permitir uma transição “verde e digital” da economia e sociedade.
Neste último caso, a iniciativa pretende coordenar diretrizes estratégicas para programas relevantes dentro de outros projetos, como a linha de crédito Connecting Europe Facility e demais políticas públicas da Europa. As primeiras chamadas para propostas deverão acontecer ainda este ano, com os primeiros projetos começando ao longo de 2022.
A Europa não é a única interessada em adiantar a corrida pelo 6G. Os Estados Unidos e o Reino Unido (agora que não é mais parte da União Europeia) também perseguem a utilização dessa tecnologia, e com o mesmo propósito: tentar liderar a economia digital promovida com a chegada da próxima geração de redes móveis. Nas entrelinhas, o que se tenta também é promover uma agenda contra a China, tanto em domínio tecnológico quanto em relação ao mercado de telecomunicações. Não à toa, essa iniciativa da Comissão fala em “valores” e “soberania”
Fonte Teletime
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