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Mais espectro, Open RAN e desempenho das redes são prioridades em agenda 5G da FCC

 Jessica Rosenworcel - Presidente interina da Federal Communications Commission (FCC) norte-americana

Jessica Rosenworcel – Presidente interina da Federal Communications Commission (FCC) norte-americana

A disponibilização de mais espectro em mid-band (banda média), a diversificação da cadeia de fornecedores a partir do Open RAN e a coleta nacional de dados sobre a qualidade da banda larga fixa são as principais metas da agenda 5G dos EUA.

O roteiro foi compartilhado pela presidente interina da Federal Communications Commission (FCC) norte-americana, Jessica Rosenworcel, durante o programa ministerial do MWC 2021, realizado em Barcelona (Espanha).

A liberação de mais espectro em banda média foi colocada no topo da lista de prioridades. “Para muitos consumidores o presente é confuso, com operadoras provendo diferentes versões de 5G que às vezes parecem o 4G. Isso ocorre em parte porque elas não têm a banda média necessária para serviços consistentes e abrangentes”, declarou Rosenworcel, na ocasião.

Neste sentido, a chairwoman lembrou que um leilão de 100 MHz em 3,45-3,55 GHz está previsto para outubro, com expectativa de liberação das frequências até o fim do ano. Ainda em 2021 também está previsto o fim da limpeza (e consequente disponibilização) de um primeiro lote de 100 MHz que compõe a capacidade em banda C leiloada em fevereiro.

Pensando nos próximos passos, a FCC já estaria trabalhando com parceiros do governo federal para possibilitar a liberação futura da faixa de 3,1-3,4 GHz para o 5G. Antes disso, uma consulta pública sobre 100 MHz em 2,5 GHz também está em curso.

Open RAN

A FCC também destacou as redes de acesso com múltiplos fornecedores como parte vital da estratégia. Para Rosenworcel, a tecnologia deve habilitar redes mais seguras e com menores custos, acelerando roll-outs..

A dirigente notou que os EUA já estão incentivando operadoras a ouvirem diretamente dos vendors quais os benefícios do novo padrão, além de apostar no crescimento acelerado nas receitas de fornecedores do segmento e da população atendida através do modelo.

Por último, a FCC também manifestou desejo de ampliar a coleta de dados sobre a performance de redes de banda larga fixa do país. “Não podemos gerenciar o que não conseguimos medir”, afirmou Roserworcel, destacando que uma força tarefa governamental foi criada para a função.

Fonte: Teletime

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China quer 50% do PIB digital em 2025, e o 5G é parte da estratégia

Não é de hoje que a China tem na agenda de tecnologia o principal motor de sua transformação econômica, mas números  trazidos pelo chairman da China Mobile, Yang Jie, impressionam. Segundo o executivo, que falou no primeiro dia do Mobile World Congress em Barcelona (MWC 2021), a economia digital já representou 38,6% do PIB chinês em 2020, contra 36,2% em 2019. Mas a perspectiva é de que até 2025 seja 50% do total de riquezas gerado no país, com um crescimento superior a 11% ao ano. Segundo Yang Jie, o 5G será um dos principais pilares desse desenvolvimento.

Ele explica que já existem na China 80 mil estações rádio base (ERBs) com 5G, o que conecta 300 milhões de pessoas.

E aponta que com o 5G o modelo de negócio das operadoras, especialmente da China Mobile, se transforma completamente. Segundo ele, a China Mobile passará a operar dentro do conceito de “Ability as a Service”, em que a operadora será a responsável por habilitar a transformação digital de outros setores por meio da conectividade e das soluções para produção, vida em comunidade, serviços governamentais, entretenimento, transações financeiras, socialização, identidade digital entre outras .

Fonte: Teletime

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CLARO, EMBRATEL E SLC AGRÍCOLA VÃO DESENVOLVER SOLUÇÕES 5G PARA O AGRONEGÓCIO

Empresas implantaram rede 5G Stand Alone (SA) em propriedade, no estado de Goiás, que servirá como ponto de partida para testes de casos de uso focados na otimização do agronegócio

Claro e a Embratel se uniram à SLC Agrícola no propósito de colocar em prática um projeto piloto focado no desenvolvimento de casos de uso com 5G Standalone para atender às necessidades dos produtores rurais.

A ideia é usar a operação da SLC como base para a formatação de produtos e serviços que serão criados em conjunto pelas equipes de inovação das empresas envolvidas, explorando todo o potencial que o 5G traz para o negócio.

