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American Tower anuncia parceria com a PUC-Rio com foco no agronegócio

Ideia é desenvolver soluções para agricultura de precisão e aumento da produtividade no campo.

A empresa de infraestrutura American Tower anunciou uma parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) com o objetivo de implementar projetos de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), aplicados principalmente no agronegócio.

Seguindo o exemplo do projeto “Campo Conectado”, desenvolvido pela PUC-Rio e outros parceiros, o objetivo é ampliar o uso de soluções IoT no ambiente rural, de forma que promova o aumento sustentável da produtividade.

A ideia é utilizar dispositivos inteligentes, como micro estações climáticas e sensores de solo, que coletam dados das variáveis de clima e solo e as envia diretamente pela internet para auxiliar o agricultor na tomada de decisões ou na automação do sistema de irrigação.

Um projeto-piloto já está sendo desenvolvido pela instituição de ensino na Fazenda Macuco, localizada na cidade de Santiago do Norte, em Paranatinga, no estado de Mato Grosso.

Lá, estão sendo testadas tecnologias para agricultura de precisão e irrigação com taxas variáveis.

A parceria com a American Tower surgiu a partir da dificuldade da PUC-Rio em conectar objetos em um local tão remoto.

Dentro do acordo, a empresa de infraestrutura instalou na Fazenda Macuco uma antena autônoma (do tipo LoRaWAN), que é alimentada com energia solar e com transmissão da internet via satélite.

A tecnologia permite atingir um raio de cobertura de mais de 10 km com uma única estação.

“Ao propor essa cobertura estendida por meio da estação autônoma, além de trabalhar com energia limpa, provida por placas solares, a conectividade de backhaul, via satélite, permite que a solução seja implementada em áreas remotas, onde não existem outras formas de comunicação com a internet, como acesso à fibra ótica ou até mesmo comunicação por redes móveis”, explica Daniel Laper, diretor de novos negócios e IoT da American Tower.

“A parceria com a American Tower neste projeto de Internet das Coisas (IoT) é de grande importância, habilitando a cobertura necessária para possibilitar a comunicação de dados de sensores, atuadores e outros equipamentos. O uso da infraestrutura de rede LoRaWAN da American Tower permitirá introduzir soluções e aplicações de monitoramento de dispositivos sensores em finalidades diversas nesse piloto. Permitirá ainda observar a atuação em termos de configurações de dados e oportunidades de transmissão, de integração na rede, gerência de operação, de segurança de acesso lógico e acesso físico”, conclui Marlene Sabino Pontes, coordenadora do projeto Campo Conectado pela PUC-Rio.

Fonte: Minha Operadora

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Gesac bate marca de 14 mil pontos conectados

Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) da Telebras

Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) da Telebras

 

O programa Gesac, também chamado de WIFi Brasil, agora chegou à marca de 14 mil pontos instalados, segundo o presidente da Telebras, Jarbas Valente. O executivo anunciou a marca durante reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) nesta segunda-feira, 31. Comparativamente, no início deste mês, o Ministério das Comunicações falava em 13 mil pontos.

Desse total, 9.917 são pontos de escolas públicas, o que cobriria 2,640 milhões de estudantes, ao custo de R$ 2,62 por mês por aluno conectado. Além disso, há 716 unidades de saúde; 559 de segurança pública; 209 do pelotão de fronteiras; 286 comunidades quilombolas e indígenas; 215 telecentros comunitários; 179 locais de agricultura familiar e agronegócio; e 311 associações e cooperativas.

Ainda de acordo com Valente, o total de ativações neste ano, até esta segunda-feira, foi de 866 pontos. Nos anos anteriores, foram 11.028 pontos em 2019; e 1.935 em 2020.

Seja Gesac ou WiFi Brasil, o programa do governo utiliza a capacidade em banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), da Telebras. De acordo com Jarbas Valente durante a audiência, a companhia está preparada para um ritmo de 2 mil ativações por mês, mas no ano passado houve um impacto forte da pandemia. No entanto, ele não mencionou se já há novos pontos por meio de parcerias público-privadas, como a do Banco do Brasil e Sebrae.

Fonte: Teletime

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Cabo submarino que liga Brasil à Europa começa a operar em junho

Cabo que liga Fortaleza (CE) a cidade portuguesa de Sines vai impulsionar integração digital entre América do Sul e Europa

Cabo submarino que liga Brasil à Europa começa a operar em junho

Neila Rocha (SEAPC/MCTI)

O primeiro cabo submarino de alta capacidade que liga diretamente Brasil e Europa vai entrar em operação a partir do mês de junho. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, participa, na próxima terça-feira (1º), em Portugal, da cerimônia que marca o início da operação do cabo. O projeto da empresa EllaLink conta apoio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social supervisionada pelo MCTI.

