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Presidente da Anatel critica mudança no Chrome e defende adblock

google chrome

Em entrevista exclusiva, Carlos Baigorri diz que páginas pesadas demais por causa de propaganda são algo “completamente abusivo” porque consomem franquia de dados.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, criticou a mudança que o Google planeja fazer no Google Chrome no próximo ano, com a chegada do Manifest V3. “Será uma bomba para a comunidade do adblock porque grande parte das ferramentas vai parar de funcionar”, disse ele em entrevista exclusiva ao Tecnoblog.

O chamado Manifest V3 está previsto para 2024 e deverá limitar a maneira como as extensões funcionam dentro do navegador. Desta forma, existe o receio de que ferramentas como AdBlock Plus e uOrigin parem de funcionar no principal browser da atualidade.

A Agência Nacional de Telecomunicações montou um grupo de trabalho para estudar o novo Regulamento do Consumidor, um documento com regras para o serviço de fornecimento de internet no Brasil. O órgão mira no que Baigorri chama de “uso abusivo da franquia de dados”. Existem páginas de notícias cujo arquivo representa 10 KB, mas que precisam baixar 10 MB para o dispositivo do usuário por causa da publicidade.

Homem em púlpito fala diante do microfone

Carlos Baigorri preside a Agência Nacional de Telecomunicações (Divulgação/Francisco Messias/Anatel) 

“Considero completamente abusivo porque não há transparência nenhuma com o consumidor”, diz o presidente da Anatel no papo conosco. Na avaliação dele, os usuários de internet buscam os ad blockers para evitar que arquivos muito pesados (com publicidade digital) sejam carregados para o aparelho da pessoa.

Baigorri afirma que o Chrome não pode ditar quais aplicações (o que inclui as extensões) vão funcionar ou não no dispositivo. “Eu coloco no meu dispositivo o que eu quiser! Isso faz parte da neutralidade”, afirma o dirigente da Anatel.

Não custa lembrar que o navegador alternativo Brave se posicionou contrário à implementação do Manifest V3. Seus criadores prometeram que ferramentas como o ABP vão continuar funcionando no software, mesmo que ele dependa do projeto de código aberto Chromium.

 

Fonte:  Tecnoblog

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