O projeto prevê a integração de novos sensores e drones ao maquinário para ampliar a capacidade analítica a respeito da produção.

Para isso, a Claro e a Embratel, utilizando rede de acesso e núcleo móvel 5G Standalone da Huawei, iluminaram a Fazenda Pamplona, uma das propriedades da SLC Agrícola, na cidade de Cristalina (GO), com uma rede 5G Standalone (SA) que opera na faixa de 3,5GHz, com 100 MHZ de largura de banda. A rede 5G implementada utiliza licença experimental cedida pela Anatel.

“Os dados são o motor dos negócios do futuro e extremamente importantes para o agronegócio. A quantidade de dados disponível nos dias de hoje é enorme e processá-la instantaneamente permite que o produtor reaja em tempo real, tornando as suas operações mais previsíveis”, explica Adriano Pires, Diretor de Vendas da Embratel.

A união de esforços deve gerar vários frutos para o setor. O primeiro deles será a utilização do 5G Standalone (SA) para a transmissão instantânea de centenas de imagens, em alta resolução, que poderão ser coletadas em campo e processadas em tempo recorde para que os produtores possam reagir de forma muito mais eficaz ao ataque de pragas, por exemplo.

A integração de novos sensores e drones ao maquinário de alta tecnologia já empregado hoje amplia as oportunidades para aumentar a produtividade e trabalhar em condições mais sustentáveis, poupando recursos naturais, como energia e água, e permitindo um uso mais estratégico e em menor volume de defensivos agrícolas, um dos principais objetivos do produtor.

As empresas esperam que o projeto piloto na Fazenda Pamplona (GO) demonstre a viabilidade de tecnologias voltadas à automação e robótica, além do uso de imagens em alta resolução na agroindústria. “Nossa expectativa é de que as vantagens da baixa latência e o processamento em tempo real do 5G permitam o uso de algoritmos em nuvem e inteligência artificial, trazendo ganhos de eficiência operacional e produtividade em nossas fazendas”, afirma João Aranda, coordenador de Serviços de TI da SLC Agrícola.

Segundo Eduardo Polidoro, diretor de Negócios de IoT da Claro, o acordo também utiliza tecnologias legadas. “Além do 5G Standalone, estamos levando também projetos complementares que englobam o 4G e o 3G, e buscando incluir as pessoas nesta jornada de descoberta e aprimoramento das tecnologias. A Claro acredita que a transformação digital só acontece quando as pessoas estão treinadas e engajadas no propósito de evolução do setor”, afirma o executivo.

Para André Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro, a parceria entre as empresas entrega ao setor Agro um ambiente com as condições ideais para a cocriação de soluções inovadoras. “A Claro tem sido pioneira no desenvolvimento de soluções voltadas para o 5G, operando com licenças especiais cedidas pela Anatel em casos de uso na Indústria 4.0, entretenimento, serviços financeiros e educação e pesquisa. Essa rede 5G Stand Alone (SA) nos permitirá usufruir de tudo o que somente o novo ecossistema 5G é capaz de proporcionar para o Agro”, comenta.

PRIMEIRA DEMONSTRAÇÃO DO 5G PARA O CAMPO

A Claro e a Embratel fizeram a primeira demonstração do 5G aplicado à agricultura 4.0 também no estado de Goiás. Em parceria com o Governo de Goiás e a Huawei, em dezembro de 2020, foi instalada uma rede de internet móvel de quinta geração (5G) no município de Rio Verde (GO) para levar os diferenciais da agricultura inteligente aos produtores brasileiros, em caráter experimental.

Foram instaladas duas torres de transmissão do 5G, em caráter de prova de conceito, uma no Parque Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), idealizado para fomentar inovações com espaço destinado à incubação de startups voltadas para o agronegócio, e a outra na fazenda Nycolle, escolhida para realizar a quebra de conceito e um breakthrough com demonstrações práticas.

 

Fonte: Telesíntese

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Comissão Europeia também lança iniciativa para buscar liderança no 6G

A Comissão Europeia e a comunidade de TICs do continente lançaram uma iniciativa de 900 milhões de euros para desenvolver a tecnologia 6G. A iniciativa divulgada nesta terça-feira, 22, é um compromisso conjunto (joint undertaking) em redes e serviços inteligentes (sigla SNS), com atenção especial a “valores europeus” em privacidade, segurança e soberania tecnológica.