Os detalhes sobre o cabo submarino Brasil-Europa foram apresentados ao secretário-executivo do MCTI, Sergio Freitas, nesta quinta-feira (27), pelo consultor da EllaLink, Marcelo Rehder. O cabo submarino terá 6 mil quilômetros de extensão, conectando diretamente a cidade de Fortaleza (Brasil), a Sines (Portugal), sem a necessidade dos dados passarem pelos Estados Unidos.

A conexão do cabo submarino vai potencializar as oportunidades de pesquisa e educação na América Latina e Europa pelas próximas décadas. Parte da capacidade do cabo submarino será utilizada pelo consórcio Building the Europe Link with Latin America (BELLA), projeto de interconexão acadêmica que reúne diversas instituições de pesquisa de países da Europa e da América Latina, entre elas a RNP. A conectividade do cabo vai permitir que pesquisadores brasileiros acessem equipamentos científicos na Europa e vice-versa.

Latência

Para Marcelo Rehder, um dos principais diferenciais do cabo será a redução em 50% da latência, que é o tempo que um pacote de dados leva para ir de um ponto a outro. O projeto do cabo submarino começou a ser pensado em 2013 e o processo de construção teve início em 2018. O cabo tem 6 mil quilômetros de extensão e mais de 100 Tbps de capacidade no trecho principal.

No Brasil, a partir de Fortaleza o cabo terá ramificações por via terrestre para o Rio de Janeiro e São Paulo. De Sines, em Portugal, será interligado a data centers de Lisboa, Madri, na Espanha e Marselha, na França.

 

Fonte: MCTI

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Anatel libera equipamentos da Starlink, internet via satélite de Elon Musk

Equipamento da Starlink que pode transmitir até 4 Gb/s recebe certificação da Anatel; empresa venderá internet via satélite

Starlink ainda não chegou ao Brasil, mas a companhia de internet da SpaceX se prepara para entrar no mercado nacional. A Anatel homologou duas antenas de satélite que ficarão instaladas nas estações terrestres do provedor, que deve chegar ao país em fase de testes até o final do ano.

Antena para base terrestre da Starlink é homologada na Anatel (Imagem: darkpenguin22/Reddit)

Antena para base terrestre da Starlink é homologada na Anatel (Imagem: darkpenguin22/Reddit)

A Anatel certificou duas versões da antena Gateway V3, com diferença apenas na frequência de operação. O equipamento foi classificado como transceptor para estação terrena, utilizado para aplicação de serviço de comunicação por satélite. A solicitação de homologação foi feita pela Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda.

No certificado, é possível descobrir que a antena opera na banda Ku e tem capacidade para transmissão com velocidades de até 4 Gb/s. O equipamento é fabricado pela SpaceX nos Estados Unidos e possui modem integrado.

Selo da Anatel na antena Starlink Gateway V3 (Imagem: Reprodução/Anatel)

Selo da Anatel na antena Starlink Gateway V3 (Imagem: Reprodução/Anatel)

Starlink ainda precisa obter autorizações na Anatel

A certificação do equipamento para a base terrestre é um dos primeiros passos para a chegada da Starlink no Brasil, mas a empresa ainda precisa pedir a homologação da antena que ficará instalada nas casas dos clientes de banda larga.

A Starlink também solicitou à Anatel o direito para explorar satélites estrangeiros no Brasil. Caso a autorização seja concedida, a empresa também precisa obter uma licença de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), exigida para todos os provedores de internet.

A companhia de Elon Musk afirma que terá cobertura de banda larga via satélite no Brasil até o final de 2021 e abriu um cadastro para interessados em participar da fase beta. Quem quiser se arriscar deverá pagar uma taxa de US$ 99 logo no registro, além de comprar o kit da antena e roteador que custa US$ 499.

A princípio, a SpaceX divulga que a banda larga Starlink deve atingir velocidades de 50 Mb/s a 150 Mb/s, com ping variando entre 20 ms a 40 ms e sem franquia de uso.

Colaborou: Everton Favretto

 

Fonte: Tecnoblog

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Anunciadas as primeiras empresas que farão lançamentos não governamentais a partir do espaçoporto de Alcântara

Durante a cerimônia, organizada pelo Comando da Aeronáutica, o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, destacou esse momento histórico para o Programa Espacial Brasileiro

Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), anunciou, em conjunto com  Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no estado do Maranhão, as empresas selecionadas para realizar lançamentos de veículos espaciais não governamentais orbitais e suborbitais.  O anúncio ocorreu durante evento organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB), na quarta-feira (28), na Base Aérea de Brasília.