A parceria vai “definir e implantar um cronograma para pesquisa, inovação e instalação para permitir à Europa tomar papel de liderança na criação da próxima geração de tecnologias de redes e serviços inteligentes que serão chamadas de 6G”. Essa parceria inclui também serviços para administrações públicas e indústrias.

Com isso, a Comissão Europeia colocou metas para trazer impactos “notáveis” na economia de dados da Europa até 2030″

  • Impulsionar a soberania tecnológica da Europa no 6G ao implantar programa de P&D para levar à concepção e padronização “por volta de 2025”, além de prover soluções para “necessidades e valores da sociedade europeia” e preparar adoção de mercado para tecnologias 6G até o fim da década;
  • Mobilizar uma cadeia abrangente de atores para endereçar áreas estratégicas de redes e serviços de cadeia de valor para serviços edge e cloud, com “novas oportunidades de mercado em novos componentes e dispositivos além dos smartphones”;
  • Acelerar a implantação do 5G na região para desenvolver mercados digitais e permitir uma transição “verde e digital” da economia e sociedade.

Neste último caso, a iniciativa pretende coordenar diretrizes estratégicas para programas relevantes dentro de outros projetos, como a linha de crédito Connecting Europe Facility e demais políticas públicas da Europa. As primeiras chamadas para propostas deverão acontecer ainda este ano, com os primeiros projetos começando ao longo de 2022.

A Europa não é a única interessada em adiantar a corrida pelo 6G. Os Estados Unidos e o Reino Unido (agora que não é mais parte da União Europeia) também perseguem a utilização dessa tecnologia, e com o mesmo propósito: tentar liderar a economia digital promovida com a chegada da próxima geração de redes móveis. Nas entrelinhas, o que se tenta também é promover uma agenda contra a China, tanto em domínio tecnológico quanto em relação ao mercado de telecomunicações. Não à toa, essa iniciativa da Comissão fala em “valores” e “soberania”

 

Fonte Teletime

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Promulgada lei que garante R$ 3,5 bi do Fust para conectar professor e aluno da rede pública

Dentro de 30 dias, a União repassará R$ 3,5 bilhões para estados, municípios e o Distrito Federal para garantir o acesso à Internet aos alunos e aos professores da educação básica pública. Os recursos serão oriundos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que agora pode ser usado para ampliar o acesso à Internet.

Oriundo do PL 3.477/2020a Lei nº 14.172/2021 foi vetada integralmente pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro. Porém, no dia 1º de junho o Congresso Nacional derrubou o veto. Nesta sexta-feira, 11, a lei foi promulgada.

Pela nova legislação serão beneficiários dos recursos os alunos da rede pública de ensino pertencentes a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e os matriculados nas escolas das comunidades indígenas e quilombolas, bem como os professores da educação básica da rede pública.

Os recursos deverão aplicados de forma descentralizada e a transferências da União aos estados e ao Distrito Federal será em parcela única, a ser paga até 30 dias após a entrada em vigor da lei. Estados, municípios e o Distrito Federal deverão executar os recursos até 31 de dezembro de 2021. Caso contrário, eles deverão ser restituídos, na forma de regulamento, aos cofres da União, até o dia 31 de março de 2022.

Finalidades

Os recursos poderão se usados para:

  • contratação de pacotes de dados móveis para a realização e o acompanhamento de atividades não presenciais, com prioridade para os alunos e professores dos ensinos médio e fundamental;
  • utilização de no máximo 50% do total para aquisição de terminais portáteis que possibilitem acesso à Internet para uso pelos beneficiários, com prioridade para os alunos e professores do ensino médio.

Outras fontes de recursos

Além do Fust, a lei prevê como fontes de recursos para conectar estudantes e professores da rede básica de ensino dotações orçamentárias da União e o saldo correspondente a metas não cumpridas dos Planos Gerais de Metas de Universalização (PGMU) firmados entre o poder público e as concessionárias do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC).

Fonte Teletime

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FAPERJ anuncia nova edição do Programa de Apoio à Inserção de Pesquisadores em Empresas

Por Ascom Faperj

A FAPERJ lança nesta quinta-feira, 10 de junho, uma nova edição do Programa de Apoio à Inserção de Pesquisadores em Empresas, buscando repetir e ampliar os bons resultados obtidos na edição anterior do edital, realizado em 2019, quando foram aprovados 40 projetos e concedidas 50 bolsas.