O presidente da AEB, Carlos Moura, que participou da entrega de registro simbólico aos representantes das empresas selecionadas, juntamente com o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, destacou a importância do momento para o Programa Espacial Brasileiro. “Após a ratificação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas pelo Congresso Nacional, este é mais um grande passo histórico para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, com o objetivo de tornar o espaçoporto de Alcântara uma referência internacional, para lançamentos de vários países”, explicou.

Neste primeiro momento, três empresas americanas (Hyperion, Orion AST e Virgin Orbit) e uma canadense (C6 Launch) seguem para a fase de negociação contratual junto à Aeronáutica. O edital de chamamento público foi lançado em maio de 2020 pela Agência Espacial Brasileira e a FAB.  Um segundo chamamento público (clique aqui para acessar), referente à utilização de outra área dentro do CLA, está em andamento desde o último dia 16 de abril.

A solenidade contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, ministros, parlamentares e embaixadores. Em seu discurso, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, destacou a importância do espaçoporto de Alcântara para o desenvolvimento do município maranhense, além das ações de governo voltadas à região, tais como a entrega de títulos de propriedade para comunidades que vivem próximas ao Centro de Lançamento e os avanços até aqui no setor espacial brasileiro. “Esse é um momento ímpar de alinhamento entre todos os setores para o desenvolvimento do nosso programa espacial. Muita coisa ainda vem aí. Nós lançamos, desde 2019, quatro satélites brasileiros e temos feito parcerias internacionais, como o programa Artemis, dos Estados Unidos”, declarou.

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Baptista Júnior, lembrou a trajetória do Programa Espacial Brasileiro e as novas tecnologias que atraem investidores para o setor espacial. “A miniaturização de satélites, a incorporação de soluções inovadoras, ampliação de serviços e presença cada vez mais marcante da iniciativa privada fazem o newspace se avizinhar como a nova fronteira da exploração do espaço. Observa-se, hoje, um crescente interesse pela atividade, que demonstra a confiança do investidor no futuro do setor, tão presente em soluções, em produtos e serviços para a vida cotidiana”, disse.

O evento também lembrou a importância da aprovação, pelo Congresso Nacional, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) com os Estados Unidos. O AST autoriza que equipamentos contendo componentes americanos, o que significa cerca de 80% do mercado, sejam lançados do Brasil, uma vez que nosso país garante a proteção de suas tecnologias.

Centro Espacial de Alcântara

O Centro Espacial de Alcântara (CEA) é considerado a “janela brasileira para o espaço”. Para fins de exploração espacial, o Centro, composto pelas instalações em Alcântara (CLA) e em Natal (Centro de Lançamento da Barreira do Inferno – CLBI), tem condições de prover diversa gama de serviços, desde o suporte logístico, passando pela integração e testes de cargas úteis e dos veículos lançadores, até o lançamento e rastreio dos objetos espaciais propriamente dito. Diversos serviços associados garantem a segurança e a confiabilidade do lançamento, tais como previsão meteorológica, rastreio por radar e telemetria, registros e análise de dados, monitoramento do espectro eletromagnético, entre outros.

Em termos comparativos, a região de Alcântara possui características singulares, entre as quais: a localização privilegiada dos sítios disponíveis, a 2º18’ ao sul da Linha do Equador, e a proximidade do mar, o que possibilita lançamentos em amplo leque de órbitas, das polares às equatoriais, com livre evolução sobre áreas desabitadas; ambiente meteorológico e sísmico favorável; baixa densidade de tráfego aéreo; condições ideais para lançamentos de pronta resposta (responsive launches); suporte logístico de uma grande cidade nas proximidade, São Luís.

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira, órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.

Coordenação de Comunicação Social – CCS

 

*Com informações do COMAER e do MCTI

Fonte: Angência Espacial Brasileira

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RedeTV! fecha parceria com a TV BRICS

RedeTV! e a rede internacional TV Brics estabeleceram nesta semana uma parceria estratégica para ampliar a distribuição de conteúdo jornalístico exclusivo produzido pelas duas empresas. Grupo de entretenimento informativo com sede em Moscou, a TV Brics integra veículos de comunicação dos cinco países pertencentes ao Brics – BrasilRússiaÍndiaChinaÁfrica do Sul.

Deste modo, o público da RedeTV! terá acesso aos conteúdos do grupo, notícias e imagens dos quatro Brics, além do Brasil. A TV Brics, por sua vez, poderá veicular em sua programação material jornalístico do Brasil, produzido pela RedeTV!.