O objetivo principal do programa é fomentar a inserção de mestres e doutores para executar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) em Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) sediadas no Estado do Rio de Janeiro. Além de estimular a cultura de inovação nas MPMEs fluminenses e propiciar o desenvolvimento de produtos, processos e/ou serviços inovadores, o Programa também busca evidenciar as vantagens da participação de mestres e doutores de forma a gerar, em MPMEs, o interesse pela continuidade desses profissionais como agentes do processo de inovação, bem como criar vínculos entre ICTs e empresas e promover a inovação aberta.

O edital de 2021 possui algumas diferenças em relação ao anterior. Em primeiro lugar as próprias empresas passam a ser as proponentes, podendo solicitar até três bolsas, dependendo do escopo e complexidade do projeto. Após a aprovação do projeto e do perfil dos bolsistas, as empresas contempladas terão até 30 dias para indicar os candidatos às bolsas concedidas. Outra mudança se refere às modalidades de bolsa: na atual edição, serão quatro níveis, sendo dois de mestrado (ME1 e ME2) e dois de doutorado (DE1 e DE2). A diferença dos níveis se baseia na experiência do candidato em atividades de pesquisa, desenvolvimento ou inovação relacionadas a empresas. O nível 1 contempla mestres ou doutores com até três anos de experiência; já o nível 2 é voltado para candidatos com experiência superior a este tempo. O tempo de experiência será comprovado por meio do Currículo Lattes ou Curriculum Vitae e de declaração formal de orientador do mestrado ou doutorado, ou de documento oficial em papel timbrado, datado assinado e carimbado por um representante legal da(s) empresa(s) onde foi/foram executadas as atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

A principal mudança em relação à edição anterior, contudo, é a criação de faixas específicas, destinadas a: empresas que nunca tiveram fomento com a FAPERJ (Faixa A); empresas que possuem fomentos com a FAPERJ já finalizados (Faixa B); e empresas que possuem fomentos da FAPERJ ativos e/ou aprovados, mesmo que ainda não tenham sido iniciados (Faixa C). Esta mudança visa atender a diferentes propósitos, dentre os quais, ampliar do universo de empresas atendidas pela FAPERJ, sobretudo de setores tradicionais; tornar a concorrência mais justa; e criar uma sinergia entre os instrumentos lançados pela Diretoria de Tecnologia.

Com estas mudanças o Programa foi ampliado e, na atual edição, conta com recursos da ordem de R$ 6,7 milhões, permitindo a inserção de até 120 pesquisadores em empresas. As empresas interessadas devem preparar um projeto de inovação descrevendo, dentre outras coisas, a solução a ser desenvolvida, o estágio atual de desenvolvimento tecnológico, o grau de inovação, o potencial de mercado e o impacto socioeconômico e/ou ambiental. Além disso, será necessário na submissão apresentar o plano de trabalho do(s) bolsista(s) solicitados, detalhando suas atividades e o perfil desejado (área, título e experiência).

Para o diretor de Tecnologia da FAPERJ, Maurício Guedes, o Programa faz parte do “Pilar Empreendedor” da Diretoria de Tecnologia da Fundação. “Junto a outros editais também horizontais, ou seja, sem área ou tema definido, esse programa compõe a chamada Trilha de Inovação, que é um conjunto de instrumentos criados pela Diretoria para apoiar empreendedores e empresas desde a ideação até a consolidação no mercado. Ao oferecer uma alternativa profissional para mestres e doutores, o edital busca corrigir uma falha estrutural do sistema de inovação nacional e do estado do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que tenta evitar a fuga de cérebros e incrementar a capacidade de inovação da economia fluminense”, diz.

A submissão de propostas online vai até 30/07/2021, exclusivamente pelo SisFaperj, no endereço eletrônico: https://sisfaperj.faperj.br/sisfaperj/

Confira a íntegra do edital: Programa de Apoio à Inserção de Pesquisadores em Empresas

Fonte: FAPERJ

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Enel, Leonardo e TIM se unem em projeto para cidades integradas

Memorando foi assinado na Embaixada da Itália em Brasília

As empresas Enel X, Leonardo e TIM assinaram nesta quarta-feira (9), na Embaixada da Itália em Brasília, um memorando de entendimento para o desenvolvimento de soluções conjuntas voltadas a um modelo de cidade integrada, segura e resiliente.

O acordo de intenções une as filiais brasileiras das maiores empresas italianas dos setores de energia, aeroespacial e segurança e de telefonia.

Segundo o protocolo, as companhias fornecerão pacotes de iniciativas para campos como mobilidade urbana, conectividade, transformação digital, serviços financeiros e energia, oferecendo soluções para cidades conectadas, inclusive por meio de inteligência artificial.

Uma primeira experiência já está em curso em Maricá (RJ), com o objetivo de transformar o município em um “laboratório vivo” de tecnologias de ponta que possam contribuir para seu desenvolvimento sustentável.

Entre as possíveis aplicações para cidades inteligentes a partir da parceria está a implantação de tecnologias de segurança integradas a uma série de sensores, como para medição do clima e nível de poluição, além de sistemas de recarga pública para veículos elétricos.

Para empresas e edifícios públicos, o acordo prevê a disseminação do conceito de eficiência energética, por meio do desenvolvimento de soluções de engenharia, da oferta de energia renovável e do uso de plataformas de monitoramento em tempo real para climatização.

Anfitrião do evento, o embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello, disse que o memorando é “mais um exemplo das oportunidades” que os dois países “podem desenvolver conjuntamente, com base na força de suas respectivas experiências, em um setor na vanguarda da tecnologia mundial, a fim de melhorar a qualidade e a sustentabilidade da vida, bem como a segurança dos centros urbanos, investindo imediatamente no futuro das próximas gerações”.

A assinatura do acordo também contou com as presenças do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes; do secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Vitor Menezes; do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro; e de outras autoridades político-parlamentares e federais, estaduais e municipais.

O memorando foi firmado por Nicola Cotugno, country manager da Enel Brasil; Francesco Moliterni, presidente da Leonardo do Brasil; e Pietro Labriola, CEO da TIM Brasil.

“Temos trabalhado para levar a experiência do cliente para o próximo nível, e isso inclui indústrias ansiosas por soluções conectadas. A TIM é líder em cobertura 4G no Brasil e estamos à frente dos projetos 5G mais inovadores. Essa parceria é mais um passo para a transformação digital do país. A inovação é fundamental para incentivar a mudança de que precisamos”, disse Labriola.

“Hoje é um dia importante, pois este acordo representa uma oportunidade única de capitalizar as habilidades de três empresas internacionais líderes que oferecem no Brasil um pacote integrado e completo de serviços em benefício dos cidadãos, promovendo o conceito de cidade inteligente, resiliente e segura”, reforçou Moliterni.

Por sua vez, o head da Enel X Brasil, Francisco Scroffa, ressaltou que um dos principais objetivos da empresa é “promover a descarbonização dos centros urbanos, oferecendo soluções que tornem as cidades mais digitais, sustentáveis e circulares, com benefícios para os cidadãos e para a sociedade”.

“A parceria com a TIM e a Leonardo fortalece a estratégia da Enel X no Brasil, ampliando sua capacidade de oferecer serviços e produtos inovadores aos seus clientes no mercado brasileiro de energia”, acrescentou.

Fonte: Época Negócios

 

COMPREENDA O COMPLIANCE

Nascido nos EUA, no FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), legislação americana de 1977, em resposta a práticas de corrupção, com o significado de coibir qualquer tipo de pagamento, oferta ou promessa de pagamento, de valor monetário ou não, a cargos públicos com intuito de obter alguma vantagem indevida.

O conceito atravessou fronteiras e várias legislações foram sancionadas. No Brasil, a Lei 12.846/13 e seu decreto regulamentador de n.º 8420/15, estabeleceram normas orientadoras dos programas de integridade corporativa e penalizadoras das práticas lesivas à administração pública.

Compliance, como conceito incorporado à gestão das empresas, busca incentivar e monitorar o cumprimento de leis e regulamentos no ambiente de negócios, com o objetivo de evitar, identificar e tratar ocorrências de condutas antiéticas e atos ilícitos.

No Brasil o advento das investigações sobre esquemas de corrupção em grandes negócios, levou ao aceleramento de processos inibidores da má conduta, e, atualmente, grandes organizações, nacionais e internacionais de diversos setores, exigem regras de integridade e conduta de seus fornecedores.

A sociedade depende cada vez mais dos bens e serviços fornecidos pelas empresas, o que leva à inclusão do compliance no nível da governança corporativa, dos conselheiros e executivos da organização, haja vista a implicação entre acionistas, empresários, executivos, as empresas e seus colaboradores. Vale citar a norma ISO 37001:2016 que afirma que, além de seguir, é de responsabilidade da Alta Direção a implementação e conformidade do Sistema de Gestão Antissuborno.