Janna Tolstikova, vice-diretora geral da TV BRICS Projetos Internacionais, destaca o potencial do acordo entre as redes. “Para nós, a parceria da TV BRICS com a RedeTV! possui um caráter estratégico, pois sabemos que a RedeTV! é um dos maiores canais televisivos do Brasil. Falando sobre a zona de influência da emissora apontamos o alto nível de conteúdos de sua redação. Por sua vez, a TV BRICS possui ampla rede de parceiros nos países dos BRICS. Hoje são mais de 30 canais nacionais estatais, privados, agências de notícias e editorais”, afirma. A executiva completa: “Será uma alegria pra nós compartilhar os conteúdos exclusivos da RedeTV! com nossos parceiros internacionais do “quinteto”, ao passo que poderemos enviar os conteúdos nacionais da Rússia, Índia, China e África do Sul aos telespectadores da RedeTV!”.

Fonte: RedeTV Notícias

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Drones formam QR Code gigante para baixar jogo na China

Drones formam QR Code gigante para baixar jogo na China

Tem se tornado comum ver drones sendo utilizados para as mais diversas ações. Em muitos casos eles acabam sendo úteis em entregas, mas uma empresa chinesa chamada Bilibili decidiu recorrer a essa tecnologia para criar um show diferente em comemoração ao lançamento do game Princess Connect Re: Dive.

Para realizar essa ação, a companhia conhecida por seus trabalhos com animes e mangás decidiu utilizar 1.500 drones para formar um código QR gigante na cidade de Xangai. Enquanto eles estavam suspensos no ar, os pedestres podiam mirar seus celulares na imagem formada para baixar o game.

Antes da imagem se formar, os drones fizeram algumas coreografias que remetem ao game no ar, presenteando aqueles que estavam na rua um show noturno um tanto quanto diferente, como você pode conferir no vídeo que está na sequência:

Vale mencionar que, além de poder baixar o jogo, quem apontou o celular para as aeronaves não tripuladas também teve a chance de obter mais informações relacionadas ao título, que é um RPG lançado na Ásia no ano passado e no restante do mundo em 2021.

Curiosamente, a Bilibili já havia feito algo parecido no lançamento de Princess Connect Re: Dive (mas sem o uso de drones): na entrada do prédio em que a companhia está instalada, um código QR foi deixado sem nenhum tipo de pista ou indicação do que ele fazia, e quem o escaneava era enviado diretamente para a página de download do game.

Fonte: Tecmundo

 

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Segurança cibernética é agenda máxima de Estado, diz presidente da Anatel

A segurança cibernética é agenda prioritária de Estado no mundo todo e também é uma preocupação na instalação do 5G no Brasil, segundo o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Leonardo Euler.

“Ninguém pode discordar que a segurança do espaço cibernético, bem como de proteção de dados pessoais, deve compor a agenda de prioridade máxima de um Estado soberano”, afirmou em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no Poder em Foco, que foi ao ar domingo (04.abr), no SBT.

Ele destacou que a temática da segurança cibernética precede o 5G, porque está envolvida com todos os avanços de conexão e acesso a dados. Mas, a tecnologia de quinta geração tem simbolizado essa discussão. Isso ocorre porque o nível de conectividade decorrente da chamada internet das coisas torna ainda mais crítica a segurança das redes, dos dispositivos e das aplicações.

“A gente não pode esquecer de aspectos como propriedade intelectual, segredos industriais e tantos outros. De uma fábrica totalmente automatizada, robotizada e processando seus dados na nuvem. Então, por óbvio que aspectos industriais estratégicos, dependerão também da robustez da segurança”, exemplificou.

Leonardo Euler disse que o debate é multissetorial, envolvendo diferentes instituições e jurisdições da administração pública. “Perpassa pelo menos por três vertentes: geopolítica, econômica e técnica. E é na vertente técnica que a Anatel fica restrita. Então, esse leilão não coloca normas sobre segurança cibernética”, ressaltou.

O leilão do 5G vai licitar as radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Fazendo uma analogia, é como se fosse concedido o direito para usar os caminhos, as estradas por onde passará o 5G. “O edital traz uma norma abrangente, que contempla todos os prestadores de telecomunicações”, garantiu Leonardo.

Para levar o 5G por esses “caminhos”, no entanto, é preciso adquirir e instalar equipamentos. É aí que começa o imbróglio sobre o uso de tecnologia chinesa ou não, que muitas vezes cai num embate político. Basicamente três empresas disputam esse mercado: Huawei (China), Erickson (Suécia) e Nokia (Finlândia).

O edital não traz veto a nenhuma delas. Leonardo destaca que os instrumentos normativos de certificação e homologação de equipamentos pela agência, cada com a sua peculiaridade, precisam dizer respeito a uma política nacional e não se limitar apenas à questão do 5G.

Muitos não sabem, mas nas faixas atuais de 4G, por exemplo, existem equipamentos chineses. Se houver mudança nessa permissão de uso, em algum momento, eles também precisariam ser substituídos, gerando muito mais custos.

Fonte: SBT News