A utilização da chamada due diligence (diligência prévia) para identificação preliminar de possíveis distorções, oriundas de práticas empresariais não acordadas, ilegais ou antiéticas, poderia ser relevante, vez que permitiria a priori identificá-las e minimizar eventuais riscos.

Para a implementação de uma política de compliance é recomendável que se atente às características do negócio e à cultura da organização, sob pena de não se obter o sucesso esperado nos segmentos envolvidos.

Para isso, a proposta da melhoria contínua pode ser utilizada, a partir de análise de riscos ligados à corrupção, lavagem de dinheiro, fraude, conflito de interesse, assédio, concorrência desleal, trabalho desumano, divulgação de dados não autorizados, violação de normas internas e leis vigentes, entre outros.

É que para desenvolvê-la é preciso monitorar riscos, identificar a quebra de protocolos e prever punições para aqueles que não seguem as orientações, internas e externas (Lei Anticorrupção).

Estabelecidos os papéis e responsabilidades, faz-se fundamental implicar a alta administração com os objetivos e critérios determinados, seja para alocar os recursos necessários, seja para apoiar e disseminar as políticas definidas.

O monitoramento constante permitirá perceber o grau de absorção pelos colaboradores das novas regras estabelecidas, com especial atenção aos que atuem diretamente em áreas mais sensíveis previamente mapeadas pela empresa. E, por consequência, entender se os processos instaurados fazem sentido no contexto da organização.

Finalmente, os ajustes e correções das eventuais falhas permitiriam seu aprimoramento continuo, razão de se prever seu reexame em períodos pré-definidos, além de sempre ser possível a revisão para atualizar sua adequação a novas legislações emergentes.

Outra questão fundamental é que todos os participantes do negócio conheçam essas regras estabelecidas, o que exige eventuais reciclagens de conhecimento e treinamento dos novos colaboradores.

Em resumo, incorporar um programa de compliance, significa para o mundo dos negócios, que a empresa se propõe a basear sua cultura em valores e princípios éticos, como orientadores de sua conduta, além de fundamentar sua missão social.

E mais, apontam para transparência e postura clara no que diz respeito aos objetivos e compromissos éticos da empresa, o que fortalece a legitimidade social de suas atividades, refletindo-se positivamente no conjunto de suas relações.

Rio de Janeiro, 23 de maio de 2020.

 

Por Paulo Sergio de Almeida Galvão, MSc

UM BRASILEIRO.

Patrono das Comunicações no Brasil, a partir de 1889 integrou a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, com o objetivo de estendê-las entre o Rio e Cuiabá, passando por Uberaba e Goiás. Em 1899, chefiou a comissão destinada a estender as linhas telegráficas até Corumbá e às fronteiras com a Bolívia e o Paraguai. Em abril de 1891, foram inauguradas as novas estações telegráficas e em maio a comissão dava por findo seus trabalhos com 1.574 km de linhas instaladas.

Em 1906, recebeu ordem do presidente Afonso Pena, de ligar Cuiabá ao território do Acre, que fora recentemente incorporado ao país, para fechar o circuito telegráfico nacional.

Até 1917, a Comissão Rondon havia construído 2.270km de linhas telegráficas, no Mato Grosso mais de quatro mil e quinhentos quilômetros, instalado 28 estações que deram origem a povoados, realizado o levantamento geográfico de cinquenta mil km lineares de terras e de águas, determinado duzentas coordenadas geográficas e incluído doze rios no mapa do Brasil e corrigido o curso de vários outros.

Em 1919, já general de brigada, nomeado diretor de Engenharia do Exército, autorizou a construção de quarteis. Em 1927, concluiu a ligação telegráfica da Amazônia com o Rio de Janeiro e trabalhou na inspeção das fronteiras, por ordem ministerial.

Primeiro ambientalista e primeiro a respeitar os povos indígenas, antropólogo, pacifista, indigenista, etnólogo, linguista, engenheiro, sertanista, explorador dos trópicos, idealista, com façanhas inacreditáveis, um pequeno grande homem, brasileiro, descendente de índios, recatado e bravo, de enormes realizações, nascido há 156 anos, em 1865, em Mimoso, hoje Santo Antônio do Leverger, no Estado do Mato Grosso, neste mesmo 05 de maio, Cândido Mariano da Silva.

Em gratidão ao tio que o criou, obteve autorização para acrescentar o nome Rondon ao original, de seu pai, Cândido Mariano da Silva, que morreu sem conhecer o filho, e mãe Claudina Lucas Evangelista, neta de índios bororos. Homenagem maior não poderia ter sido, pois passou à posteridade com este nome que lhe fora incorporado, Rondon.

Em 1910, fomentou a criação do SPILTN – Serviço de Proteção aos Índios e Localização de Trabalhadores Nacionais, integrante do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, órgão público criado com o objetivo de prestar assistência à população indígena do Brasil, para quem criou o mote “morrer se preciso for, matar nunca”, o organizou e foi seu primeiro diretor.

Fiel ao seu lema, flechado pelo povo indígena nhambiquara, proibiu a reação de seus soldados. E quando, em outras ocasiões, homens foram flechados e morreram, no boletim da comissão louvava o falecido por ter aderido até o fim à filosofia de não violência; mesmo questionado por alguns militares.

Fez pesquisas sobre os povos indígenas, estabeleceu contato pacífico, lutou para que eles pudessem ter posse da sua terra tradicional. Combateu as forças econômicas e sociais que entravam ilegalmente nesse mundo, a partir da sua filosofia fundamental, de que o índio tem o direito de escolher o grau de acercamento que quer ou não com a sociedade brasileira. Afastar-se ou se integrar, deveria ser uma decisão soberana de cada povo indígena, no sentido de que o Estado não mandaria, apenas reconheceria a independência dos primeiros brasileiros.

Em 1913, o ex-presidente Roosevelt aceitou o convite do Brasil e da Argentina de vir à América do Sul realizar conferências e decidiu também que iria conhecer o Amazonas. Pensou uma expedição científica cuja finalidade seria estudar a fauna daquela região e recolher exemplares para o acervo do Museu de História Natural de Nova York. E, no Brasil, o então Coronel do Exército, Candido Rondon, foi designado para acompanhar a expedição, posto que há 20 anos já explorava a região.

Em 26 de abril de 1914, o grupo de 19 homens chegou à confluência de dois rios no coração da selva amazônica, após meses de uma sucessão de dificuldades e privações para realizar um feito notável: navegar e mapear um rio ainda desconhecido, chamado rio da Dúvida, porque seu curso e comprimento eram um mistério;  que nomeado, passou a ser o Rio Roosevelt.

Foi o primeiro a gravar músicas no campo indígena, com a colaboração do seu assistente Roquete Pinto. E o primeiro a filmar os ritos e o cotidiano desses povos, exibidos em 1915. E no âmbito acadêmico, não parece ser por acaso que Levis Strauss visitou na década de 1930 as mesmas aldeias que Rondon visitara 20 anos antes.

Fez mais de 20 expedições extensas, com muitos quilômetros viajados, durante sua longa carreira militar (1890 a 1930), uma vida épica, com grandes perigos, grandes desafios e grandes sacríficos. Rondon está entre os cinco exploradores do mundo que recebeu a Medalha Clube dos Exploradores e concomitantemente o título de membro honorário do Clube dos Exploradores de Nova York.

Recebeu 3 indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Em 1925, a de Albert Einstein, que em seu diário conta que em todos os âmbitos no Brasil, havia sempre referências a Rondon, inclusive nas sociedades científicas do país. E ouviu Roquete Pinto, falar da sua obra no campo, dos objetos e ferramentas que doou para o Museu Nacional, bem como assistiu os filmes que a Comissão Rondon fizera.

Um homem reto, abnegado, idôneo, estadista, patriota verdadeiro, sacrificava-se muito pelo bem-estar do Brasil. Tinha valores claros: a tolerância, o humanismo e o respeito ao meio ambiente. E ajudou a construir o país moderno, fisicamente com suas estações e linhas telegráficas, colônias, pontes e estradas, e, no sentido simbólico, como construtor de instituições, principalmente programas de proteção aos índios, sendo o Parque Nacional do Xingu projeto de sua concepção.

Rondon empresta seu nome a ruas, aeroporto, museus, cidades e até a um estado, Rondônia, mas apesar disso e de ter referências nos manuais de história, ainda precisa ser mais bem conhecido em suas múltiplas facetas.

A preocupação com a conservação do meio ambiente, o respeito pelos conhecimentos de ordem teórica e prática que os índios cultivavam no trato e no aproveitamento dos bens presentes na natureza e a ânsia de ver uma nação mais justa e igualitária do ponto de vista social, infelizmente parece ter se perdido no tempo, apesar do modernismo de suas percepções.

E passados 63 anos, 03 meses e 16 dias de seu falecimento, em 19 de janeiro de 1958, nesta cidade do Rio de Janeiro, parece fundamental buscar inspiração no seu vigor, na sua resistência e em muitos de seus incríveis feitos como explorador, que lamentavelmente permanecem pouco conhecidos, para resgatar valores fundamentais à sociedade brasileira, como os que defendeu esse enorme brasileiro, “Civilizador dos Sertões”.

Rio de Janeiro, 05 de maio de 2021

 

Texto adaptado por Paulo Sergio de Almeida Galvão a partir das seguintes fontes:

 

Expedição científica Roosevelt-Rondon. Sérgio Luiz Augusto de Andrade de Almeida;

Marechal Rondon – Militar brasileiro. Dilva Frazão. e-biografia.

Marechal Rondon. Domingo Alzugaray;

Projeto Três Momentos da História das Telecomunicações no Brasil. Ethevaldo Siqueira. 1998.

Rondon. Uma biografia. De Larry Rohter / Ed. Objetiva;

Rondon, Candido Mariano da Silva. Darcy Ribeiro
―A obra indigenista de Rondon ― 1958; Cadernos de Cultura, do MEC.
― Os quatro princípios de Rondon ― 1958;

Rondon – Inventários do Brasil – 1900 – 1930. 2007

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Bosch antecipa abertura de fábrica de semicondutores que abastecerá o Brasil

Em meio à maior crise de falta de semicondutores, que tem levado fábricas de veículos à paralisação no mundo todo, a Bosch antecipou em seis meses a inauguração de uma fábrica do componente na Alemanha, de onde abastecerá outras unidades do grupo, incluindo o Brasil. A solenidade de inauguração, nesta segunda-feira, 7, foi feita de forma online e teve a participação da primeira ministra alemã, Angela Merkel, confirmando assim a importância da produção local de chips, hoje dominada por países asiáticos, embora a Bosch seja a sexta maior fabricante global do componente.

O evento teve também visita virtual à fábrica, que recebeu € 1 bilhão em investimentos (cerca de R$ 6,1 bilhões), parte financiada pelo governo local e por instituições financeiras da União Europeia.

“É o maior investimento individual feito pela Bosch em todos os seus 130 anos de história”, disse o presidente mundial do grupo Volkmar Denner, que não divulgou a capacidade produtiva da nova unidade, a segunda na Alemanha.

De acordo com ele, a última fábrica desse componente havia sido inaugurada em 2010. O novo complexo iniciará a produção em julho, inicialmente com semicondutores para produtos eletrônicos. Em setembro entrará em operação a linha direcionada à indústria automobilística.

Serão gerados 700 empregos de alta qualidade. Paralelamente à inauguração, por falta de componentes, a Bosch está com sua unidade em Braga, Portugal, parada desde o dia 10 de maio, com retorno previsto para o dia 9, mas podendo ser prorrogado.

Denner afirmou que o novo projeto “vai contribuir para aliviar a situação e reduzir a pressão”, mas admitiu que a falta global de chips deve continuar até 2022. “Ainda vamos enfrentar meses difíceis no segundo semestre”, comentou.

No Brasil, duas fábricas da Volkswagen, em Taubaté (SP) e em São José dos Pinhais (PR), suspenderam a produção a partir desta segunda-feira por falta do componente para os automóveis Gol, Voyage, Fox e T-Cross, fabricados nessas unidades. A paralisação deve durar dez dias, período em que os cerca de 4 mil funcionários de ambas as plantas ficarão em férias coletivas.

A General Motors vai suspender a produção da unidade de São Caetano do Sul (SP) por seis semanas a partir do dia 21, e aproveitará para também adequar a linha de montagem para o início da produção de uma nova picape.

A fábrica do grupo em Gravataí (RS) está parada desde abril e só deve retomar as operações em meados de agosto. A unidade produz o Onix, modelo mais vendido da marca. Antes do problema de abastecimento, o compacto liderava as vendas totais de carros no País há vários anos.

A Nissan, por sua vez, informou que deve interromper as atividades em Resende (RJ) por cinco dias pelo mesmo motivo.

No início do mês passado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já havia alertado que as próximas semanas devem ser as mais complicados em termos de abastecimento de semicondutores e que novas paradas de produção deveriam ser necessárias, assim como ocorreu no início do ano, quando pelo menos metade das montadoras tiveram de desligar as máquinas.

Fonte: Isto É